Wesley, o cãozinho de aparelho ortodôntico que ficou famoso na internet

Wesley é um golden retriever de seis meses com problemas odontológicos. Conheça a sua história.

Ter um sorriso metálico – isto é, usar um aparelho ortodôntico – é o sonho de dez entre dez crianças e adolescentes que não precisam desta órtese e o pesadelo dos que precisam se submeter ao tratamento. A correção dos dentes, no entanto, já deixou de ser exclusividade dos humanos.

A família de Molly Moore, de Spring Lake (distrito de Nova Jersey, EUA), percebeu que Wesley, o cãozinho recém-adotado, da raça golden retriever, estava com problemas. Assim que começaram a despontar os dentes permanentes (sim, cães também perdem os dentes de leite, que dão lugar à dentição definitiva), ficou evidente para todos: eles estavam desalinhados.

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Molly e seu bebezinho.

Começam os problemas

Algo estava errado. Wesley não conseguia fechar a boca completamente, o que dificultava também na hora das refeições e de beber água. À medida que os novos dentes surgiam, o golden retriever se desinteressava pelos brinquedos e brincadeiras. Em pouco tempo, o cãozinho estava com o peso abaixo do esperado para a idade.

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Molly estava cada vez mais preocupada com a saúde e qualidade de vida do pet, que já havia conquistado a família. Progressivos sinais de desconforto (e de dor, pouco tempo depois) começaram a surgir. A família Moore decidiu que precisava tomar uma providência para aliviar o sofrimento de Wesley.

Para o pai de Molly, o veterinário James Moore (por sorte, especialistas em odontologia canina), o socorro médico era urgente para preservar o bem estar de Wesley – e, por tabela, a alegria da casa.

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Surgem as soluções

Wesley foi encaminhado ao Harborfront Hospital for Animals. O diagnóstico foi rápido: os dentes do cachorrinho estavam crescendo tortos e desalinhados, encavalando-se de forma tão grave que, se nada fosse feito, o pet teria sérios problemas, que poderiam inclusive acarretar a morte por inanição.

Outro problema possível seria o desenvolvimento de comportamentos agressivos.

A opção terapêutica foi uma proposta de James Moore: implantar aparelhos ortodônticos (bráquetes metálicos autoligáveis) no maxilar do cachorrinho, além de elásticos na mandíbula, que recebeu a órtese totalmente anestesiado – nem poderia ser de outra forma (se nós esperneamos na cadeira do dentista, imagine um cachorrinho!).

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O tratamento está sendo um sucesso. Ao contrário dos humanos, que passam longas horas se queixando das dores provocadas pelos “ferrinhos que abraçam os dentes”, Wesley parece não se importar nem um pouco com o tratamento.

Além disto, Molly garante que o pet ficou ainda mais charmoso com os “ferrinhos”. Apesar disto, Wesley parece estar mais tímido desde que colocou o aparelho ortodôntico.

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Ao contrário do tratamento adotado para humanos, que pode se estender por mais de dois anos até que os dentes estejam alinhados adequadamente, o golden retriever só vai precisar do aparelho ortodôntico por mais duas ou três semanas.

Depois disto, estarão de volta as brincadeiras, petiscos e rações para a mascote da família. Com certeza, Wesley é um cachorro de muita sorte!

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 Enquanto isto, no Brasil…

O tratamento ortodôntico para cães (e também para gatos) foi implantado no Brasil há 15 anos. Os bráquetes, pouco divulgados no país em função da falta de veterinários especializados na técnica, não são adotados para garantir um sorriso perfeito, mas para corrigir problemas graves de mordedura e mesmo de lesões na gengiva e nas bochechas.

A terapêutica, adotada apenas para filhotes, é indicada nos seguintes casos:

  • quando os dentes se desenvolvem virados para os lados ou para dentro da boca. Nestes casos, o principal risco é o desenvolvimento de lesões nas bochechas e na língua;
  • quando o alinhamento dos dentes está severamente comprometido. O problema impede a alimentação adequada, provoca fortes dores e pode ser a porta de entrada para infecções (os cortes internos podem ser contaminados por bactérias, vírus e fungos);
  • nos problemas de oclusão: a mordedura é errada e impossibilita o fechamento total da boca;
  • nos deslocamentos da mandíbula. Normalmente causados por traumas, estes deslocamentos prejudicam a alimentação e até mesmo a respiração dos animais.

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