Criando vínculos com o cãozinho

Existem maneiras divertidas para criar vínculos com o seu cãozinho. Confira.

Um cãozinho é um novo membro da família, levado do canil ou abrigo para uma casa desconhecida. Ele chega curioso, mas também está amedrontado com as caras novas, mesmo que seja recebido com muita festa. Para permitir uma boa adaptação, é necessário criar vínculos com o pet, mas isto pode ser feito de diversas maneiras divertidas.

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Como toda criança, o filhote de cachorro precisa de carinho, atenção, boas acomodações, ração de qualidade, cuidados veterinários e disciplina: o cãozinho aprende rapidamente o que pode e o que não pode fazer. No entanto, ele pode se tornar manhoso e aprender formas de chantagear os donos. O olhar pidão, a cara triste, são truques para seduzir e conquistar o que quer, seja um petisco, seja um lugar na cama.

Nada contra almofadas e alguns biscoitos, mas quem deve decidir quando eles serão oferecidos são os membros da família: o cãozinho não pode “mandar” nos donos. Contudo, mesmo nos momentos de disciplina, é possível adotar estratégias positivas: parabenizar o pet quando ele faz a coisa certa (como o xixi no jornal ou quintal, aprender um truque e não destruir objetos) reforça o comportamento adequado.

A rotina do filhote

O dono de um cãozinho precisa ser coerente na educação do pet. Se alguns móveis e ambientes da casa são interditados a ele (como o quarto de dormir e o sofá), é necessário que ele nunca entre no quarto, nem suba no sofá. Não é possível que ele aprenda se, em um dia, o quarto fica disponível e, no outro, não.

É importante lembrar que, assim como as crianças, os cães não aprendem de um dia para o outro. Eles devem ser repreendidos quando fizerem alguma coisa erradas e recompensados quando acertarem. Em pouco tempo, o filhote saberá qual a conduta esperada pelos donos.

Mantenha a calma no relacionamento com o animal. Ao adquiri-lo, tenha certeza de que ele fará algumas (ou muitas) artes, como derrubar objetos, roer sapatos e pés de móveis, “capturar” uma peça de roupa do varal. Mostre com firmeza que a conduta é inadequada. Não é preciso gritar: apenas seja enérgico a capriche na linguagem corporal. Como é evidente, castigos físicos devem estar completamente fora do processo educativo.

Cães gostam de ter uma rotina definida e isto faz muito bem a eles. Ter um horário para receber as refeições, brincar, dormir e passear permite que eles entendam melhor as regras propostas. O mais importante, no entanto, é que eles se tornam mais confiantes.

Caminhando

Uma forma divertida para criar vínculos é passear com o cão. A atividade não pode, porém, se restringir a uma rápida saída à rua para que o animal faça as suas necessidades. No dia a dia, estes passeios curtos podem ser adotados, mas é necessário reservar um “dia de festa” para o pet.

Caminhar em um parque (quem sabe, reunir a família em um piquenique), fazer trajetos diferentes e levar o cãozinho para explorar locais desconhecidos são boas maneiras para criar vínculos. Nos passeios diários – e todo cão precisa passear diariamente, não apenas para o xixi e cocô, mas especialmente para exercitar e desenvolver a musculatura –, é importante observar a conduta do pet.

Alguns cães não gostam de subir ou descer trechos muito íngremes, outros adoram áreas planas, abertas ou jardins. Certos animais são naturalmente sociáveis, outros desconfiam das outras pessoas e animais que estão nas ruas. O importante é identificar as preferências do pet e não obrigá-lo a fazer alguma coisa que o desagrade.

Os cães – especialmente os filhotes – gostam muito de permanecer ao ar livre. Em alguns locais, é possível ensiná-los a pegar um graveto, bolinha ou frisbee. Um cachorro, apenas ao ouvir a voz do seu dono, já tem ativado o centro de recompensa do cérebro (isto só ocorre, claro, quando a convivência é prazerosa; o animal deve respeitar o dono, e não temê-lo).

Durante o passeio, dê bastante atenção ao cãozinho. Permita que ele explore um tronco de árvore ou poste, que pare para descansar ou observar o movimento. Cães não entendem a linguagem humana, mas realmente ouvem atentamente a voz dos donos: esta é outra fonte de prazer para eles.

A maioria dos cães gosta de correr, mas é preciso respeitar o ritmo e o porte do animal. Correr ao lado do dono permite o estreitamento dos laços de amor e afeto. Alguns “pares” chegam a sincronizar a frequência respiratória enquanto estão se exercitando.

Mais brincadeiras

Uma boa forma de exercitar um cãozinho é brincar de esconde-esconde com ele. Basta mostrar um biscoito e depois ocultá-lo atrás de um móvel ou vaso, por exemplo. A atividade dura apenas alguns minutos e, além do aspecto lúdico, ajuda a desenvolver o faro do animal.

O reforço positivo é importante: quando o cãozinho finalmente encontrar o petisco, o dono deve parabenizá-lo com algumas frases e afagos. O brinquedo pode se limitar a três ou cinco minutos (e quem não tem cinco minutos diários para dar atenção ao cachorro deveria considerar a aquisição de outro pet, como um peixe de aquário).

Os truques de atirar e buscar não precisam ser realizados em um parque ou praça: o quintal de casa é um excelente “centro de treinamento”. Especialmente quando o cãozinho é tímido, o quintal, próximo à sua cama e sua tigela de ração, confere mais segurança e confiança.

Permita que o pet escolha seus próprios brinquedos: ossos, bolinhas, cordas, etc. Leve-o até uma pet shop e observe as preferências. É surpreendente a rapidez das opções caninas. Não é necessário comprar muitos itens: o mais importante é reservar um tempinho para usar o novo brinquedo.

Os carinhos

Afagar um cãozinho estreita vínculos de amizade. No entanto, não faça isto apenas quando estiver no computador, assistindo TV ou conversando com outra pessoa. Neste relacionamento, são necessários alguns instantes de “olho no olho”.

Converse, diga o nome dele (para ele associar o termo a si próprio). Isto não faz bem apenas ao pet: existem estudos indicativos de que, nestes momentos, a frequência cardiorrespiratória do dono é rapidamente normalizada.

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