Por que os animais nos fazem bem?

Humanos e pets estabelecem relações significativas. Entenda por que os animais nos fazem bem.

Com raras exceções – que servem apenas para confirmar a regra – todas as pessoas gostam de animais. Cães, gatos e aves se tornam amigos fiéis e mesmo animais que não interagem conosco podem ser de companhia, decoração e até de relaxamento. É o caso de répteis, anfíbios e peixes. Estas são apenas algumas das razões por que os animais nos fazem bem.

Por que os animais nos fazem bem?

A companhia, o afeto e a as demonstrações dos nossos animais, especialmente os de quatro, patas, já cativaram bilhões ou trilhões de pessoas em toda a história. Os cachorros nos acompanham ao menos há 500 mil anos. Nossas relações de amizade com os gatos é mais recente: “apenas” dez mil anos.

A visualização por alguns instantes de um terrário ou aquário, com a movimentação de peixes, rãs, salamandras, lagartixas (como as phelsumas), lagartos e serpentes, já é suficiente para devolver a tranquilidade necessária para resolver problemas ou desenvolver projetos.

Saúde!

A convivência com animais faz bem inclusive para a saúde. É provável que a sensação de pertencimento que a companhia de um cão ou de um gato proporciona traz benefícios reais na prevenção e combate das doenças cardíacas.

Estudos indicam que os proprietários de cães apresentam 60% de probabilidades de sofrer depois de um infarto do miocárdio. O percentual dos gatos é menor, mas o percentual de sofrer um infarto é 40% entre as pessoas solitárias, que vivem sozinhas.

O motivo é comprovado cientificamente. Quem convive com um animal de estimação obtém um aumento dos níveis de serotonina, o neurotransmissor relacionado à sensação de bem-estar. A interação com cães e gatos previne contra o estresse e a depressão.

É evidente que a simples presença de um pet não é suficiente para determinar uma vida saudável. Tudo depende de outros hábitos cultivados, como a alimentação adequada, a redução das bebidas alcoólicas e a eliminação do tabagismo.

No entanto, ao menos no caso dos cachorros, um mal contemporâneo é evitado: quem passeia diariamente com seu pet por 15 minutos ou mais já evita o sedentarismo, com um exercício físico indireto, com as corridas e brincadeiras com o “melhor amigo”.

A convivência auxilia também na prevenção e combate à hipertensão arterial. A festa que um cão faz quando chegamos em casa (ou o ronronado de um gato aproximando-se para pedir colo) já é suficiente para acalmar o dono e afastar, mesmo que por alguns momentos, a tensão causada pelos problemas cotidianos. Isto ajuda a reduzir os batimentos cardíacos e regulariza o ritmo da respiração.

Está verificado que o contato com cães e gatos, mesmo que por curtos períodos (entre 15 e 30 minutos) reduz o cortisol (relacionado ao estresse) e aumenta a disposição. Este fato foi comprovado inclusive em hospitais que adotam o relacionamento entre os animais e os enfermos, que se revelam menos tristes e com mais vontade de enfrentar o tratamento.

Para portadores do mal de Alzheimer, a convivência com pets reduz a agressividade e os comportamentos agitados, tornando os enfermos mais sociáveis. Os animais revelam-se bastante companheiros para quem sofre com o mal de Parkinson.

Alguns cães podem ser treinados para incentivar os pacientes a fazer exercícios (como dar um pequeno passeio, mesmo que seja pelo jardim). No entanto, a simples presença de um cão ou gato ao lado dos portadores de demências ou de Parkinson favorece significativamente o estado emocional, que fica fortalecido.

Pelos e capacidade respiratória

Com exceção dos problemas determinados geneticamente, os animais de estimação garantem melhor saúde respiratória, especialmente para as crianças. A explicação para este fato é que pessoas com pets em casa têm o sistema imunológico fortalecido, reduzindo a possibilidade de desenvolvimento de doenças alérgicas.

Esta indicação “terapêutica”, porém, não é válida para os portadores de rinite, sinusite, bronquite e asma, mas o fato já foi identificado também em crianças que crescem em fazendas e sítios, em contato diário com animais de grande porte, como porcos, vacas e cavalos.

Benefícios emocionais

Não é possível mensurar com ensaios científicos, mas o fato é que a presença de um fiel companheiro, sempre disposto a aceitar carinho, brincar, correr ou apenas ficar no colo ou aos pés do dono é um fator bastante tranquilizante.

Mesmo sem comprovação, médicos e psicólogos do mundo inteiro sugerem a adoção de um animal de estimação como forma de reduzir a depressão e sintomas como a ansiedade, hiperatividade, irritabilidade em excesso, etc.

Ainda sobre a depressão: os portadores deste distúrbio muitas vezes tendem a se sentir inúteis e desnecessários, já que muitas vezes não conseguem concluir suas atividades. Cuidar de um cão ou gato, no entanto, é um conjunto de tarefas simples, realizadas quase automaticamente. O simples fato de afagar um animal de estimação tem propriedades relaxantes, o que contribui positivamente para o sucesso do tratamento.

Cães e gatos são prestadores de cuidados, “especialistas” em acompanhamento na área de saúde. em função da redução dos níveis de hormônios responsáveis pela raiva e agressividade e pelo aumento das substâncias relacionadas ao prazer, pessoas saudáveis se mostram bem dispostas, com maior capacidade de memória, concentração e atenção. Os indivíduos em situação de risco e enfermos apresentam sensível redução dos sintomas.

Relações humanas

Cães e gatos exercem importantes funções, quando o assunto é o estreitamento das relações, especialmente entre vizinhos. Frequentemente, eles se tornam motivo para o aumento das conversas. Nos passeios com os cachorros, é comum o contato entre donos destes pets. Como regra geral, proprietários de felinos e caninos possuem a tendência inata de dialogar com seus “colegas”.

O cruzamento dos animais também pode se transformar no embrião de novas amizades, principalmente quando os “parceiros sexuais” ao procurados em pet shops, clínicas veterinárias e na internet. Antes de levar os cães e gatos para a cruza, no entanto, é preciso certificar-se da idoneidade do “noivo” ou da “noiva”.

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