13 raças de cachorros brancos

Muitos cães podem ter pelos brancos, mas a exclusividade da cor é característica de poucas raças.

Conheça as raças de cachorro branco. A pelagem branca é uma característica já presente nos lobos, ancestrais dos cães. Com a seleção artificial a partir de cruzamentos seletivos, para atividades específicas, no entanto, algumas raças não podem exibir outra cor.

Estas raças de cães podem inclusive ter a pele pigmentada, o que mostra que a pelagem branca não está associada ao albinismo, doença caracterizada pela ausência de melanina no organismo. Alguns dos cachorros brancos, que apresentamos a seguir, apresentam olhos, lábios e focinho pigmentados; isto elimina a possibilidade de serem albinos.

Mas, enquanto algumas raças permitem uma infinidade de cores na pelagem – é o caso do beagle, por exemplo, que, entre cores e padrões, pode exibir 15 tipos diferentes. Outros são mais econômicos, como o golden retriever, que, como o nome indica, é sempre dourado (variando do bege claro ao dourado intenso).

Conheça algumas raças de cachorros brancos:

01. Akbash

Raças de cachorros brancos
Akbash

A lista é encabeçada por uma raça quase desconhecida no Brasil. O akbash é um grandalhão nativo do oeste da Turquia: as fêmeas atingem 81 cm de altura na cernelha e os machos, 86 cm. Os maiores exemplares pesam até 55 kg, mas o akbash é mais magro do que outras raças nativas do país.

Estes cães se destacam pelas longas pernas, pela pelagem totalmente branca (com leves nuances de marfim) e pela cauda encurvada. A pele apresenta manchas rosadas e pretas. O akbash apresenta características dos sabujos e dos molossoides.

O akbash foi aproveitado em cruzamentos seletivos para a obtenção do pastor da Anatólia, um dos símbolos da Turquia, descendente também do kangal (este é o dono da mordida mais poderosa do mundo canino).

Não se pode dizer que o akbash seja violento, nem tímido. Ele é um excelente cão de guarda e, nesta função, pode se tornar bastante violento contra invasões e ameaças. Ele também não é um cão atlético: como pastor, ele sempre preferiu “convencer” o gado com latidos e avanços, sem correr de um lado para outro à toa.

O akbash é um cachorro leal, devotado e compenetrado nas funções que deve desempenhar. É um cão rústico e bastante resistente. Poucos cães da raça desenvolvem osteocondrite e displasia de quadril, doenças frequentes entre os animais de grande porte.

Este cão é muito apegado à família. Ele é um guardião poderoso, mas sabe demonstrar emoções e sentimentos, ao contrário da maioria dos molossoides. O akbash é, antes de tudo, brincalhão e companheiro.

02. Bichon bolonhês

Todos os bichons são cães de pequeno porte, desenvolvidos exclusivamente para colo e companhia, a partir do século 11. Ainda se discute qual seria o ancestral comum: o tenerife ou o maltês. O bolonhês é um dos bichons mais antigos de que se tem registro: de acordo com muitos estudiosos, ele é o canes malitenses citado pode Aristóteles no século 3º AEC.

Raças de cachorros brancos
Bichon bolonhês

Na Idade Moderna europeia, os bolonheses eram considerados presentes reais. No final do século 16, o rei Filipe 2º da Espanha, ao agradecer por carta pelo envio de dois bichons, afirmou que “estes pequenos cães são os presentes mais reais que alguém pode dar a um imperador”. Cães da raça aparecem em pinturas de Ticiano, Pieter Bruegel e Francisco Goya.

O bolonhês é um cãozinho pequeno (altura máxima de 30 cm), atarracado e compacto, coberto por pelagem branca pura, sedosa, comprida e suave ao toque. A rima palpebral e a trufa são pretas e os olhos, sempre escuros.

Os cães da raça são muito tranquilos, pouco ativos. Eles adoram a companhia da família e podem passar horas perseguindo bolinhas no tapete da sala, mas isto é o máximo de atividade física que os bolonheses de permitem. Muito apegados, eles preferem ficar no colo, ao lado ou aos pés dos tutores.

03. Bichon frisé

Os ancestrais da raça foram levados do norte da Itália para o país, na época da Renascença. Como eles eram muito parecidos com o barbet, receberam o nome de “bichons” (cães de pequeno porte, em francês medieval). A raça voltou a fazer sucesso no século 19, na corte de Napoleão 3º.

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Bichon frisé

A raça quase desapareceu no período entre guerras. Na segunda metade do século 20, os cãezinhos ressurgiram graças aos esforços de criadores belgas e franceses – os dois países são patronos do “bichon à poil frisé” (bichon cacheado, em português).

O bichon frisé é alegre, vivaz e muito ágil. A pelagem é totalmente branca e enrolada, chegando a formar cachos. A trufa e os olhos são escuros, formando três pontos luminosos na cabeça. Ele é um verdadeiro cão de companhia, perfeito para viver em qualquer lugar: casas com grandes quintais e jardins ou pequenos apartamentos. Os cães da raça improvisam as próprias festas particulares.

Muito apegado e devotado aos tutores, o bichon frisé está sempre atento, esperando a aprovação familiar a cada novo gesto que descobre. É uma excelente opção para crianças, mas surpreende em uma corrida livre, atingindo boas velocidades.

04. Coton de tuléar

Nativo de Madagascar, o coton de tuléar é uma das poucas raças caninas desenvolvidas na África. Ele descende de animais franceses, levados como presentes aos chefes locais, nos séculos 16 e 17, pelos marinheiros que demandavam as “Índias Orientais”.

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Coton de tuléar

Adotados pela família real de Madagascar, o coton de tuléar chegou a ser proibido, por lei, para pessoas comuns. Ele é muito semelhante aos bichons europeus, sendo ligeiramente maior do que o frisé e o bolonhês (pesa até 6 kg).

A pelagem do coton de tuléar é mais sedosa e lisa, menos densa, mas continua totalmente branca. Os olhos são escuros, mas permanecem quase o tempo todo escondidos pelo topete. O destaque na cabeça fica por conta da trufa preta e brilhante.

O coton de tuléar está sempre alegre e é capaz de se adaptar a qualquer ambiente. Ele é muito sociável, afetuoso e brincalhão, até mesmo com estranhos. Levado para a França ao fim da Segunda Guerra Mundial, sem acusar problemas com a diferença climática. A raça foi reconhecida pela FCI em 1970.

05. Dogo argentino

A raça foi desenvolvida na Província de Córdoba, no final da primeira metade do século. O dogo argentino foi obtido através de cruzamentos seletivos entre “velhos cães de briga de Córdoba”, descendente de mestiçagens entre buldogues ingleses e bull terriers.

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Dogo argentino

O criador da raça, Antônio Martinez, elegeu para a criação dois cães inteiramente brancos, sem prognatismo (característica comum aos cães do tipo bull), com cabeça pesada e focinho alongado, para evitar a braquicefalia.

Para desenvolvimento da raça, foram estabelecidas diversas linhagens, sempre o “velho cão de briga” acasalando com buldogue inglês, dogue alemão, montanhês dos Pirineus, bull terrier, boxer, pointer, dogue de Bordéus e wolfhound irlandês. Em 1947, o Clube de Caçadores de Buenos Aires publicou o primeiro padrão do dogo argentino.

Os cães da raça são fortes, persistentes, corajosos e dotados de faro aprimorado. Eles passaram a ser usados com sucesso na caça de javalis, catetos, suçuaranas e outros predadores do gado argentino. A raça foi reconhecida pela associação cinológica do país em 1964 e pela FCI em 1973.

O dogo argentino é um cachorro silencioso: ele nunca late sobre o rastro. É um excelente farejador, ágil, forte, rústico e valente. Não é agressivo com humanos, mas muitos exemplares têm sido estimulados para os ataques, o que tem afugentado os criadores em muitos países.

Com um passado de lutas e caçadas, o dogo argentino é considerado um cachorro violento. A posse e o acasalamento são proibidos na Austrália, Cingapura, Dinamarca, Fiji, Ilhas Cayman, Islândia e Ucrânia. Na Inglaterra, é preciso permissão especial para a guarda de cães da raça.

06. Esquimó americano

Ele é bonito, elegante e altivo. A raça foi desenvolvida nos EUA e ainda não é reconhecida pela maioria das associações internacionais, apesar de ter um padrão publicado pelo AKC (American Kennel Club). O esquimó americano tem três variedades: toy, miniatura e standard, com alturas na cernelha entre 25,4 cm e 45,72 cm.

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Esquimó americano

O esquimó americano apresenta pelagem branca dupla, com pelo de cobertura de comprimento médio e subpelo lanoso e aderente. As orelhas sempre eretas e o focinho pontudo indicam que cães do tipo spitz contribuíram para a formação da raça. É um cão resistente, podendo chegar facilmente aos 14 anos de idade.

Cães parecidos com o esquimó americano se tornaram comuns nos EUA a partir do início do século 19. Em geral, eles acompanhavam imigrantes alemães, o que reforça a possibilidade de serem descendentes do spitz alemão, do lulu da Pomerânia e do keeshond branco.

Os cães da raça latem moderadamente: eles não são talhados para a guarda e a defesa, apesar de serem naturalmente protetores em relação à família. O esquimó americano convive sem problemas com crianças, gatos e outros pets, sendo devotado a todos os membros da família.

Ele é extremamente inteligente e gosta de superar desafios. Por isso, é preciso estar atento ao esquimó americano, porque ele é capaz de fugas espetaculares. Os cães da raça precisam de atenção da família e a socialização é fundamental para o equilíbrio emocional.

07. Komondor

Esta é mais uma antiga raça europeia, provavelmente descendente de cães do tipo mastiff oriundos da Ásia. O komondor vem acompanhando os magiares, grupo étnico que habita os Cárpatos e o vale do rio Danúbio pelo menos desde o século 9º, onde constituiu a atual Hungria.

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komondor

O komondor é um cão de grande porte, bem constituído, poderoso e dominante. A sua atitude digna desperta admiração e medo. O corpo é coberto por pelos brancos felpudos e encordoados, que formam longas tranças semelhantes a dreadlocks.

Visto de perfil, o corpo do komondor é quase quadrado. A cabeça, coberta por fios longos e densos, salienta o tronco. A cauda é portada pendente, quase na horizontal. A cor oficial dos cães da raça é o marfim – um bege muito claro, quase branco, que define tons mais escuros apenas nas tranças.

O komondor é um boiadeiro. Portanto, apresenta coragem a toda prova na guarda, na defesa de rebanhos e de propriedades. Ele late pouco: prefere atacar os inimigos silenciosamente, depois de estudá-los nos mínimos detalhes.

Estes cães são dominantes e territorialistas. Por isso, não é recomendado manter outros pets junto com eles. O convívio com crianças pode ser surpreendentemente positivo, mas requer sempre a supervisão de um adulto. O komondor é extremamente desconfiado com pessoas estranhas.

08. Kuvasz

É mais uma raça húngara, com uma história que se confunde com a do komondor. Ele também acompanhou pastores seminômades que ocuparam a região dos Cárpatos, a partir do século 9º. A diferença é que o kuvasz, que se especializou na guarda de ovelhas e cabras, manteve maior proximidade com os humanos do grupo, tornando-se menos desconfiado e independente.

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Kuvasz

Os cães da raça são fortes e grandes (os machos atingem 76 cm de altura e as fêmeas, 70 cm). A pelagem toda branca é densa e ondulada, ocultando a pele fortemente pigmentada. O kuvasz alia dignidade e resistência.

Este pastor húngaro é determinado e muito corajoso, capaz de defender propriedades e pessoas confiadas a ele mesmo ao preço da própria vida. Ele é muito autoconfiante e pode se tornar agressivo se for negligenciado e maltratado. É um cão fiel, confiável e muito devotado à família.

O kuvasz precisa de exercícios físicos intensos diariamente e deve ser mantido ocupado no seu dia a dia, com jogos e desafios para não ficar entediado, o que pode resultar em um cão destrutivo, agressivo e ansioso. Ele não é muito exigente, mas não recusa cafunés e carinhos dos tutores.

09. Maltês

É uma das raças caninas mais antigas ainda existentes – o maltês é contemporâneo dos molossos romanos. Pequenos, fofos, com a pelagem branca realçando três pontos pretos na face: os olhos e a trufa – os malteses são também rústicos e muito resistentes.

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Maltês

O maltês é também um dos menores cães do mundo: machos e fêmeas atingem no máximo 25 cm de altura. O tamanho diminuto foi muito apreciado: nos portos do Mediterrâneo, eles eram os principais responsáveis pela caça aos camundongos, que superlotavam os entrepostos europeus.

A raça foi distribuída por marinheiros fenícios. O maltês é um dos canes malitenses descritos por Aristóteles: literalmente, “cães do porto” (mais tarde, a ilha de Malta passou a ser assim designada por ser um dos principais portos para o comércio fenício no Mediterrâneo).

O maltês é um cãozinho vivaz, afetuoso e apegado com a família. Brincalhão e incansável para o porte, é inteligente e aprende com rapidez. Ele se dá bem com todos: crianças, idosos, gatos e outros cães. É um perfeito diplomata.

10. Pastor suíço

O nome oficial da raça é: pastor branco suíço (berger blanc suisse). Ele descende de antigos pastores alemães quase sempre desprezados por causa da pelagem branca, pouco valorizada. Em 1933, o clube alemão da raça excluiu os cães brancos do registro oficial.

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Pastor branco

Muitos desses cães haviam sido trazidos para a América, especialmente Canadá e EUA, onde passaram a ser conhecidos como raça distinta, mas foi apenas na década de 1970, quando Lobo foi levado para a Suíça, que teve início a primeira linhagem. Lobo, nascido nos EUA, é considerado o ancestral de todos os pastores brancos suíços.

A raça conseguiu obter maior diversidade genética com a importação de outros cães para a Suíça e também com o estabelecimento de linhagens americanas e canadenses. Desde 1991, todos os cães da raça são registrados no Livro de Origem Suíço.

O pastor suíço é um cão poderoso e muito musculoso, com as orelhas eretas, pelagem dupla sempre branca, de comprimento médio ou longo. Os machos atingem 66 cm de altura e as fêmeas, 61 cm. Os cães da raça apresentam o corpo um pouco mais volumoso do que o observado em seus ancestrais, os pastores alemães, cujo padrão continua considerando a cor branca como falta desqualificante.

Seja como for, o pastor branco herdou uma série de qualidades: é alegre e equilibrado, consegue divertir-se no trabalho (sem perder a atenção), apresenta habilidades excelentes para o adestramento. É amigável e extremamente sociável, totalmente devotado à família. Não é medroso nem agressivo, se não for provocado. É um cão esportivo, indicado para diversos tipos de treinamento.

11. Samoieda

Ele herdou o nome de um grupo de pastores que viviam na Sibéria (os samoiedas humanos ainda existem, mas como ramo linguístico e não como grupo étnico). O samoieda descende de cães primitivos do tipo spitz. Nas regiões mais ao sul, animais pretos e marrons eram usados no pastoreio das renas.

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Samoieda

Um pouco mais ao norte, os pastores descobriram que os cães de pelagem branca eram mais dóceis e inteligentes. Assim surgiu a raça, como grupos de cães de trenó e de caça. Ao contrário dos pastores do sul, estes animais viviam mais próximos aos humanos e assim se tornaram amistosos e mais disponíveis ao adestramento.

Uma das “tarefas” do samoieda antigo era aquecer as crianças, no rigoroso inverno da Sibéria. As menores eram colocadas para dormir entre os cachorros, que garantiam o conforto térmico dos pequenos e liberavam os pais para o trabalho.

O samoieda é um cão de porte médio a grande (até 60 cm para os machos e 53 cm para as fêmeas). A aparência transmite a impressão de força, resistência, agilidade, dignidade, autoconfiança e muito charme.

O chamado “sorriso do samoieda” é formado com a combinação da posição dos olhos e a curvatura dos lábios: os cães da raça parecem estar rindo o tempo todo, o que reduz o medo e a desconfiança natural dos humanos.

Efetivamente, o samoieda é amigável, disponível, alerta e muito entusiasmado, como convém a um puxador de trenó. O instinto de caça está sempre presente. Sociável e gregário, ele não é um bom cão de guarda, porque faz amizades com muita facilidade.

O pelo é sempre branco, mas o padrão permite também tons pálidos de creme e o chamado “branco com biscoito” (algumas manchas espalhadas pelo corpo todo, especialmente o dorso e a face posterior do pescoço). O padrão afirma que tons de bege não são aceitos para a raça. Os olhos são castanho-escuros e a trufa, preta.

12. Spitz japonês

O spitz japonês começou a ser desenvolvido no país na década de 1920, com a chegada de alguns spitz alemães brancos (é uma variedade da mesma raça a que pertencem o pequeno lulu da Pomerânia e do grande keeshond).

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Spitz japonês

Nas décadas seguintes, vários outros spitz foram importados pelos japoneses, que deram preferência aos cães brancos. Por isso, enquanto os spitz alemães podem ser brancos, pretos, laranja, marrons e cinza, os primos do Oriente são exclusivamente brancos.

O spitz japonês é um cão de porte médio: os machos atingem de 30 cm a 38 cm de altura e as fêmeas são um pouco menores. Ele apresenta a pelagem toda branca, ressaltando os olhos amendoados e grandes, a trufa e os lábios, que são sempre escuros.

O focinho é pontudo e as orelhas, triangulares e portadas eretas. O spitz japonês é um excelente cão de guarda: ele tem todos os sentidos muito aguçados. É também inteligente e alegre, apesar de ser silencioso.

Há poucos exemplares no Brasil de spitz alemães. Existe certa confusão sobre a raça e alguns animais importados chegaram a acasalar com spitz alemães de todas as variedades. Impedindo a fixação da raça. Mesmo assim, alguns criadores estão tentando manter o padrão deste cachorrinho simpático, curioso e muito sociável, apesar de desconfiado e um pouco teimoso.

13. West highland white terrier

Como o nome indica, este terrier surgiu nas montanhas das Terras Altas escocesas. Conhecido pela cor branca (e por ter sido garoto-propaganda de um provedor de internet), acredita-se que ele tenha se desenvolvido a partir do cairn terrier, especificamente para atuar na caça.

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West highland white terrier

Trata-se de um cão de pequeno porte (de 25 cm a 28 cm de altura, mas é pesadinho, atingindo 10 kg). O westie é rústico e resistente. Goza de boa saúde e atinge os 18 anos de vida com facilidade, sempre atento e brincalhão.

O west highland white terrier é compacto e solidamente constituído. O peito é profundo e o dorso, reto, nivelado com o chão. As pernas traseiras são musculosas e potentes, garantindo uma bela combinação de força e agilidade.

O westie é um cão vivaz, “elétrico”, agitado e muito ativo. Dotado com uma dose considerável de autoestima, ele é independente, mas muito afetuoso. Pode passar parte do tempo sozinho, mas recebe a família com muita alegria.

Os cães da raça precisam de uma rotina moderada de exercícios, para consumir o excesso de energia e também para evitar problemas com a balança. As brincadeiras e caminhadas são bons momentos para treinar os comandos básicos e evitar a instalação de condutas persistentes: o westie pode ser um cachorrinho teimoso.

Os cuidados com os cachorros de pelos brancos

Desde que são adotados, todos os cachorros exigem cuidados por parte dos tutores, para se desenvolverem adequadamente, manterem a saúde, a boa forma física e o equilíbrio emocional. Os cães de pelagem branca precisam de algumas atenções extras.

Estas dicas valem não apenas para as raças acima apresentadas, mas para todos os cães de pelos brancos ou claros (creme, marfim e bege pálido). No caso dos albinos, a supervisão precisa ser ainda mais constante.

Fique atento ao Sol – a exposição aos raios solares provoca queimaduras superficiais de pele com mais facilidade entre os cães brancos. Evite os banhos de sol entre 10h e 16h (período de maior concentração dos raios ultravioleta) e, nas caminhadas, trace roteiros com trechos de sombra.

A exposição excessiva é responsável inclusive por algumas formas de câncer de pele. Quem mora em regiões muito quentes – a maioria do território brasileiro, durante quase todo o ano – pode considerar a aplicação de protetores ou bloqueadores solares específicos. Os produtos em spray são os mais práticos.

Use xampus específicos – os cães de pelagem clara tendem a ficar com os pelos encardidos com facilidade. Alguns produtos específicos (xampus e condicionadores) impedem que os pelos brancos percam a maciez e o brilho e também corrigem os efeitos do sol, vento, chuva, etc.

Antes de aplicar os produtos de higiene, leia as instruções na embalagem ou peça orientações ao veterinário ou na pet shop. Em alguns casos, os cães não devem ser expostos ao Sol depois da aplicação; em outros, ocorre justamente o contrário.

Nenhum tutor responsável faria isso, mas é importante salientar que produtos de limpeza doméstica não são indicados para reconstituir a beleza dos pelos brancos. Alvejantes e água sanitária não resolvem o problema e podem causar danos à saúde da pele.

Aumente a frequência dos banhos – os cães de pelagem branca devem ser banhados a cada dez ou 15 dias, sempre com produtos específicos. Vale lembrar que as brincadeiras com água não substituem os banhos de limpeza e higienização.

Em alguns momentos, pode não ser possível dar banho no cachorro, seja por falta de tempo, seja porque está muito frio. Nestes casos, o procedimento pode ser substituído por banhos secos: basta pulverizar os produtos na pelagem, esperar o tempo determinado pelo fabricante e retirar o excesso com uma escovação vigorosa.

Cuidado com a alimentação – o que o cachorro come pode influenciar diretamente na pelagem. Podem não apenas surgir manchas, mas os pelos podem também ficar opacos, quebradiços e sem vida, comprometendo as funções da cobertura.

As manchas castanhas ou avermelhadas pelo corpo quase sempre indicam carências alimentares: o cachorro provavelmente não está recebendo nutrientes fundamentais para a conservação da saúde integral.

Os problemas na pelagem também podem estar relacionados à desidratação. Mantenha sempre à disposição tigelas com água fresca e, se necessário, estimule o cachorro a beber (pode-se congelar pedaços de carne ou frutas em água, brincar com sprays, etc.).

Verifique a existência de alergias – o maltês e o bichon frisé são especialmente suscetíveis a dermatites, mas elas podem surgir com qualquer cão. A presença de manchas na pele, vermelhidão, descamação e pequenas lesões indica que alguma coisa está errada.

As alergias podem ter várias causas, inclusive congênitas, mas os “vilões” mais comuns são as pulgas e os carrapatos. Se o cachorro estiver infestado, ele vai se coçar com frequência, ferir a pele, arrancar tufos de pelos e escurecer a pelagem. É preciso eliminar os parasitas com inseticidas. Existem sprays, pour-on, coleiras repelentes, etc.

No caso de alergias persistentes, peça orientação para o veterinário. Elas podem estar associadas a reações a alguns produtos e plantas. Também é frequente que sejam determinadas por doenças internas. O veterinário é o profissional indicado para firmar o diagnóstico e oferecer o melhor tratamento. Nunca medique o cachorro por conta própria.

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