O fato ocorreu em Baltimore (Estado de Maryland, EUA). Trata-se de mais uma situação polêmica envolvendo companhias aéreas e passageiras expulsos com violência de aviões. Uma mulher alegava ter alergia severa a cães e havia dois animais de estimação a bordo.
No entanto, a passageira do voo, com destino a Los Angeles (Califórnia) não portava um certificado médico que comprovasse a sua condição e, por isto, ela acabou sendo expulsa do avião. Os dois cães prosseguiram na viagem. A situação foi filmada por outro passageiro e é possível verificar a mulher sendo arrastada para fora da aeronave com violência por agentes da polícia americana.
A polêmica
Ao perceber a presença dos cães, a jovem chamou um comissário de bordo, informou a sua condição e pediu que os animais fossem retirados da aeronave. Ao saber que isto não seria possível, ela solicitou um tipo específico de medicamento, para atenuar os sintomas da alergia.
A situação ficou complicada, porque a passageira não portava uma receita médica e, desta forma, a tripulação não poderia medicá-la. O avião ficou parado na pista de decolagem, até que a polícia foi acionada. A jovem pretendia visitar o pai, que passou por uma cirurgia no dia seguinte ao da viagem.
O caso ocorreu em julho de 2017 e o vídeo caiu nas redes sociais. Os policiais agiram com certa truculência, a passageira foi finalmente retirada e só então o avião conseguiu decolar. De acordo com assessoria de imprensa da polícia, a jovem foi presa assim que desceu da aeronave.
Os motivos da prisão foram os seguintes: interrupção da ordem pública, violação da ordem razoável e lícita e obstrução do trabalho da polícia. A mulher foi solta no mesmo dia, depois de pagar a fiança estipulada pela justiça americana.
A companhia Southwest Airlines pediu desculpas com a seguinte nota: “Estamos publicamente pedindo desculpas a esta cliente pela experiência desagradável e entraremos em contato diretamente com ela para tratar de suas preocupações”.
Veja o vídeo do momento da retirada:
A legislação no Brasil
No Brasil, também é permitido transportar cães de pequeno e médio porte nos voos domésticos. Os grandões, a menos que sejam cães-guia, precisam viajar no compartimento de bagagem. Uma nova lei, aprovada no início de 2018, impede que o peso dos animais seja incluído na franquia de bagagem, mas permite que a companhia aérea sobre um valor adicional.
Os deficientes visuais têm o direito de embarcar e permanecer com o seu cão-guia ao seu lado, independente do porte do animal. Nestes casos, os passageiros são isentos da taxa adicional.
A legislação permite que animais de até oito quilos sejam transportados nas viagens aéreas, limitando o número de cães a dois a bordo por voo. Os passageiros devem informar à companhia aérea que viajarão com os seus pets com no mínimo dois dias de antecedência.
Cabe à ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) estabelecer os critérios de higiene e segurança no voo. Se você pretende viajar com o seu cãozinho, confira as condições com a ANAC e a companhia aérea. Para o transporte dos pets, é necessário:
• apresentar um atestado veterinário certificando boas condições de saúde, expedido com no máximo 15 dias antes da viagem;
• carteira de vacinação atualizada, com a certificação de pelo menos imunização contra a raiva.
Gostou? Compartilhe nas suas redes sociais para nos ajudar a continuar fazendo esse trabalho.
Originalmente visto aqui: abc.net.au