Brucelose canina: causas, sintomas e tratamento

Trata-se de uma zoonose. A brucelose canina causa problemas reprodutivos e é relativamente comum em canis.

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Transmitida pela bactéria Brucella canis, que pode sobreviver em ambientes úmidos, escuros e frios por longos períodos, a brucelose canina não tem a prevalência canina, por não se tratar de uma doença de notificação obrigatória às autoridades sanitárias.

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A brucelose canina é uma zoonose, sendo classificada como doença funcional, por afetar principalmente médicos veterinários e criadores de cães. No Brasil, a incidência em humanos é baixa, sendo constatados menos de 15 mil casos novos a cada ano.

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A doença foi descrita pela primeira vez em 1966, nos EUA, em um estudo sobre os frequentes abortos observados em canis da raça beagle. A pesquisa coletou dados em diversos Estados americanos. No Brasil, a bactéria B. canis foi isolada pela primeira vez em Minas Gerais, em 1977.

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A incidência de brucelose em cachorros vem diminuindo ano a ano no mundo todo, tanto entre os humanos, quanto entre outros animais, principalmente em função da adoção de medidas de controle. Na América Latina, no entanto, a bactéria tem se mostrado persistente, especialmente em função da topografia irregular e do clima favorável à proliferação do cocobacilo responsável pela doença.

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O contágio de humanos ocorre basicamente no contato com secreções animais (sêmen, secreções vaginais – especialmente durante o cio –, placenta, anexos fetais e sangue, além de suor, urina, fezes e transmissão pelo focinho e a boca).

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A brucelose canina afeta a capacidade reprodutiva dos animais. Para quem tem apenas um cão de companhia, isto não chega a ser um problema – apenas para os tutores que pretendem cruzar os seus pets. Existem outras formas da doença, no entanto, que afetam gado de corte e de leite – vacas, ovelhas, cabras, porcos e até camelos, cada espécie afetada por um agente etiológico diferente. Nestes casos, a infertilidade é um problema sério e, por isso, a doença precisa ser combatida com agilidade e eficiência.

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O agente etiológico

A bactéria Brucella canis é um cocobacilo gram positivo, como a maioria das bactérias infectocontagiosas. Trata-se de um micro-organismo aeróbico que afeta cães e alguns outros canídeos silvestres (lobos, raposas, coiotes, etc.), que promove uma enfermidade de longo curso, alterando as funções reprodutivas dos animais.

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Apesar de afetar principalmente o sistema reprodutor, o vírus tem a capacidade tem capacidade de penetrar em qualquer mucosa do organismo dos cachorros, mesmo a oral e a conjuntiva. A principal forma de contágio é vertical – as cadelas transmitem a brucelose para os filhotes durante a gravidez, parto ou aleitamento.

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Os cachorros com brucelose

Entre os cães, a brucelose pode ser transmitida por longos períodos, uma vez que os animais infectados não manifestam sintomas imediatamente, podendo infectar cachorros saudáveis em canis, hotéis para pet, clínicas veterinárias, etc.

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A infecção pode ocorrer durante o cruzamento (as relações sexuais), uma vez que a B. canis está presente no esperma e nas secreções vaginais, mas a bactéria é transmitida mais amplamente no contato oro-nasal ou com os excrementos – quando os cães ficam se cheirando, como forma de identificação.

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Os animais adultos assintomáticos (mesmo os castrados, portanto), podem transmitir a brucelose canina durante anos. Outra forma de contágio é através das extremamente comuns lambidas e cheiradas por pets infectados em cães saudáveis que apresentam ferimentos na pele. Cães diagnosticados devem ser mantidos isolados, sem contato com outros animais – inclusive os humanos.

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A infecção

Uma vez no organismo canino, a bactéria se transfere para os tecidos linfoides, medula óssea e aparelho reprodutor. A partir do sistema linfático, a B. canis atinge a circulação sanguínea, onde pode permanecer por mais de cinco anos sem causar sintomas.

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A bactéria se reproduz no interior dos leucócitos (células de defesa) ou em alguns tecidos específicos, como os do fígado, baço e gânglios linfáticos, podendo aumentar o número de anticorpos no sangue e causando inflamações nas articulações, nos olhos e nas vias respiratórias superiores.

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Os órgãos reprodutivos afetados são apenas o útero (nas fêmeas) e o epidídimo, próstata e testículos (nos machos). É isto que provoca os abortos naturais sucessivos e a infertilidade dos machos. A maioria das cadelas não prenhas não apresenta nenhum sinal da brucelose canina.

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Os sintomas da brucelose canina

A brucelose canina é uma doença do trato reprodutivo. A manifestação mais comum da doença é o aborto a partir de 45 dias do cruzamento (especialmente quando o problema ocorre mais de uma vez) e o nascimento de filhotes muito frágeis, quando o veterinário passa a suspeitar da doença, que pode levar à esterilidade completa de machos e fêmeas. Outros sintomas merecem avaliação veterinária:

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  • infertilidade nos machos;
  • falhas na concepção;
  • baixa qualidade do esperma;
  • atrofia dos testículos;
  • dermatite no escroto.
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Alguns sintomas menos específicos podem atingir cães de ambos os sexos, tais como letargia (alguns cães demoram a despertar quando são provocados), perda da libido (entre as fêmeas, mesmo durante o cio) e inchaços nos gânglios linfáticos, especialmente na virilha. Menos frequentemente, os cães afetados podem apresentar:

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  • anemia;
  • falhas na pelagem;
  • dores nas articulações (espondilite, artrite e artrose);
  • uveíte (inflamação dos olhos);
  • nevralgias.
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Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico de brucelose canina é feito pelo veterinário a partir da análise do histórico do paciente (com dados fornecidos pelo tutor), complementada por exames laboratoriais e por eventuais evidências epidemiológicas. Os testes sorológicos estão disponíveis em análises rápidas na maioria das cidades brasileiras.

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O tratamento é realizado com a utilização de antibióticos. Apesar de as terapias medicamentosas serem bastante eficazes no combate às infecções secundárias, com mais de 80% de sucesso, as cadelas afetadas podem ter as seguintes sequelas:

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  • alterações no cio;
  • morte embrionária;
  • aborto no final da gestação;
  • partos com natimortos.
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Nos machos e fêmeas, além das infecções persistentes no sistema reprodutor, a brucelose canina pode facilitar o surgimento de conjuntivite e outras afecções ópticas, meningite, dermatites e alterações no funcionamento do aparelho excretor.

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Ao observar essas alterações, os tutores responsáveis precisam levar o pet ao veterinário rapidamente e seguir as recomendações à risca, para que os animais doentes voltem a ser saudáveis e brincalhões. Muitos dos cães que sofrem com brucelose, no entanto, perdem a capacidade de se tornarem pais e mães.

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Na imensa maioria dos casos, a brucelose canina compromete totalmente a fertilidade dos cães. Até a década de 1990, a recomendação geral era de sacrificar os animais infectados, uma vez que não havia cura e os cachorros doentes poderiam transmitir a doença durante toda a vida sexual. Os medicamentos atuais conseguem eliminar a B. canis.

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A prevenção da brucelose em cães

Já existem vacinas para imunizar o gado bovino e caprino contra a brucelose, mas os cães ainda não possuem uma forma eficaz de impedir a doença. Também não existem formas de prevenção da brucelose entre os humanos – o contágio é reduzido com a adoção de práticas básicas de higiene.

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A solução, portanto, é evitar os cruzamentos indesejáveis. A melhor maneira de reduzir a disseminação da brucelose canina é a castração dos filhotes (das cadelas, antes do primeiro cio). O procedimento é de baixo risco e não altera profundamente o comportamento dos pets.

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Eventualmente, um cão adulto pode apresentar menor agressividade e tendência à acomodação, necessitando de um programa de exercícios físicos, para evitar problemas com sobrepeso e obesidade. Os benefícios, no entanto, superam de longe: a castração evita as brigas por território e por fêmeas, as fugas e os acidentes causados por elas.

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Se você pretende iniciar uma criação, certifique-se de que os cães empregados para a reprodução (matrizes e padreadores) tenham nascidos em canis idôneos e livres da brucelose canina. Mas, com doença o não, evite a exaustão física, principalmente das fêmeas.

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Se você quer apenas a companhia de um amigo fiel e pronto para tudo – defendê-lo, brincar com você ou enchê-lo de lambidas – castre o seu peludo. Ele se tornará ainda mais leal e comportado, para uma dupla duradoura e proveitosa.

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