As fotos de um cachorrinho estão circulando na internet e causando muito espanto. O peludo aparece por cima de uma cerca alta e exibe um olhar bastante macabro. Seria este pet um personagem de mais um filme de terror?
Os internautas são unânimes em afirmar que o cachorro tem um quê aterrorizante. Mas, embora o olhar seja diferente e um pouco tenso para o que se espera de um animal de estimação, o tutor garante que ele é “o cachorro mais fofo de todos”.
Junebug é o título de uma comédia dramática dirigida por Phil Morrison, que estreou nos EUA em 2005 (no Brasil, o filme recebeu o nome de “Retratos de Família”). A trama é realmente um pouco macabra, cheia de sobressaltos.
Talvez por isso, o internauta Tim K. tenha decidido batizar a sua mascote com este nome. Junebug também é o nome de um besourinho verde comum no leste dos EUA e sudeste do Canadá, considerado uma praga para a lavoura.
Mas o Junebug (inseto de junho) que está fazendo sucesso na internet é apenas um cachorrinho extremamente curioso, que adora passar horas junto à cerca da propriedade de Tim K, observando o movimento da rua.
Ele pesa menos de 2 kg – não pode ser considerado uma “ameaça”. Mas o olhar fixo e a aparência pouco convencional (digamos assim) está apavorando muita gente. Os olhos do pet, circundados por manchas pretas, se destacam na pelagem clara, tornando Junebug ainda mais assustador. Um dos olhos é esbranquiçado, conferindo um ar ainda mais lúgubre.
Entre amedrontados e divertidos, os internautas não perdoaram a aparência diferente de Junebug. O medo parece ser a tônica dos posts: “Eu nunca tive tanto medo de um cachorro”, confessou um tuiteiro que compartilhou a foto.
Algumas postagens são mais engraçadas. “O que raios está acontecendo atrás da cerca?” Pergunta um internauta. Outros editaram a imagem, recortando a cabeça do cachorro e inserindo-a em bocas-de-lobo, janelas sombrias, pântanos, etc.
Junebug já foi comparado a Pennywise (o palhaço assassino de “It – A Coisa”), Beetlejuice (a pronúncia fake de Betelgeuse, o poltergeist de “Os Fantasmas se Divertem”) e até do vilão Coringa (da série Batman).
A expressão do cachorrinho é realmente “eletrizante”. Mas Tim K., o tutor de Junebug, afirmou, em reportagem publicada pelo site The Dodo, que o peludinho não tem nada de macabro, tenebroso, sinistro ou tétrico.
Tim disse, na entrevista, que, apesar da vibe ameaçadora que viralizou nas redes sociais, a imagem de Junebug não traduz a personalidade do pet. O tutor garante que o cachorro é um anjinho perfeito:
“Junebug é, sem sombra de dúvida, o cachorro mais doce que você poderia conhecer. Ele ama as pessoas e todos que o conhecem se apaixonam rapidamente. Ele é a coisinha mais doce do mundo”.
Mas por que a imagem do cachorrinho parece tão tenebrosa e artificial? Novamente, o tutor sai em defesa de Junebug. Ele conta que a propriedade é cercada por um muro alto e indevassável – uma questão de privacidade.
Mas o cachorrinho é curioso e sempre quer observar o que está acontecendo nas redondezas. Por isso, Tim o pega no colo e levanta Junebug acima da cerca. Este é o motivo por que a mascote, além da fisionomia “original”, também aparece em uma pose bastante artificial, como se fosse um boneco – talvez um de vodu.
A mulher de Tim também decidiu defender o cachorro e postou as imagens em uma comunidade oficial de amantes de cães. “Para nós, é apenas uma fotografia bonita. Não havíamos reparado na intensidade de Junebug até que as pessoas começaram a comentar sobre ele”.
O casal garante que não imaginava que a postagem fosse viralizar, sendo compartilhada milhares de vezes. Muito menos, que alguns internautas achassem o cachorro da família assustador. “Sempre fomos uma família que adora cachorros”, disse Tim. E completou: “Se Junebug soubesse de toda a atenção que está recebendo, ele certamente estaria nas nuvens”.
Quem ama o feio, bonito lhe parece, diz a fábula “A Coruja e a Águia”, atribuída a Esopo, um moralista grego que viveu no século 6º AEC. Talvez Junebug esteja sendo vítima de preconceito, como os filhotes da coruja da fábula, descritos pela mãe como “as coisas mais fofas do mundo”.
A águia, nesta história, não tinha a mesma opinião. Quando encontrou os filhotes, observando que eles não eram nem um pouco fofos e doces, não teve dúvida em devorá-los.
Seja como for, o próprio tutor é forçado a reconhecer que Junebug às vezes parece um pouco “descontente”, mesmo quando não está se sentindo assim.
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