Cachorro pode comer carne?

Adeptos da comida caseira podem dar, mas não é todo tipo de carne que cachorros podem comer.

A maioria dos tutores costuma oferecer apenas rações industrializadas para os cachorros, mas há também os adeptos da comida caseira, que preparam as refeições dos peludos à moda antiga. Nestes casos, os cachorros podem comer carne, mas é preciso tomar alguns cuidados para garantir o equilíbrio nutricional.

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O oferecimento de ração apresenta algumas vantagens: ela já vem pronta para consumo, é fácil de guardar e servir e existem bons produtos disponíveis que preenchem todas as necessidades dos cachorros, inclusive em idades e situações específicas (gravidez, convalescença, doenças crônicas, etc.).

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A comida caseira exige tempo e é importante ter a orientação de um veterinário, para garantir que o cachorro receba todos os nutrientes necessários. A carne pode ser a base das refeições, mas ainda existe muita discussão sobre os cortes mais adequados, a oferta de ossos e há até quem defenda a alimentação crua.

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Carne para cachorros: prós e contras

Os cachorros, assim como os gatos, são mamíferos carnívoros. Todos os canídeos – lobos, raposas, chacais, hienas, etc. – têm a carne como base da dieta alimentar. A digestão canina está muito bem adaptada para processar carnes e vísceras.

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Na convivência com os humanos, os nossos peludos adotaram algumas mudanças de hábitos. Eles passaram a comer também alguns vegetais, como legumes e frutas, que correspondem de 20% a 30% da atual ingestão de alimentos. Na natureza, os primos selvagens também comem algumas plantas, mas em proporção muito menor.

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Nas rações industrializadas, a carne é igualmente o principal ingrediente. A diferença é que, com exceção dos produtos premium e super premium, são utilizadas vísceras na fabricação, e não os cortes com que estamos acostumados.

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Seja como for, com as rações, fica mais fácil para os tutores oferecerem uma alimentação completa e balanceada. Por outro lado, os cachorros parecem ficar mais felizes ao se depararem com um prato de comida caseira.

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Apresentamos a seguir os principais pontos a serem considerados pelos tutores na hora de escolher a melhor dieta para os cachorros.

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O preço da carne

Alimentar o cachorro com carne sai mais caro do que oferecer a ração industrializada, já que é preciso adquirir ingredientes específicos para preparar as refeições dos peludos.

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Naturalmente, os animais não podem receber alimentos preparados para humanos: a cebola, o alho e o sal, por exemplo, são ingredientes interditados para os peludos, e mesmo o óleo de cozinha deve ser usado com parcimônia no preparo.

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Carne crua

A anatomia canina, dos dentes ao intestino, está adaptada para uma alimentação com carnes cruas. Os cachorros são predadores naturais, possuem uma dentição completa com 42 dentes e são capazes de metabolizar com eficácia a carne in natura.

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Mesmo assim, esta não é uma boa opção no Brasil. Um estudo da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), conduzido durante dois anos e publicado em 2019, revelou que a incidência de infecções bacterianas (como salmonela e toxoplasmose) chega a ser 28 vezes maior (no caso da salmonela), em relação aos animais que recebem carne cozida ou ração.

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De acordo com o estudo, o perigo da contaminação independe de raça, idade ou sexo. A pesquisa analisou a presença de agentes patológicos nas fezes de 192 cães alimentados com ração e 60 que recebem carne crua.

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Vale lembrar que estas bactérias oferecem riscos para a saúde dos cachorros e também dos familiares humanos, que podem se infectar ao entrar em contato com as fezes dos peludos.

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Existe outra questão a ser considerada. Diversas raças caninas tiveram o focinho encurtado durante o seu desenvolvimento. É o caso do boxer, do pug e do lhasa apso, por exemplo, que perderam a eficiência no ataque às presas. A boca destes animais não está adaptada para triturar a carne.

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Os cortes de carne mais adequados

Não existem peças de carne mais ou menos adequadas para os cachorros, mas os tutores que optam por oferecer este alimento precisam estar atentos às condições gerais dos peludos. Os animais com tendência a ganhar peso não devem receber carnes gordurosas.

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Cães com sobrepeso podem receber pratos elaborados com peito de aves (sem a pele), acém, alcatra, músculo e lagarto bovinos ou lombo suíno. Para os que não estão brigando com a balança, as refeições podem ser feitas com coxa e sobrecoxa de aves, pernil suíno, contrafilé bovino, etc.

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Cuidado com as carnes processadas

Nenhum tipo de carne processada deve ser oferecido aos cachorros. Hambúrgueres, salsichas, linguiças, carne seca, fiambre (e outras carnes enlatadas), bacon, presunto e mortadela, entre outros, são muito gordurosos e ricos em sais (não apenas o de cozinha, mas também nitratos e nitritos), que prejudicam o equilíbrio hídrico do organismo.

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Além disso, os processados quase sempre fornecem quantidades nada saudáveis de conservantes químicos. Em 2015, a Organização Mundial da Saúde incluiu as carnes processadas (para consumo humano) na lista de alimentos cancerígenos.

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As carnes processadas foram incluídas no grupo 1 dos carcinogênicos da OMS, que reúne produtos com evidências suficientes no desenvolvimento dos tumores malignos. Entre outros produtos, o grupo 1 engloba o tabaco, o amianto e a fumaça de óleo diesel.

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Considera-se carne processada todos os produtos transformados por salgamento, curagem, fermentação, defumação e outros processos para realçar o sabor, melhorar a aparência e/ou prolongar a conservação.

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Os tipos de ossos

Mesmo os cães que se alimentam com rações podem receber ossos para brincar, se divertir e ter alguma coisa para fazer quando estão sozinhos. Roer ossos pode ser uma boa atividade para evitar o tédio e a solidão.

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No caso dos ossos artificiais, é importante estudar a composição, para garantir que nenhum ingrediente usado no preparo possa prejudicar a saúde dos cachorros. Produtos com aditivos para conservação são contraindicados, por exemplo.

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Além de aliviar o tédio e reduzir as chances de o cachorro desenvolver estresse e ansiedade, roer ossos também ajuda na saúde dos dentes, cujas superfícies, ao serem atritadas com o osso duro e resistente, eliminam gradualmente parte das bactérias que vivem na boca, reduzindo a formação de tártaro.

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Os ossos também fortalecem a musculatura da cabeça e do pescoço, enquanto mantêm os cachorros ocupados, relaxados e tranquilos. O ideal é oferecê-los sempre com a supervisão de um humano adulto, para prevenir acidentes.

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Os ossos feitos com couro (de vaca ou porco) não devem ser oferecidos. Eles podem causar alergias e problemas gastrointestinais: dos vômitos às diarreias. O hábito, no longo prazo, também facilita o desenvolvimento de gastrites.

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Os ossos ideais são os naturais ou defumados, mas é importante lembrar que os cachorros estão ingerindo nutrientes e calorias. Portanto, é preciso reduzir a oferta de outros alimentos no “dia do osso”.

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Os mais indicados são os de boi e de porco, ricos em proteínas, colágeno e alguns sais minerais (como cálcio). Os ossos de aves devem ser evitados, porque são pequenos e menos resistentes e muitos são ocos. Ao se partirem, eles podem gerar arestas pontiagudas, causando acidentes na boca e na garganta dos cães. Ao serem engolidos, podem causar asfixia e danos ao esôfago, estômago e intestino.

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Cachorro pode comer carne crua?

A BARF (biologically appropriate raw food, ou comida crua biologicamente adequada) é uma das modalidades de alimentação natural. A ideia surgiu na década de 1980, na Austrália e consiste basicamente na oferta de carne, gordura animal, ossos e uma pequena quantidade de vegetais para os cachorros – todos os ingredientes são servidos crus.

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Ian Billinghurst, um veterinário australiano, publicou um livro defendendo a BARF, que, para ele, se aproxima da alimentação procurada pelos lobos e cachorros selvagens. O principal benefício é que se trata de uma dieta com baixo índice glicêmico, que ajuda a desenvolver e manter a musculatura, previne e reduz quadros de inflamação e de dor.

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A BARF também apresenta alta digestibilidade, o que reduz o volume e o odor das fezes. O oferecimento regular de ossos crus garante a higienização dos dentes, evitando a formação da placa bacteriana. A dieta também é rica em líquidos, o que melhora a hidratação dos cachorros.

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Por outro lado, cachorros braquicefálicos (de focinho achatado) podem ter dificuldade em mastigar ossos e outros alimentos crus. Os animais com tendência ao sobrepeso também não devem receber esta dieta, assim como os diagnosticados disfunções no pâncreas, fígado e rins.

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Além disso, em caso de reações alérgicas, os ingredientes devem ser identificados e trocados por outros com propriedades nutricionais semelhantes. Os cachorros idosos também podem ter dificuldades com a BARF.

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De qualquer maneira, antes de alterar a dieta dos cachorros, é imprescindível conversar com um veterinário especializado em nutrologia, para garantir que a nova dieta forneça todos os nutrientes, de acordo com a idade, sexo, condições gerais de saúde, nível de atividades físicas, etc.

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