Os cachorros conseguem ver fantasmas?

Diz a crença popular que os cachorros conseguem ver fantasmas. Mas isso seria possível?

De um momento para outro, eles ficam silenciosos, estáticos, atentos. Em outras ocasiões, os cachorros começam a latir desenfreadamente, mostrando outros sinais evidentes de excitação. Muita gente acredita que, nesses momentos, eles estão vendo fantasmas. Mas isso seria possível?

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Um estudo realizado em 23 países, conduzido pelo instituto de pesquisas Ipsos, em 2011, a pedido da agência de notícias Reuters, concluiu que 84% dos brasileiros acreditam em Deus ou em alguma fonte suprema de criação.

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O país ficou em terceiro lugar, atrás apenas da Indonésia e da Turquia. No total geral, pouco mais da metade dos entrevistados afirmou acreditar em uma forma de divindade, que está sempre associada à sobrevivência das criaturas – sejam elas almas, espíritos, fantasmas, etc.

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Fantasmas seriam seres sobreviventes à morte, que voltam à Terra, seja para assombrar antigos desafetos, seja para pedir ajuda. De acordo com a pesquisa citada, 78% dos brasileiros acreditam que os mortos podem se manifestar de alguma forma entre nós.

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Neste sentido, seria natural que os cachorros conseguissem captar a presença dos seres incorpóreos. Há relatos diversos sobre estes fatos, que também envolvem gatos, cavalos e outros animais que convivem com os humanos.

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Ciência e religião

Aceitar a existência de fantasmas, almas, espíritos, anjos e demônios é sempre uma questão de crença: não é possível, à ciência, determinar a existência ou, por outro lado, eliminar a possibilidade. A ciência, aliás, trata apenas do que é visível, tangível e mensurável, a olho nu ou com o apoio dos mais diversos instrumentos.

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Os fantasmas, portanto, pertencem ao escopo da religião. Muitas crenças tradicionais não admitem as “manifestações dos mortos”: o Luteranismo e o Presbiterianismo são exemplos disso. Outras aceitam a possibilidade em casos excepcionais, como o Catolicismo e o Anglicanismo – é o caso das orientações e advertências dos santos e anjos, bem como das tentações dos demônios.

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Há, por fim, religiões, como o Espiritismo e a Umbanda, que tratam as manifestações dos mortos como absolutamente triviais e cotidianas. Algumas entidades auxiliam os humanos encarnados, enquanto outras tentam prejudicá-los.

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Com abordagens tão diferentes, as explicações sobre o comportamento dos cachorros também variam intensamente. Um cientista pode explicar as manifestações como meras alucinações, um católico como a visita de um santo e um espírita com a aproximação de um desencarnado.

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A situação se complica ainda mais quando lembramos que existem cientistas que cultivam crenças religiosas, enquanto alguns crentes eliminam todas as possibilidades de manifestação depois da morte.

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Afinal, os cachorros veem fantasmas?

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As investigações

Muitas pessoas não sentem necessidade de uma confirmação científica a respeito da sobrevivência após a morte. Ela é simplesmente real e os contatos são possíveis, mesmo que as sensações decorrentes sejam muito diferentes: do medo à vontade de ajudar.

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Os cachorros, muitas vezes, param subitamente tudo o que estão fazendo e ficam atentos, como se um ser invisível tivesse chegado ao ambiente. Algumas pessoas que vivem com cachorros explicam as manifestações através de um sexto sentido inerente aos peludos, enquanto outras tentam explicar através dos sentidos físicos – efetivamente, o olfato e a audição caninas são muito superiores aos sentidos humanos.

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Para a ciência, o sexto sentido dos cachorros pode ser explicado justamente pelos sentidos mais aguçados. Na verdade, quando estacam subitamente ou começam a latir de forma escandalosa – tudo depende do temperamento do peludo – eles estão apenas captando sons e cheiros.

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Em condições adequadas, com vento a favor e sem obstáculos, um cachorro é capaz de identificar odores gerados a 20 km de distância – o nosso nariz só percebe aromas a 20 metros.

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Os ruídos são captados a distâncias quatro vezes maiores do que a audição humana consegue registrar. Além disso, os cães percebem sons inaudíveis para os nossos ouvidos. A partir de 20 mil Hz (sons muito agudos) nós não conseguimos ouvir mais nada, enquanto os ouvidos caninos captam até 40 mil Hz.

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O posicionamento de “ver fantasmas”, portanto, seria apenas um momento de atenção para sons e odores a grandes distâncias. Os cachorros precisam saber o que são, se alguma coisa diferente está se aproximando e a qual velocidade, para tomar as devidas providências: preparar-se para lugar ou para fugir.

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Um episódio real

Na natureza, perceber e interpretar ruídos, aromas, imagens e sabores a distância pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Durante a ocorrência de maremotos e tsunamis, há relatos de diversos animais que identificaram os cataclismas com horas de antecedência.

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O sismo e tsunami de 2004, ocorrido logo depois do Natal, teve epicentro na costa oeste de Sumatra, na Indonésia, e causou a morte estimada de mais de 220 mil pessoas, em 14 países diferentes. As ondas inundaram regiões situadas 30 metros acima do nível do mar.

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Diversos registros dão conta de que os animais da fauna local perceberam o evento com muita antecedência – e, ao que tudo indica, não foi nenhum fantasma que contou para eles. Percepções sensoriais levaram-nos a escapar dos locais impactados.

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Elefantes, orangotangos e diversas espécies de macacos fugiram para terras mais altas, usando inclusive o tato – eles conseguiram sentir diferenças de vibrações no solo, indetectáveis até mesmo por aparelhos de medição criados pelos humanos.

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Os cães residentes nos países que sofreram impactos adotaram diferentes posicionamentos. Relatos da Índia, Sri Lanka, Indonésia, Malásia, Filipinas e Timor Leste mostram que alguns fugiram, mas a maioria, mesmo demonstrando inquietação e ansiedade, permaneceram junto aos tutores, tentando alertá-los sobre o perigo iminente.

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A crença continua

Mas, mesmo com vários estudos demonstrando a importância dos sentidos nas posturas dos animais, ainda há espaço para quem quer acreditar em alguma forma de manifestação paranormal ou sobrenatural.

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Efetivamente, a ciência não pode confirmar totalmente que os animais afetados pelas ondas gigantes realmente registraram barulhos e cheiros diferentes, vibrações no solo ou conseguiram visualizar o avanço da água.

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E, mesmo que tenham sido capazes de perceber o problema, a explicação continua sendo insuficiente para explicar a reação dos animais. O fato de muitos cães terem permanecido junto aos seus tutores pode ser explicado pela lealdade.

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Mas, quando se trata de sobrevivência, até mesmo a lealdade enfrenta certos limites. Seria natural supor que, percebendo mudanças na atmosfera e no solo, os cães tentassem alertar os humanos nas proximidades. Com o avanço das ondas, no entanto, eles seriam compelidos a fugir.

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Portanto, não é possível descartar totalmente a intervenção de seres invisíveis, como fantasmas, que teriam vindo alertar a população, valendo-se inclusive dos animais da região – tornando-os de alguma forma visíveis ou sensíveis a eles.

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Os relatos de salvamento, contudo, são insuficientes para que seja possível determinar uma eventual intervenção extrassensorial. Os cachorros e outros animais (domésticos e selvagens) podem ter pressentido o perigo, mas também podem ter sido alertados sobre eles.

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Desta maneira, quando um cachorro pousa os olhos no horizonte e se mantém quase imóvel, apesar da inquietação que o caracteriza, bastante conhecida pelos tutores, é muito provável que ele esteja vendo alguma coisa.

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Alguns tutores explicam estes momentos a partir de alterações físicas – os cachorros sabem, por exemplo, quando um temporal está prestes a cair. Outros consideram plenamente aceitável que o comportamento resulte de aparições e comunicações de fantasmas.

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O ideal é seguir as próprias convicções: admitir que se trata de um efeito puramente físico, ou da intervenção de inteligências invisíveis, de acordo com as crenças pessoais. Afinal, pode ser tão agradável perceber as causas naturais, quanto imaginar que os cachorros também são protegidos por Deus e por fantasmas, sejam eles anjos, santos, espíritos protetores, etc.

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Deve-se apenas tomar cuidado para não acreditar que os animais – cachorros incluídos – possam ser agentes de alguma forma de mal sobrenatural. Para quem acredita em Deus e na sobrevivência da alma, é importante lembrar que os animais silvestres e domésticos também são criaturas divinas.

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