Os cachorros podem sofrer AVC?

A resposta é positiva. Assim como nós, os cachorros também podem sofrer um AVC.

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Em teoria, todos os animais dotados de notocorda cerebral (todos os vertebrados e alguns outros seres marinhos) podem sofrer um AVC, que se caracteriza pela redução ou interrupção do suprimento de sangue em partes do cérebro, pelo rompimento ou bloqueio de um vaso sanguíneo. Os cachorros não são exceção à regra.

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Um AVC pode ser:

• isquêmico – quando é causado por um coágulo que obstrui a passagem do sangue. Também conhecido como embólico, provoca necrose isquêmica na área afetada;

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• hemorrágico – quando a causa é o rompimento de um vaso sanguíneo. É o popular derrame e danifica áreas mais ou menos extensas do cérebro.

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Quando ocorre um comprometimento apenas parcial, o cérebro possui capacidade (limitada) de recuperação da funcionalidade da área afetada. Atingida a área motora, por exemplo, um AVC pode comprometer, limitar ou impedir a locomoção.

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A doença

Ao contrário do que acontece entre os humanos, o AVC não é uma condição muito frequente entre os cachorros. Estima-se que apenas 2% dos pacientes neurológicos internados em hospitais veterinários sofram com este mal, enquanto, para os humanos, o AVC é a terceira causa de morte entre adultos – de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), um em cada seis habitantes do planeta terá um AVC durante a vida.

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Os motivos são simples: nós somos mais sedentários, praticamos pouca (ou nenhuma) atividade física e nos alimentamos muito mal. A maioria dos cães passeia diariamente, exercita-se em brincadeiras com a família e alimenta-se com rações balanceadas, sem fugir da dieta.

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Um acidente vascular pode ocorrer em qualquer parte do corpo. Trata-se de um impedimento que impede ou dificulta o fluxo livre do sangue nas veias e artérias. As varizes, por exemplo, podem ser consideradas acidentes vasculares.

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A diferença é que, quando este acidente ocorre no cérebro, a área afetada deixa de responder adequadamente – a necrose do tecido interrompe os comandos para áreas importantes, como a locomoção, a sensibilidade, a percepção térmica e até a propriocepção – a capacidade que temos de saber a nossa localização espacial.

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As causas de AVC em cachorros

Todos os cachorros, hipoteticamente falando, podem ter um acidente vascular cerebral (AVC), mas são mais suscetíveis:

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  • os animais idosos (com oito anos ou mais);
  • os animais com sobrepeso ou obesidade;
  • os que passam longos períodos expostos ao Sol;
  • cães de pequeno porte, especialmente das raças classificadas como toy ou microtoy.
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Alguns problemas de saúde facilitam a ocorrência de um AVC. São mais suscetíveis os cães com histórico das doenças seguintes:

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• endocardite – é uma infecção do revestimento interno do coração. O foco da infecção forma coágulos, que podem se deslocar para o cérebro;

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• neoplasias – todos os tumores cancerígenos (primários e metástases) podem formar coágulos, que se deslocam pela corrente sanguínea. Alguns tumores comprometem a capacidade de coagulação e podem provocar hemorragias internas;

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• dirofilariose (inclusive a forma francesa da doença, que causa angiostrongilose canina) – os parasitas podem se deslocar do coração ou da veia cava, criando um coágulo;

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• doença de von Willebrand – é um distúrbio hereditário de coagulação do sangue, que provoca hemorragias nasais, sangramentos das gengivas, sangramento excessivo em caso de cortes e hemorragias internas;

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• baixo nível de plaquetas no sangue (a erliquiose, provocada por carrapatos, é uma das doenças caracterizadas pela redução do número de plaquetas na corrente sanguínea).

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Os cães que sofrem de hipertensão arterial, diabetes e colesterol alto podem desenvolver aterosclerose, que também se caracteriza pela formação de coágulos no sangue. A hipertensão é uma condição relativamente comum entre os animais com problemas renais crônicos.

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Os sintomas de AVC nos cachorros

Acidentes vasculares cerebrais em cachorros nem sempre são fatais, mas podem deixar sequelas mais ou menos graves, de acordo com a extensão da região afetada. Os animais que sofrem um AVC podem ter comprometimentos motores, por exemplo.

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O prognóstico de um AVC canino é bom, especialmente quando os sintomas são identificados e o socorro médico é procurado com rapidez. A maioria dos cães se recupera em algumas semanas, com poucas sequelas (até mesmo nenhuma). Seja como for, trata-se de um quadro grave, que merece cuidado especializado.

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O importante é identificar os sintomas rapidamente e procurar auxílio médico com urgência. Os sinais mais comuns são os seguintes:

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• vertigens e desorientação. Durante um AVC, os cães costumam andar cambaleando e tropeçando nos móveis e objetos (mas eles também podem ficar apáticos, recusando brincadeiras e alimento);

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• apatia e perda dos sentidos. Se você chamar o seu cão e ele não responder, começar a andar em círculos ou demonstrar ter de fazer um grande esforço para atendê-lo, o quadro está se agravando. A perda da consciência, a hemiplegia e a tetraplegia são sinais quase certos de um AVC em curso;

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• paralisação de membros, da face ou dos olhos;

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• respiração ofegante. Os cachorros regulam a temperatura corporal através da respiração. Por isso, a respiração muito difícil pode indicar que o animal está desidratado ou sofreu insolação;

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• perda da visão (parcial ou total);

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• nistagmo – os olhos se movimentam de um lado para outro, como se estivessem seguindo um objeto. Entre os cães, o AVC é a única causa possível de nistagmo;

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• salivação viscosa. A consistência mais grossa da saliva indica presença de muco, determinado pela redução dos líquidos no organismo;

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• gengivas secas ou viscosas. Estes são sinais de desidratação grave, um indicador de AVC;

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• gengivas congestionadas. Quando surge um problema circulatório (geralmente associado a dificuldades de respirar e de se ventilar), as gengivas dos cachorros adquirem uma coloração vermelho-escuro.

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Coloque, com cuidado, os dedos entre os lábios, para verificar a cor das gengivas. A tonalidade mais escura também pode ser verificada na parte interna das pálpebras.

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Eventualmente, o estresse provocado pelo AVC pode provocar problemas gastrointestinais. Por isso, verifique as fezes, em busca de sinais de muco e sangue, e também a ocorrência de vômitos. A temperatura corporal canina se eleva durante um acidente cerebral, permanecendo acima dos 40,5ºC (tome a temperatura com um termômetro retal de uso veterinário).

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Nos casos de AVC isquêmico, vários sinais se manifestam simultânea e rapidamente. Nos casos de AVC hemorrágico, os sintomas podem surgir gradualmente.

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Diagnóstico e tratamento

Ao receber um cão em situação de emergência, os veterinários realizam uma rápida anamnese com os tutores e geralmente optam pelo diagnóstico por imagem, com o uso de ressonâncias magnéticas ou tomografias computadorizadas. O socorro deve ser imediato, uma vez que um AVC pode causar a morte do cachorro.

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Alguns exames complementares podem ser solicitados, quando não é possível avaliar a extensão do AVC ou quando há dúvida se os sintomas apresentados não são causados por outros problemas de saúde. O veterinário pode indicar uma punção lombar, por exemplo, para identificar outros possíveis problemas neurológicos e até mesmo um trauma na cabeça.

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Identificada a condição, a maioria dos cães acidentados costuma atingir a recuperação com medidas de cuidados básicos e vigilância. Não existe uma terapia específica para casos de AVC em cachorros, nem protocolos definidos a serem adotados.

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O tratamento, portanto, é baseado nas intercorrências e no histórico médico do cachorro afetado. Os médicos responsáveis podem recorrer a medicamentos para combater a formação de coágulos ou para reduzir os episódios de sangramento espontâneo, por exemplo. O veterinário pode receitar:

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  • antieméticos, pra combater os vômitos e enjoos;
  • anti-inflamatórios, para reduzir os inchaços;
  • antibióticos, para eventuais infecções (mesmo oportunistas);
  • anticoagulantes, no caso de o AVC ter sido causado pela formação de coágulos na corrente sanguínea;
  • medicamentos que aumentam o fluxo de oxigênio para o sistema nervoso central.
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Não existem estudos específicos no Brasil, mas especialistas acreditam que metade dos cães que sofrem AVC se recupera sem sequelas. A outra metade, formada principalmente por animais idosos, pode ter comprometimentos na locomoção, mas são raros os casos em que se instala definitivamente uma hemiplegia ou tetraplegia.

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Em alguns casos, é necessário recorrer à fisioterapia respiratória e ortopédica para garantir a funcionalidade dos pacientes em recuperação. Ao fim de quatro semanas, no entanto, a maioria dos cachorros afetados pode voltar para as suas atividades cotidianas.

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Nos casos de AVC provocados por trauma (uma queda ou choque contra uma parede, por exemplo, que tenha causado um inchaço e consequente interrupção do fluxo sanguíneo intracraniano), provavelmente os cachorros terão de ser internados para avaliação e acompanhamento. Eles precisarão de medicamentos específicos para reverter o inchaço e também para hidratar-se.

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A recuperação pode ser feita em casa, sem necessidade de internação hospitalar, se o pet não apresentar problemas colaterais relacionados ao AVC. Se o seu cachorro tiver alta hospitalar, mas não alta médica, você deverá:

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• providenciar uma cama adequada para ele, próxima aos potes de ração e água. Um travesseiro, mesmo improvisado, precisa garantir que a cabeça não fique em posição abaixo do restante do corpo;

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• carregá-lo até o quintal ou a área de serviço para ele fazer as necessidades;

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• ministrar todos os medicamentos receitados pelo veterinário;

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• massagear o corpo do pet diariamente, com atenção especial para os braços e pernas, para estimular o movimento dos membros.

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A prevenção do AVC em cachorro

Prevenir a ocorrência de um AVC é uma tarefa importante para os tutores de cães. À medida que a idade avança, os riscos aumentam, e existem os cachorros com doenças pré-existentes, que necessitam de cuidados especiais.

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Os cães de pequeno porte são especialmente mais propensos ao AVC em função do calibre naturalmente estreito dos seus vasos sanguíneos.

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Para manter os cães saudáveis, é importante:

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• adotar uma dieta balanceada, que satisfaça todas as necessidades nutricionais dos pets, de acordo com a idade, sexo, faixa etária, etc.;

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• fugir da comida humana, que é muito gordurosa, condimentada e salgada para os cachorros;

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• fazer caminhadas diárias, de 30 minutos, sempre respeitando as características do pet;

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• levar o cachorro regularmente ao veterinário, manter a vacinação em dia e controlar as infestações por parasitas internos e externos.

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