Ceratoconjuntivite canina: conheça o problema

Pouco conhecida, a ceratoconjuntivite canina é frequente e pode ocorrer em qualquer idade.

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A ceratoconjuntivite canina é provocada pelo ressecamento e consequente inflamação da conjuntiva (membrana fina que reveste a parte exposta dos olhos) e da córnea (a bolinha escura dos olhos), em função da redução da produção das lágrimas.

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É por causa desta condição patológica que a ceratoconjuntivite canina também é conhecida como conjuntivite seca. Mesmo assim, um dos primeiros sinais do transtorno é a presença de secreção nos olhos, abundante em alguns casos.

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O problema pode se desenvolver em qualquer raça e idade, mas algumas raças são mais propensas: boxer, buldogue francês e inglês, cocker spaniel americano, pequinês, pug, samoieda, schnauzer miniatura, shih-tzu, springer spaniel, west highland white terrier e yorkshire terrier.

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Alguns estudos acadêmicos indicam que as cadelas parecem ser mais suscetíveis à ceratoconjuntivite. Isto ocorre devido a algumas questões anatômicas, como a menor quantidade de tecido secretor lacrimal, por exemplo.

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Os filhotes de cachorro raramente apresentam sinais visíveis de ceratoconjuntivite: o ressecamento do globo ocular é um processo vagaroso e não é identificado como condição neonatal. Inclusive por isso, as consultas regulares ao veterinário são a melhor maneira de prevenir e administrar o problema.

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A estrutura da lágrima

O filme lacrimal, que é totalmente renovado a cada cinco minutos, é um mecanismo natural de defesa dos olhos. Ele é constituído por três camadas diferentes:

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externa – produzida pelas glândulas tarsais e formada por gorduras, cuja função é retardar a evaporação da lágrima;

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intermediária – é a mais espessa, respondendo por mais de 90% do filme. É formada por glicose, sais inorgânicos, proteínas, polímeros e ureia. Ela atua como fonte de oxigênio para as células de toda a estrutura dos olhos;

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interna – formada por mucina, altera a superfície da córnea, que, de hidrofóbica (repele líquidos), torna-se hidrofílica, possibilitando a hidratação adequada na região.

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A ceratoconjuntivite se desenvolve quando qualquer dessas camadas sofre alguma anormalidade. As alterações na composição do filme lacrimal prejudicam o funcionamento dos olhos mais ou menos seriamente.

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As causas da ceratoconjuntivite canina

O motivo mais comum da ceratoconjuntivite canina é provavelmente a herança genética – por isso, a doença é frequente em diversas raças caninas. os animais de focinho achatado são mais especialmente suscetíveis ao transtorno.

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As causas exatas da doença ainda não estão plenamente definidas, mas a estrutura craniana curta, que determina os olhos esbugalhados, está particularmente associada ao transtorno.

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O transtorno pode ser manifestar como uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico deixa de reconhecer as glândulas lacrimais como parte do organismo e passa a atacá-las, como se fossem agentes invasores.

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A ceratoconjuntivite canina também pode ser causada por traumas severos na região dos olhos, deficiência de vitamina A, doenças autoimunes e distúrbios endócrinos. O botulismo, menos frequente, também provoca a doença ocular.

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Outra causa frequente é a indução da doença por alguns medicamentos de uso prolongado, como a fenazopiridina, ministrada em caso de inflamações urinárias, e as sulfas, antibióticos usados para debelar infecções bacterianas.

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A carência de vitamina A também é responsável pelo desenvolvimento da xeroftalmia e perda gradual da visão noturna, além de estar associada a distúrbios reprodutivos e anorexia, com a consequente perda de peso. O problema pode ser prevenido ou corrigido oferecendo regularmente gema de ovo, cenoura, manga ou mamão. Os cachorros não devem comer sementes de frutas.

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Em cães, o botulismo, identificado pela paralisia muscular flácida, é causado pela ingestão indevida de alimentos estragados, contaminados com toxina botulínica do tipo C (geralmente, a bactéria Clostridium botulinum).

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Os sintomas da cerotoconjuntivite canina

Os sinais mais comuns da ceratoconjuntivite canina são coceira, vermelhidão nos olhos (hiperemia) e secreção ocular, que pode se apresentar esverdeada ou amarelada. Ao contrário da lágrima ácida (epífora), a secreção da ceratoconjuntivite não apresenta odor desagradável.

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Os cachorros afetados costumam demonstrar a dor e o incômodo que sentem em um ou ambos os olhos (as córneas e as conjuntivas ficam irritadas). Contudo, por estes serem sintomas semelhantes aos de uma conjuntivite comum e de outros transtornos oculares, o diagnóstico pode ser tardio, o que compromete o tratamento.

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A negligência no tratamento leva à pigmentação da córnea – uma estrutura naturalmente transparente e cristalina – que passa gradualmente a apresentar manchas escuras. A córnea é a parte mais externa da estrutura ocular.

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As manchas tendem a se aglutinar e isso pode levar o cachorro à cegueira. O diagnóstico é obtido através de exame oftálmico – o teste da lágrima (teste de Schirmer) é o exame mais comum no caso de suspeitas, mas o veterinário também investiga prováveis lesões na córnea.

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Os casos agudos de ceratoconjuntivite podem produzir lesões superficiais ou profundas, chegando à perfuração da córnea em casos severos. Os episódios de neovascularização patológica, que provocam má circulação sanguínea local, são relativamente comuns.

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Estudos apontam que este transtorno ocular pode ocorrer associado à dermatite seborreica, um transtorno das glândulas sebáceas que provoca descamação e maior oleosidade da pele, prejudicando inclusive a pelagem. Quase todos os cocker spaniels, lhasa apsos e shih tzus (mais de 80%) apresentam dermatites como comorbidades da ceratoconjuntivite.

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Terapêutica

O tratamento consiste em medicamentos tópicos, para estimular a produção das lágrimas. Na maioria dos casos de ceratoconjuntivite canina, o mal é transitório, mas ele pode se tornar crônico e, nessas condições, os animais afetados precisarão pingar colírios pelo restante da vida.

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Caso seja constatada a presença de infecções bacterianas, o veterinário poderá receitar antibióticos por um período curto.

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Muito raramente, em alguns casos crônicos resistentes ao tratamento medicamentoso, os cachorros afetados precisam de uma cirurgia, para transpor o duto parotídeo e fortalecer a lubrificação dos olhos. O procedimento cirúrgico pode inclusive prevenir a cegueira.

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Há algumas décadas, o tratamento em casos autoimunes passou a incluir ciclosporina, a mesma droga utilizada em transplantados para evitar a rejeição orgânica dos novos tecidos. Acredita-se que a ciclosporina aja inibindo a proliferação de células de defesa, o que permite a regeneração das glândulas lacrimais.

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A prevenção da ceratoconjuntivite canina

Por se tratar de um transtorno quase sempre genético, não é possível prevenir totalmente a ceratoconjuntivite canina. Alguns cuidados com os olhos dos pets, no entanto, eliminam outras causas e reduzem o número de casos.

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Os cuidados com os olhos devem fazer parte da rotina dos tutores. A limpeza diária, por exemplo, não pode ser negligenciada. O ideal é acostumar os cachorros desde filhotes e envolver a atividade em brincadeiras, para facilitar a tarefa. Basta uma mecha de algodão estéril umedecida, sem necessidade de produtos específicos.

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Os cachorros de pelos longos precisam ser tosados na região da face, para impedir que alguns fios fiquem pinicando os olhos, o que pode determinar irritações no médio prazo. A tosa também reduz boa parte dos parasitas e impede o acúmulo de poeira. Uma presilha no topo da cabeça pode ser a solução para os pets com intervalos longos entre as tosas.

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Atenção: algumas raças apresentam os olhos naturalmente despigmentados e os pelos da testa são defesas naturais contra a hiperexposição à luz (é o caso do old english sheepdog, por exemplo). Nestes casos, a tosa rente não é recomendada.

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Os animais que apresentam heterocromia (olhos de cores diferentes), como os huskies siberianos, também podem desenvolver ceratoconjuntivite canina. É importante lembrar que a heterocromia é perfeitamente normal, não demandando nenhum tratamento.

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Nos passeios de carro, evite deixar o cachorro com a cabeça para fora da janela. Além dos riscos de cair do carro em movimento ou chocar-se contra algum objeto, o vento forte causa ressecamento dos olhos e danos especialmente à córnea. Vale o mesmo raciocínio para os secadores de cabelos: nunca dirija o jato de ar diretamente contra o rosto dos pets.

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