A cor do cachorro pode indicar o quanto ele vai viver

Estudo indica que, ao menos em relação aos retrievers do Labrador, a cor da pelagem afeta a longevidade.

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A pelagem dos cães afeta a maneira como eles percebem o mundo. Os diversos tipos de pelos – cor, espessura dos fios, camadas, etc. – se adaptaram a diferentes condições ambientais. Desta forma, um peludo samoieda sofre com um verão tropical, enquanto cão de crista chinês precisa de muito agasalho no frio do inverno nórdico, por exemplo. Agora, um estudo indica que a cor da pelagem está diretamente relacionada à longevidade.

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A pesquisa foi realizada na Universidade de Sydney, na Austrália, envolvendo cães da raça retriever do Labrador, cujos exemplares apresentam três tonalidades: amarelo, preto e fígado (chocolate). O estudo teve início em 2018 e continua sendo realizado, inclusive com revisões de outros institutos de pesquisa.

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A pesquisa

Os cientistas da Universidade de Sydney utilizaram informações obtidas em um banco de dados da Inglaterra, com 33 mil retrievers do Labrador. A conclusão inicial é que os cachorros com pelo fígado tendem a viver 10% a menos do que os seus colegas amarelos e pretos.

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A escolha não foi aleatória. O retriever do Labrador é o favorito dos australianos, respondendo por quase 30% dos registros oficiais de cães de raça. Estes peludos também são muito populares em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil.

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De acordo com os dados obtidos, a média de idade dos cães amarelos e pretos é de 12,1 anos, enquanto a dos cães fígado é de pouco menos de 11 anos.

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Ainda segundo os dados compilados, os retriever do Labrador fígado têm duas vezes mais chances de contrair otites (infecções nos ouvidos) e quatro vezes mais chances de desenvolver dermatite piotraumática (afecção da pele provocada ou intensificada por mordidas do próprio animal).

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Paul McGreevy, o coordenador do estudo, diz que ainda é cedo para tirar conclusões, mas os resultados iniciais obtidos provavelmente estão relacionados não aos pigmentos presentes na pelagem, mas à menor diversidade genética dos retrievers do Labrador fígado.

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A população dos animais com esta pelagem é significativamente menor do que a dos seus primos amarelos pretos. Na Inglaterra, estima-se que metade dos retrievers do Labrador sejam amarelos, 35% pretos e apenas 15% fígado.

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Desta forma, existem menos animais disponibilizados para o acasalamento, o que resulta em cruzamentos consanguíneos, ainda que não sejam premeditados. E, como o retriever do Labrador vem ganhando mais fãs nas últimas décadas, o número de indivíduos com maior propensão às otites e dermatites também está crescendo.

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Nos cruzamentos consanguíneos, alguns genes recessivos, determinantes de algumas características, acabam sendo favorecidos, por estarem presentes tanto no pai, quanto na mãe das novas ninhadas, afetando a saúde dos animais.

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O estudo reforça uma percepção já consolidada entre os veterinários sobre a saúde dos animais de estimação e domésticos: quanto maior a variação genética da ancestralidade, maior tende a ser a imunidade em relação a algumas doenças.

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Isso explica, por exemplo, o fato de certas raças caninas apresentarem maior propensão a determinadas enfermidades. Os yorkshire terriers apresentam alta incidência de doenças neurológicas, enquanto os schnauzers estão no topo da lista dos cães que vão ao tratamento médico em função de problemas renais.

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O comprometimento da longevidade dos retrievers do Labrador fígado também ajuda a explicar a maior resistência física dos cães sem raça definida, os populares vira-latas: como eles resultam de cruzamentos espontâneos variados, é muito menor a chance de que um gene recessivo tenha condições de manifestação.

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Alterações na pelagem

Todos os cães podem sofrer alterações na tonalidade da pelagem, com processos de hipo e hiperpigmentação (respectivamente, leucodermia e melanodermia, que clareiam e/ou escurecem os pelos).

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As mudanças devem ser objeto de avaliação. Os cachorros que apresentam escurecimento ou clareamento da pelagem devem ser submetidos a um exame veterinário, porque o problema pode estar relacionado a uma série de fatores.

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Os mais comuns são:

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  • alergias;
  • manchas hereditárias;
  • doenças parasitárias (a mais frequente é a sarna, mas há diversas enfermidades causadas por outras bactérias e fungos);
  • reações inflamatórias;
  • processos de cicatrização;
  • alterações hormonais;
  • uso prolongado de alguns medicamentos;
  • câncer de pele.
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Os animais de pelagem clara são mais propensos a sarcomas de pele, que também são estimulados pela exposição excessiva ao sol. Os cachorros clarinhos, especialmente de pelagem branca, devem evitar o Sol direto entre 10h e 16h e os tutores devem providenciar filtros solares para as caminhadas.

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As raças mais afetadas pelo câncer de pele são pitbull, bull terrier, boxer e dálmata (especialmente nas pelagens claras). As lesões iniciais surgem no focinho, trufa, pálpebras, orelhas, lábios e abdômen.

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Inicialmente, a pele fica avermelhada e mais fina. Um mecanismo de proteção aumenta a produção de melanina, que escurece a pele, torna-a mais espessa e reduz a elasticidade. Em seguida, surgem as primeiras lesões.

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Depois de sofrerem um trauma, os cães podem desenvolver maior pigmentação na área afetada. Ainda não se sabe o motivo dessa hiperpigmentação, mas ela quase sempre vem acompanhada por outros problemas dermatológicos.

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