Cuidar da saúde bucal dos cães é essencial para garantir seu bem-estar geral. Embora muitos acreditem que roer brinquedos ou mastigar ração seja suficiente para limpar os dentes, a verdade é que os cães também precisam de cuidados dentários regulares para evitar problemas como doenças periodontais, dor bucal, perda e danos nos dentes.
Além de causar dor e desconforto, problemas dentários podem comprometer a saúde de órgãos vitais como o coração, rins e fígado. Com visitas regulares ao veterinário e cuidados caseiros adequados, é possível preservar a saúde bucal dos cães e evitar o acúmulo de bactérias causadoras de doenças.
Desde filhotes, é importante iniciar uma rotina de cuidados dentários. A dentição decídua, ou dentes de leite, aparece por volta das 5 a 6 semanas de idade, totalizando geralmente 28 dentes. Quando o filhote atinge cerca de 6 meses, esses dentes caem para dar lugar aos 42 dentes permanentes.
Em alguns casos, dentes de leite persistem junto com os permanentes, o que pode exigir a intervenção do veterinário para extração.
Os cães possuem quatro tipos de dentes:
Incisivos e Caninos: Usados para segurar objetos, como brinquedos ou petiscos.
Pré-molares e Molares: Responsáveis por mastigar e triturar alimentos.
Gengivas saudáveis devem ser firmes e rosadas, e o hálito do cão, neutro. O acúmulo de placa e tártaro pode escurecer os dentes, prejudicando a saúde bucal.
Assim como nos humanos, os cães desenvolvem placa bacteriana — uma camada pegajosa de bactérias formada pela saliva e restos de comida. Sem a remoção adequada, a placa endurece, originando o tártaro.
O tártaro é composto por bactérias, partículas alimentares e sais minerais. Seu acúmulo pode causar inflamação gengival, infecções, abscessos, perda dentária e afetar a saúde sistêmica do animal.
Um dos primeiros sinais de doença dentária é o mau hálito. Alterações no odor da boca do cão podem indicar a necessidade de avaliação veterinária. Outros sintomas incluem gengivas inflamadas, sangramento, mastigação unilateral e recusa alimentar.
Raças pequenas, especialmente do Grupo Toy, são mais propensas a doenças periodontais devido ao apinhamento dos dentes em uma boca pequena. Isso facilita o acúmulo de placa e tártaro.
Já cães grandes, apesar de terem mais espaço entre os dentes, estão mais sujeitos a fraturas dentárias ao mastigar objetos duros como gravetos ou brinquedos rígidos.
A escovação dental é fundamental e deve ser feita com produtos específicos para cães. A pasta de dente humana contém xilitol, substância tóxica para cães, e deve ser evitada.
Dicas para escovação eficiente:
Utilize escovas de dente de cerdas macias ou escovas de dedo.
Use pastas de dente específicas para cães, com sabores agradáveis como frango ou carne.
Se seu cão resistir à escovação, alternativas incluem:
Sprays dentais
Mastigáveis dentais
Lenços de limpeza bucal
Suplementos orais
Enxaguantes bucais com clorexidina (sob orientação veterinária)
Durante consultas de rotina, o veterinário examinará dentes e gengivas do cão, buscando sinais de tártaro, inflamação e retração gengival. Para casos mais avançados, pode ser recomendada uma limpeza profissional sob anestesia.
Se forem encontrados dentes fraturados ou infectados, a extração pode ser necessária para evitar a propagação de infecções para outros órgãos.
Além disso, uma dieta equilibrada e a escolha de petiscos adequados também desempenham um papel importante na manutenção da saúde bucal.
Os cuidados dentários para cães vão muito além da estética: são essenciais para a saúde e a longevidade do animal. Com uma rotina de escovação, visitas regulares ao veterinário e atenção à alimentação, é possível prevenir uma série de problemas dentários e garantir qualidade de vida para o seu melhor amigo.
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