Derrame cerebral em cães - Causas, sintomas e tratamento

Pouco frequente, um derrame cerebral em cães exige socorro imediato dos acidentados.

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O acidente vascular cerebral ou encefálico, popularmente conhecido como derrame, também pode ocorrer com cães. Mas, apesar de ser a terceira causa mortis de brasileiros adultos, o derrame é raro entre os peludos, representando apenas 2% dos pacientes neurológicos internados em hospitais.

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Mas, se é uma doença incomum, o derrame cerebral pode ser tão lesivo em cães quanto em humanos. Com diferentes causas, o AVC acontece quando alguma coisa impede a chegada do sangue às diversas áreas do órgão. Até mesmo um traumatismo craniano, que provoque uma pressão no cérebro, pode desencadear um derrame.

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Em qualquer situação, trata-se de uma emergência veterinária grave. O derrame cerebral em cães em geral apresenta bom prognóstico, especialmente quando o socorro é rápido, mas precisa ser adequadamente tratado e constantemente prevenido.

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Tipos de derrames

Assim como entre os humanos, um derrame cerebral em cães pode ocorrer de duas formas:

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isquêmico – quando um vaso sanguíneo, por qualquer motivo, deixa de irrigar uma parte do encéfalo (formado pelo cérebro e cerebelo);

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hemorrágico – quando um vaso sanguíneo do encéfalo se rompe, impedindo a irrigação e oxigenação e derramando o sangue pelo tecido cerebral ou cerebelar. Estes acidentes vasculares são mais propriamente conhecidos como derrames.

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Um derrame isquêmico pode ser provocado pela obstrução de uma artéria determinada por um coágulo – parte coagulada do próprio sangue – ou por um trombo – uma placa gordurosa que circula pela corrente sanguínea.

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Com a falta de sangue – e a consequente carência de oxigênio e glicose – em poucos minutos, a área do encéfalo afetada sofre necrose e perde a capacidade funcional. Em um acidente hemorrágico, pode ocorrer igualmente uma isquemia no tecido afetado.

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As zonas do cérebro afetadas possuem certa capacidade de regeneração. Os cães afetados pelo derrame podem ficar com a chamada zona de penumbra (uma isquemia parcial) e recuperar, parcial ou integralmente, a funcionalidade da região. Tudo depende da gravidade do acidente e da extensão do dano.

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As causas do derrame em cachorros

Nos cães, um derrame cerebral quase sempre é causado por doenças subjacentes, que comprometem a circulação sanguínea. É raro encontrar um peludo totalmente sedentário, mesmo que os tutores dificilmente se disponham a um exercício físico.

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Uma vez que os cães são naturalmente curiosos, eles passam praticamente o tempo todo explorando, tentando identificar cheiros e ruídos, vigiando a aproximação de estranhos – mesmo que os “estranhos” sejam apenas pessoas passando em frente à casa.

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Mesmo assim, alguns cachorros já são diagnosticados com os chamados males do século entre humanos. O sedentarismo está chegando aos pets e, com ele, a obesidade, o aumento dos níveis de açúcar no sangue e dos depósitos de gordura.

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Por isso, um pet pode sofrer um derrame exclusivamente em função dos maus hábitos. Manter a boa forma física é a melhor maneira de evitar derrames e muitos outros transtornos de saúde.

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Na maioria das vezes, o AVC está associado a um problema cardíaco. As principais doenças caninas que facilitam a ocorrência de um acidente vascular encefálico são as seguintes:

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endocardite infecciosa – é uma doença causada por bactérias (raramente por fungos) que atinge o músculo cardíaco. É mais frequente entre os cães de porte médio e grande, machos e a prevalência aumenta com a idade. Os sinais da endocardite são inespecíficos, mas o desenvolvimento de um sopro é um indício que deve ser investigado;

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neoplasias – as mais frequentes são as cutâneas, seguidas pelos tumores de mama, aparelho reprodutor e cavidade oral. Cerca de 10% dos cães diagnosticados com câncer sofrem derrames cerebrais isquêmicos. Os animais braquicefálicos são os que mais apresentam tumores nas mamas e os de grande porte respondem pela maioria dos cânceres ósseos;

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dirofilariose – nesta doença, transmitida pela picada de insetos vetores, alguns vermes adultos vivem no coração e nos pulmões dos pets, causando insuficiência cardíaca e doença respiratória grave. Alguns parasitas (Dirofilaria immitis e Angiostrongyllum vasorum) migram através da corrente sanguínea e podem bloquear veias e artérias, provocando isquemias;

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plaquetopenia – é o baixo nível de plaquetas no sangue e não pode ser considerado uma doença. Gravidez, efeitos colaterais de medicamentos e mudanças súbitas de altitude. A erliquiose, conhecida como doença do carrapato, tem como sintoma a plaquetopenia e, nesse caso, torna o sangue mais espesso e propenso a desenvolver trombos ou coágulos;

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doença de von Willebrand – provoca hemorragias frequentes, causadas por alterações nas plaquetas, que não conseguem aderir locais em que ocorreram lesões. É uma doença hereditária e já foi constatada em mais de 50 raças caninas nos EUA. Em um estudo conduzido pela UNESP em Botucatu (SP), constatou-se que 1,5% dos cães da região eram portadores da doença.

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A aterosclerose (acúmulo de gorduras, cálcio e outras substâncias nas artérias) e a hipertensão arterial (aumento anormal e prolongado da pressão que o sangue faz ao circular pelas artérias) são fatores de alto risco para a ocorrência de um derrame cerebral.

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Entre os cães, hipotireoidismo, diabetes, hiperadrenocorticismo (síndrome de Cushing) e hipercolesterolemia costumam ser acompanhados pela aterosclerose. Já a hipertensão arterial tem como coadjuvantes principais a doença renal crônica e o hiperadrenocorticismo.

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Os sintomas do derrame cerebral em cães

Um derrame cerebral se apresenta de forma aguda. Os sinais são imediatos ou desenvolvem-se com muita rapidez. Os déficits neurológicos, quase sempre localizados, são os sintomas mais frequentes. Os cães afetados podem apresentar:

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• convulsões;

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• desmaios;

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• movimentos involuntários da cabeça e/ou dos olhos;

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• hemiparesia (paralisia parcial de um lado do corpo) ou tetraplegia (paralisia dos quatro membros);

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• déficit de reação postural (desequilíbrios, dificuldade para se manter em pé ou sustentar a cabeça, instabilidade, etc.);

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• déficit dos nervos cranianos (dificuldades olfativas e visuais, com comprometimentos motores);

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• nistagmo – os olhos se movimentam rápida e desnecessariamente, sem focar nenhum objeto específico. Isto deixa o animal ainda mais confuso e ansioso;

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• disfunção vestibular (labirintite, náuseas, vômitos, perda de audição, zumbidos, etc.);

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• febre alta não associada a um quadro infeccioso ou inflamatório.

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Nos casos de acidentes vasculares hemorrágicos, os cães podem demorar um pouco para exibir os sintomas, que se tornam gradualmente patentes. Os AVC isquêmicos costumam afetar o organismo de maneira mais imediata.

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O diagnóstico do derrame em cães

Os tutores, ao se deparar com um ou mais sintomas que o pet nunca apresentou, precisam colocar o cão em um local tranquilo e confortável. Assim, caso ele caia, se debata ou sofra uma convulsão, os riscos de se machucar serão menores. É importante lembrar que o animal estará desorientado e confuso: a ajuda precisa ser eficiente e rápida, para não comprometer ainda mais o quadro.

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O socorro veterinário deve ser procurado o quanto antes. Os profissionais geralmente fazem um rápido exame clínico e encaminham os cães para exames de imagem – tomografias computadorizadas ou ressonâncias magnéticas – estes exames geralmente são realizados com anestesia geral.

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Nos casos de derrame isquêmico, as imagens do cérebro mostram áreas de cavitação (destruição do tecido, que se mostra com afundamentos). Normalmente, essas áreas são isoladas e bem definidas.

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As imagens de derrames hemorrágicos mostram lesões focais rodeadas por hemorragias resultantes do rompimento de pequenos vasos. O tecido em torno da lesão aparece comprimido, o que pode culminar em uma isquemia.

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Para orientar as ações, o veterinário pode solicitar alguns exames complementares:

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  • contagem de células sanguíneas (hemácias, glóbulos brancos e plaquetas);
  • análise completa da urina;
  • medição da pressão sistólica;
  • eletrocardiograma.
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Em alguns casos, os profissionais avaliam as funções da tireoide e das glândulas suprarrenais; em caso de suspeita de choque séptico, realiza-se uma cultura de sangue. Radiografias e outros exames de imagens podem identificar possíveis neoplasias ou infecções respiratórias.

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O tratamento para derrame cerebral em cães

Não existe uma terapia específica para o tratamento de derrame cerebral em cães. O veterinário avaliará as condições gerais e investigará sobre possíveis doenças que contribuíram para o quadro.

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De acordo com a extensão dos danos neurológicos e de algumas sequelas decorrentes, mesmo que o AVC não esteja associado a outras doenças, os cães afetados por derrames cerebrais precisarão ser internados em hospitais veterinários. O prazo de internação varia de 15 a 20 dias.

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Alguns animais se recuperam totalmente logo nos primeiros dias de tratamento. Boa parte, no entanto, precisa de fisioterapia para recuperar plenamente os movimentos, reaprender a engolir e a respirar, etc.

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Mas, se o AVC não estiver associado a uma doença terminal ou degenerativa, nem a um condicionamento físico ruim, os cães afetados em geral se recuperam e ainda conseguem viver vários anos com qualidade.

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A prevenção de possíveis derrames cerebrais é feita de forma simples, com alimentação adequada (de qualidade e na quantia certa), controle do peso, exercícios físicos diários (na intensidade indicada para o porte, idade e condições físicas) e consultas e exames de rotina com o veterinário.

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A partir dos cinco anos de vida, é natural que os veterinários sejam mais detalhistas na avaliação da saúde dos pets. O organismo canino, assim como o nosso, sofre desgastes naturais e existem muitas doenças silenciosas.

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Vale lembrar que algumas raças caninas são naturalmente predispostas a problemas cardíacos e respiratórios. Alguns cães, como buldogues, lhasa apsos e shih tzus, apresentam “fôlego curto” e cansam-se com mais facilidade.

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Da mesma forma, não se pode esperar que um cão idoso, com sete anos de idade ou mais, tenha o “pique” de um filhote, ou mesmo de um adulto saudável. Os exercícios físicos são fundamentais, mas é preciso acertar a dose, sem prejudicar a capacidade cardiorrespiratória e sempre respeitando as características individuais de cada pet.

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