8 dicas de conforto e segurança para os cachorros no verão

“Vem chegando o verão, muito amor no coração”. Os versos de Renato Rocket cantados por Marina Lima traduzem a disposição dos brasileiros em relação ao período mais quente do ano, que convida para atividades ao ar livre. Os cachorros também podem aproveitar, mas é preciso observar algumas dicas para garantir o conforto e principalmente a segurança.

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É preciso evitar a insolação e a desidratação, dois grandes riscos da exposição ao sol forte – que, na verdade, está presente durante praticamente o ano inteiro no Brasil. As dicas a seguir, portanto, são sempre úteis, mas o próximo verão promete ser ainda mais quente.

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Uma onda de calor, apelidada pelo colunista José Simão de “frente frita”, elevou as temperaturas para níveis recordes e mostrou o que está reservado para nós e nossos cachorros nos próximos meses.

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01. Ofereça muita água

A forma mais simples e eficiente de hidratação é a ingestão de água. Alguns cachorros resistem a beber líquidos, mas eles podem ser incentivados com alguns truques. Coloque várias tigelas nos ambientes em que os peludos circulam, para que o apelo visual estimule a sede.

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A água deve ser trocada várias vezes por dia, para estar sempre fresca. Alguns cachorros gostam de beber diretamente da torneira e os tutores podem deixá-la aberta por alguns minutos (sem desperdício: a água é um recurso renovável, mas precisa de tempo para ser renovada).

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Oferecer picolés pode ser a solução para os peludos mais resistentes. Basta congelar pedaços de frutas, legumes ou até mesmo alguns petiscos. A curiosidade fará os cachorros lamberem o gelo até encontrarem o “segredo escondido”. Se eles comerem os vegetais, ainda ganham alguns nutrientes de bônus.

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02. Evite a agitação nos horários mais quentes do dia

Escolha o comecinho da manhã ou o final da tarde para os passeios e brincadeiras. Entre 10h e 16h, a incidência de raios ultravioleta é mais acentuada e isto aumenta os riscos de desidratação, insolação e queimaduras de pele.

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O uso de protetores e bloqueadores solares é importante durante os passeios. São produtos específicos para cães (não use itens formulados para humanos). A aplicação é fundamental para filhotes, idosos, animais de pelagem curta e clara e portadores de doenças respiratórias crônicas.

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Cuidados especiais devem ser tomados com os cachorros braquicefálicos (de focinho achatado). Algumas destas raças são bastante populares no Brasil, como pug, lhasa apso e shih tzu. Completam a lista: o pequinês, o buldogue francês, o buldogue inglês, o boxer, o boston terrier, o dogue de Bordéus, o cavalier king charles spaniel e o maltês.

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Antes das caminhadas diárias, verifique a temperatura do piso. Procure estabelecer roteiros alternando áreas se sol e sombra e, se as calçadas estiverem muito quentes, não é o momento para passear. Os cães podem sofrer queimaduras nos coxins plantares. Além de dolorosas, elas facilitam o desenvolvimento de infecções, que podem comprometer a saúde e o bem-estar.

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As brincadeiras mais intensas também devem ser evitadas nos horários mais quentes, lembrando que, para os cães de pequeno porte (mesmo os adultos saudáveis), subir um lance de escadas deve ser considerado um “exercício intenso”.

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Se o seu cachorro é muito calorento, você pode adquirir um tapete gelado. Um sinal de que ele está muito aquecido é o hábito de deitar-se com as patas traseiras esticadas para trás, apoiando o abdômen no chão. Na falta do tapete gelado, deixe o peludo circular pelos ambientes com pisos frios.

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03. Aproveite as brincadeiras aquáticas

Algumas raças caninas foram desenvolvidas para o nado e o mergulho: é o caso do poodle, retriever do labrador, golden retriever, terra nova e ouras menos conhecidas no Brasil, como Chesapeake bay, lagotto romagnolo e os cães d’água (espanhol, português, americano e irlandês).

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Todos eles (inclusive os mestiços) adoram brincar na água e as atividades são excelentes nos dias de calor intenso. Quem tem uma piscina disponível pode reservar alguns horários para o refresco dos peludos.

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Mas as brincadeiras não são exclusivas dos cachorros que têm uma piscina, um lado ou um riacho nas proximidades. Os tutores podem brincar com mangueiras e borrifadores. As atividades podem acontecer no quintal, no terraço ou na área de serviço de um pequeno apartamento.

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Além de hidratar a pele e a pelagem, as brincadeiras aquáticas reduzem a temperatura corporal (lembrando que os cães são mais quentes do que os humanos, com a temperatura variando de 37,5°C e 39,5°C).

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04. Dê os alimentos certos

A ração com que o cachorro já está adaptado não deve ser alterada por causa do calor, mas os tutores podem sofisticar as refeições. Os grãos da ração seca podem ser umedecidos com caldo de carne ou legumes (sem sal nem óleo vegetal), com ração úmida ou até mesmo com água.

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Nos dias muito quentes, a ração seca pode ser substituída por um similar úmido, preferencialmente da mesma marca ou formulação. Se a intenção for trocar totalmente a dieta, vale a regra dos 10%: a cada dia, apenas dez por cento devem ser substituídos, até a alteração completa. Isto evita transtornos gastrointestinais.

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Os peludos também podem ser estimulados a ingerir frutas e legumes, como cenoura, manga, banana, melancia, melão, etc. As escolhas são feitas com o método da tentativa e erro: quando o tutor estiver comendo um vegetal, pode oferecer um pedaço para o cachorro e observar a reação.

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Lembre-se: os cachorros não podem receber nenhum tipo de uva (in natura ou passa). As frutas devem ser oferecidas sem sementes (inclusive maçãs e peras). A polpa congelada pode ser oferecida como um lanche extra, mas é preciso descontar do total diário de alimentos.

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05. Aproveite a época para tosar os cachorros

A tosa é um procedimento higiênico muito bem-vindo nos dias quentes. Alguns cachorros têm a sorte de ter a pelagem curta, mas, como a maioria das raças caninas foi desenvolvida nos EUA e Europa, o “excesso de cobertura” eleva a temperatura corporal, provoca desconforto e pode ter consequências ainda mais graves.

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A tosa no verão proporciona um alívio considerável para os cachorros. É importante lembrar, por outro lado, que quanto mais a pele estiver exposta ao sol, maiores devem ser os cuidados com filtros solares e hidratantes.

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É preciso ficar atento, porque os cães de algumas raças podem desenvolver a chamada alopecia pós-tosa: a perda localizada ou generalizada da pelagem, que pode inclusive ser permanente favorecendo as dermatites. É o caso do spitz alemão (inclusive o lulu da Pomerânia, que é a variedade miniatura da raça), samoieda, husky siberiano, akita e border collie.

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Além da alopecia, os cães destas raças podem apresentar crescimento irregular dos pelos ou espessamento dos fios. Qualquer cachorro, porém, pode apresentar reações alérgicas depois da tosa e, por isso, os tutores devem observar a competência dos profissionais envolvidos.

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No verão, o ideal é optar pela tosa higiênica, que apara apenas as pontas dos pelos. Vale lembrar que, se os peludos participam de competições oficiais, os cortes são específicos de acordo com a raça.

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06. Nunca deixe o cachorro em locais abafados

Todos os tutores responsáveis conhecem os riscos de deixar os cachorros em locais abafados, com pouca ou nenhuma circulação de ar. O exemplo clássico é deixar um peludo preso no carro, mesmo que seja “apenas por alguns instantes”.

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Ao contrário dos seres humanos, os cachorros possuem muito poucas glândulas sudoríparas, que se concentram principalmente nas patas, entre os dedos. Sem produzir suor, eles regulam a temperatura corporal através da salivação – é por isso que muitos cães são conhecidos como babões.

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A técnica, no entanto, é insuficiente. Em um carro fechado, os primeiros transtornos afetam o sistema respiratório. Isto compromete a circulação e, em questão de minutos, outros órgãos passam a manifestar insuficiência. Com a elevação da temperatura, os rins e o fígado sofrem alterações profundas e há muitos casos documentados de morte.

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Mas, mesmo em outros locais abafados, os cachorros sofrem bastante. Os tutores não devem usar acessórios que prejudiquem a movimentação e, se possível, manter janelas e portas abertas, para permitir a circulação do ar.

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07. Mantenha a vacinação e vermifugação em dia

Passando períodos maiores ao ar livre, os cães ficam naturalmente mais expostos e podem contrair infecções facilmente evitáveis como a vacinação. Os filhotes, especialmente, precisam ser protegidos de doenças como parvovirose e cinomose, mas em qualquer idade é preciso manter a imunização em dia.

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Nos locais em que ocorrem enchentes, os casos de leptospirose aumentam sensivelmente (e a doença, vale lembrar, é prevenível com as vacinas múltiplas). Mesmo que o cachorro não atravesse áreas alagadas, o risco dos vírus responsáveis pela doença é muito maior.

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A dirofilariose, popularmente conhecida como “verme do coração”, é uma doença transmissível através de picadas de mosquitos contaminados com o Dirofilaria immitis. Por muitos anos, a doença se manteve restrita ao sul e leste dos EUA, mas a distribuição atual atinge todos os continentes. No Brasil, a doença é considerada cosmopolita, com maior prevalência no Maranhão, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Alagoas.

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08. Redobre os cuidados com parasitas

A maior circulação dos cães nas ruas durante o verão facilita a infestação tanto por parasitas internos (cujos ovos e larvas estão presentes nas fezes), quanto externos: é muito fácil voltar para casa, depois do passeio, com pulgas e carrapatos.

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Para atenuar as infestações, mantenha a vermifugação em dia: os filhotes devem receber três ou quatro doses, com intervalos de 15 dias entre elas, a partir dos 30 dias de vida. A partir de então, novas doses precisam ser aplicadas a cada três meses (o intervalo pode ser menor, de acordo com as atividades externas dos cachorros. Procure a orientação do veterinário).

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Antes dos passeios, aplique repelentes e bloqueadores solares na pelagem. Eles reduzem as eventuais infestações. Existem produtos em aerossol, que facilitam bastante a aplicação. No retorno para casa, é importante inspecionar a pelagem, para eliminar alguns visitantes inoportunos.

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Sinais de perigo

Ao notar que o cachorro está muito ofegante, os tutores precisam tomar alguns cuidados. Os peludos baixam a temperatura corporal através da salivação. Por isso, passam boa parte do tempo babando e com a boca aberta. Conhecendo o animal, é possível saber quando a salivação é excessiva.

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Um quadro de insolação pode evoluir rapidamente. Os cachorros afetados apresentam febre (temperatura acima de 41°C), descoordenação motora, confusão mental e, sem socorro rápido, podem sofrer insuficiências e falências.

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Nos casos de desidratação, os tutores podem fazer um teste na pele, puxando-a para trás (na direção do rabo). Se, ao soltá-la, a pele demorar para voltar ao normal, é sinal de que o cachorro não está hidratado.

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Os peludos também podem apresentar outros sintomas, como olhos turvos, gengivas secas, apatia, letargia e, em casos extremos, vertigens e desmaios. O tratamento depende do grau da desidratação: em casa, uma boa dica é oferecer água de coco, que pode ser injetada diretamente na boca com a ajuda de uma seringa.

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Quando os sintomas se mostram agravados, é preciso levar o peludo para o veterinário. Pode ser necessária a fluidoterapia (injeção de líquidos com sais minerais e vitaminas diretamente na corrente sanguínea), o que, em alguns casos, pode exigir sedação.

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O ideal é manter os cachorros frescos e descansados no verão. Nada de esforços excessivos, muitos líquidos, eliminação de parasitas, sombra e água fresca.

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