Nem sempre é fácil acostumar o cachorro ao passeio diário. Alguns são bagunceiros demais, outros ficam amedrontados logo que percebem a preparação para a caminhada. Felizmente, algumas dicas simples podem ajudar os tutores a tornar o momento a dois mais prazeroso e divertido.
O passeio do cachorro é uma das tarefas diárias e inadiáveis do tutor. A atividade é importante não apenas para garantir os exercícios físicos necessários para o desenvolvimento e a boa saúde, mas também para tornar o peludo mais sociável, tanto com humanos, como com outros pets. Além disso, a caminhada fortalece os vínculos da família.
De qualquer forma, não é nada agradável passear com um cachorro que passa o tempo todo puxando a guia, muito menos com um peludo que tenta se esconder de tudo e de todos, apavorado com o movimento e o barulho.
Outros adoram a atividade, mas acabam se mostrando “extrovertidos demais” durante a caminhada. Eles querem “conversar” com todos que encontram pelo caminho, mesmo os que sentem medo ou apenas não gostam de pets.
Alguns cachorros dominantes e agressivos fazem questão de demonstrar quem é o “rei do pedaço”, avançando e arreganhando os dentes para todos os transeuntes. Mas não é necessário deixar que o passeio diário se torne um momento de tortura.
A primeira dica para facilitar a tarefa é justamente avaliar o comportamento do cachorro. Alguns são muito tímidos, outros são agressivos, mas tudo isso pode ser atenuado. Uma vez identificado o tipo de personalidade, é possível usar alguns truques simples para tornar a caminhada um dos momentos mais especiais do dia.
Antes de dar início aos passeios, o cachorro precisa aprender alguns comandos básicos. Em geral, os filhotes não podem sair para a rua antes de completar o esquema vacinal inicial, com todas as doses da antirrábica e da polivalente.
Em geral, a imunização está garantida por volta dos três meses de vida (os cães pequenos precisam tomar mais doses e o prazo de vacinação fica um pouco ampliado). Para todos, grandões e nanicos, é necessário não negligenciar os reforços anuais.
De qualquer maneira, enquanto esperam a autorização para passear fora de casa, os cachorros podem aproveitar para aprender os comandos básicos. “Sim” e “não” são os primeiros da lista, ensinados para que os peludos assimilem as regras da casa, mas outras ordens são importantes:
Enquanto o tutor e o cachorro esperam que as vacinas se tornem efetivas, é possível ensinar os peludos a se comportar com a coleira. O acessório deve ser apresentado pelo tutor e “avaliado” pelo cachorro.
É importante permitir que o cão, mesmo quando adotado já adulto, analise o novo acessório. Ele deve cheirá-lo, sentir a textura, conectar a coleira e a guia com o momento do passeio. Envolver o aprendizado com brincadeiras permite a associação entre o passeio e uma atividade agradável com o melhor amigo.
Até que o veterinário autorize as caminhadas, o cachorro pode ser vestido com a coleira (e, em alguns casos, também com a focinheira). No horário disponibilizado para os passeios, o tutor deve usar o acessório para adaptar o cachorro.
Este é um dos aprendizados mais rápidos. O cachorro passa a associar a coleira com o momento da brincadeira – alguns chegam a buscar o acessório no momento do passeio e até o oferecem quando percebem que o tutor está triste ou desanimado. Afinal, se a caminhada é divertida para ele, deve melhorar o estado de espírito dos humanos prediletos.
Um pouco mais difícil e neutralizar maus hábitos. Se o cachorro está acostumado a liderar o passeio e a fazer tudo que quer – seguir rastros, identificar amigos e inimigos, afastar invasores –, é preciso convencê-lo: ele está ali para se divertir, mas o comando é do tutor.
Reeducar o peludo não é uma missão impossível. Basta relembrar os comandos básicos: “sim”, “não”, “fica”, “senta”, “junto” e fazê-lo evocar as experiências positivas, com os prêmios e agrados obtidos com a obediência. Mesmo assim, no caso dos pets muito teimosos, talvez seja necessário recorrer a um profissional de adestramento.
O ideal, em famílias numerosas, é que todos os membros que forem passear com o cachorro participem deste treinamento. Os cachorros são capazes de modular os movimentos e a marcha de acordo com o condutor. Desta forma, eles serão mais lentos com crianças e idosos, mais gentis com os parentes sedentários e verdadeiros atletas com os tutores que se dispõem a correr, saltar, vencer obstáculos, etc.
A guia é igualmente importante. Alguns cachorros, quando saem para passear, querem dirigir a atividade. Eles passam a puxar a guia, decidindo os trajetos e o ritmo da caminhada. Em geral, isto está relacionado a características de dominância e territorialidade.
No caso dos cães de grande porte, a tarefa deve ficar a cargo do membro da família capaz de controlar os movimentos dos peludos. Um husky siberiano que queira explorar o voo de uma borboleta, por exemplo, pode arrastar uma criança ou um idoso por um quarteirão.
A guia curta, aliás, é obrigatória por lei, em diversas cidades brasileiras, na condução de cães considerados perigosos, como pitbull, mastim napolitano, rottweiler, buldogue americano e outras raças. A focinheira também precisa ser usada em ambientes públicos.
A parte mais agradável do passeio, no entanto, é conduzir o cachorro com a guia solta, tendo a certeza de que ele não irá procurar escapar, nem forçar movimentos e correrias. Desde que ele tenha sido adestrado desde filhote com os comandos básicos e regras da casa, o comportamento é sempre tranquilo e focado, porque o cachorro é dotado de equilíbrio emocional.
Quando o cachorro observa o tutor, depois de ter a atenção atraída para uma atividade qualquer, ele passa a se comportar de forma parecida com a do humano encarregado do passeio. Alguns tutores chegam a afirmar que, com o tempo, os peludos ficam mais e mais parecidos fisionomicamente com os cachorros.
Certamente, isto tem uma boa dose de exagero, mas o comportamento é moldado de acordo com as características do tutor. Ele será mais ágil e veloz com um amigo disposto aos exercícios físicos, da mesma maneira que compreende o tom de voz usado quando nos dirigimos a eles.
No caso de tutores que falam alto e gesticulam bastante, os cachorros passam a exibir condutas semelhantes: eles se mostram mais barulhentos e festeiros. Para humanos tranquilos ou tímidos, os cachorros aprendem a revelar uma conduta gentil e delicada, por exemplo.
Todo tutor quer acertar na criação dos cachorros e sempre proporcionar momentos prazerosos e divertidos para eles, mas muitas vezes cometemos erros acreditando estar fazendo o mais adequado para os peludos. É preciso tomar cuidado em algumas situações:
Na verdade, estes são alguns lembretes que tornam o passeio com o cachorro mais tranquilo, seguro e agradável para o pet, a família humana e também os transeuntes – cães e humanos – que circulam no mesmo caminho:
As dicas aqui apresentadas facilitam a educação geral do cachorro e modelam o seu temperamento. O ditado que diz: “burro velho não pega marcha” é totalmente inverídico quando de trata dos nossos melhores amigos.
Qualquer cachorro é capaz de aprender em qualquer idade. Os filhotes são verdadeiras páginas em branco, prontos para reproduzir os truques e dicas ensinados, mas são também curiosos em excesso, às vezes são atrevidos e quase sempre se metem em encrencas, dificultando um pouco o aprendizado.
Cachorros adotados já adultos provavelmente aprenderam as regras básicas de convivência, seja com outro tutor, seja sofrendo os maus tratos inerentes ao abandono. Eles demoram mais para desenvolver a confiança nos novos humanos de casa, mas conhece muitas atitudes que se espera deles.
Adotar um cão filhote ou adulto é comprometer-se – não apenas com o adestramento, mas com alimentação, saúde, segurança e lazer. Com as dicas aqui apresentadas, os passeios podem se tornar grandes momentos para a dupla: tutor e cachorro. Eles se tornam mais gentis, elegantes, divertidos e muito companheiros. Às vezes, é preciso investir um pouco mais de tempo e paciência, mas o resultado é sempre positivo.
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