Nós queremos o melhor para nossos pets. Veja o que fazer para seu cachorro ter uma vida longa e feliz.
Os cachorros vivem muito menos do que os humanos e, se dependesse apenas dos tutores, nós faríamos o que fosse necessário para prolongar ao máximo a convivência com os nossos peludos. Ter uma vida longa e feliz é tudo o que nós queremos.
Infelizmente, esta é uma amizade que dura pouco tempo. Mas, se o convívio é breve – os cachorros mais longevos atingem 20 anos de idade, enquanto nós ultrapassamos os 80 com facilidade –, é possível garantir uma vida feliz e saudável.
Antes de adotar um cachorro, os tutores devem reunir o máximo possível de informações. Cães de raça costumam exibir comportamentos, capacidades e deficiências semelhantes; os sem raça (SRD) definida provavelmente serão parecidos física e emocionalmente com os pais.
O mais importante é a qualidade e, obedecendo as dicas a seguir, é quase certo que os cachorros estarão felizes ao nosso lado, para o que der e viver, por muitos anos.
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No momento da adoção, lembre-se de que os cães SRD, os populares vira-latas, quase sempre apresentam condições de saúde física melhores do que os animais de raça – o desenvolvimento de algumas características levou à tendência de desenvolver doenças, como problemas osteomusculares nos cães de grande porte ou insuficiência respiratória nos pets de focinho achatado.
Os tutores podem optar por diversas marcas de ração, que estão disponíveis bem perto de casa e também nas pet shops virtuais, que entregam as nossas compras em praticamente todo o território do Brasil.
É importante escolher produtos de qualidade, geralmente classificados como “premium” ou “super premium”, que satisfaçam todas as necessidades nutricionais dos cachorros, de acordo com a etapa da vida, o porte, o sexo e as condições gerais de saúde.
Estas rações são mais caras, mas garantem que os pets não sofrerão carências na alimentação. Igualmente importante é verificar a quantidade diária a ser oferecida, para evitar problemas com a balança: tanto a magreza extrema como o sobrepeso prejudicam a saúde e a qualidade de vida.
Outra possibilidade é fazer a comida dos cachorros em casa. Vale a pena, mas dá muito mais trabalho e é preciso obter orientação profissional para garantir que os pets recebam as quantidades necessárias de proteínas, gorduras, açúcares, vitaminas e sais minerais.
A alimentação pode e deve ser suplementada com petiscos. Verifique a procedência dos fabricantes e certifique-se de que a matéria-prima são seja prejudicial à saúde. Os petiscos são úteis no adestramento e também são um agrado extra para os pets.
Não se esqueça de deixar água fresca sempre disponível. Um cão de 5 kg bebe cerca de 400 ml de água por dia, mas ele pode precisar de mais, caso seja acostumado a comer apenas ração seca. A falta de água leva à insuficiência renal e a diversos problemas dos rins e da bexiga.
Os cachorros são seres sencientes, isto é, são capazes de sentir. Em outras palavras, eles percebem conscientemente o mundo que os rodeia e tudo o que acontece, seja rotineiro, seja inédito. Para manter esta atividade, é necessário estimular o cérebro.
Mais precisamente, é necessário estimular as ligações neurais. O cotidiano previsível é saudável para os pets – eles se tornam mais equilibrados quando as coisas acontecem dentro do esperado –, mas isto não significa que eles não gostem de surpresas.
Mudar o itinerário dos passeios, propor brincadeiras diferentes, levar os cachorros para locais desconhecidos, apresentá-los a pessoas diferentes, tudo isso faz que os neurônios do sistema nervoso estabeleçam novas conexões. Isto previne demências e outras doenças comuns na velhice.
Mesmo quando estão sozinhos, os cachorros podem ser estimulados. Existem alguns brinquedos em que os pets precisam descobrir como abrir determinado recipiente – uma bolinha, por exemplo – para ter acesso a uma porção extra de ração ou aos petiscos preferidos.
Estes brinquedos são baratos e fáceis de encontrar, mas também podem ser improvisados com uma garrafa pet que os cachorros tenham de abrir para conquistar o prêmio desejado. O simples ato de esconder brinquedos debaixo de almofadas já desafia a capacidade cognitiva dos pets.
Todos os cachorros precisam passear todos os dias. A exceção são alguns animais idosos e os pets que estejam se recuperando de uma doença ou trauma, de acordo com as recomendações do veterinário. Fora isso, a caminhada diária é imprescindível.
Os passeios garantem o desenvolvimento físico adequado dos filhotes, condicionam os adultos e idosos, fortalecem ossos, articulações, tendões e músculos, evitam (ou corrigem) o sobrepeso e a obesidade.
Mas não é só isso. Os cachorros são animais predadores e, na natureza, eles passavam boa parte do tempo rastreando, perseguindo e caçando o alimento diário. Caminhar, correr e saltar são atitudes instintivas da espécie.
Além disso, os passeios tornam os pets mais equilibrados e sociáveis. Eles entram em contato direto com outros animais, estabelecem relações diferentes, aprendem a transitar com cuidado entre carros e motos, têm a agressividade natural reduzida justamente por estarem em contato com outros seres.
Outro aspecto importante é que os passeios fortalecem os vínculos afetivos entre cachorros e tutores. Os pets aguardam ansiosos o momento especial do dia de partilhar as calçadas, ruas e parques com os “seus humanos”.
O ritmo e a duração dos passeios são determinados pelas condições físicas e psicológicas dos cachorros. Os filhotes não têm tanta resistência e a rua oferece muitas “novidades”, que precisam ser processadas.
Os idosos podem apresentar problemas e dificuldades de locomoção. Por isso, as caminhadas precisam ser vagarosas, com paradas no trajeto para recuperar o fôlego, hidratar-se, descansar o corpo. Mas, há menos que haja transtornos graves, os passeios não devem ser cancelados apenas em função da doença.
Os cães de algumas raças, como o lhasa apso, o shih tzu e o pug, podem apresentar problemas respiratórios e cardíacos, que contraindicam os passeios longos, rápidos e com atividade física intensa. Nestes casos, basta adaptar o ritmo e, se necessário, carregá-los de volta para casa no colo.
Em certos dias chuvosos e frios, os tutores podem tentar fugir à responsabilidade, mas é preciso enfrentar as dificuldades. Cachorros dão trabalho, mas compensam qualquer esforço com amizade, lealdade e fidelidade.
Nunca deixe o seu cachorro sair sozinho para a rua. Ele pode sofrer acidentes, intoxicar-se, envolver-se em brigas com outros cachorros e mesmo ser adotado por outra família. Além disso, ele poderá voltar para casa com parasitas e até doenças graves.
Não existe uma idade ideal para o adestramento. Os filhotes (e também os cachorros adotados adultos) precisam no treinamento dos comandos básicos, para aprenderem a obedecer aos tutores e garantir uma convivência mais harmoniosa.
Mas todos os cachorros conseguem aprender truques novos. Eles se adaptam às condições e circunstâncias e são capazes de descobrir coisas novos ou maneiras diferentes de fazer alguma coisa a que já estão acostumados.
Os truques novos são igualmente úteis para manter a mente e o raciocínio em dia. Os desafios instigam os cachorros e eles sempre tentam encontrar formas para superá-los. O importante é continuar estimulando e recompensando os esforços – com prêmios físicos, carinho, palavras de incentivo, etc.
Algumas raças, como afghan hound, basenji, buldogue inglês, chow-chow e borzói, são consideradas pouco inteligentes. Os rankings organizados, no entanto, quase sempre usam referenciais de aprendizado de acordo com as expectativas humanas.
Certos cachorros são mais independentes e não se interessam muito em “dar a pata”, “fingir-se de morto” ou “entregar a bolinha”. É importante conhecer a personalidade dos pets e não exigir o que eles não estão dispostos a oferecer.
Ao contrário dos humanos, os cachorros não precisam exercer a sexualidade para manter o equilíbrio físico e emocional. Nós desenvolvemos, além da necessidade natural, uma necessidade cultural de que os nossos peludos nem sequer suspeitam.
O sexo, para os cachorros, resume-se à resposta orgânica aos estímulos despertados pelos feromônios – substâncias que as cadelas exalam quando estão no cio. Na ausência dos estímulos, não existe desejo sexual.
Por isso, se você não pretende dar início a uma criação de cachorros, castre o seu pet o quanto antes. A castração previne uma série de doenças (especialmente nas fêmeas, mas também nos machos), evita brigas e disputas e – o mais importante – impede o nascimento de ninhadas indesejadas.
Os cachorros castrados costumam apresentar comportamento mais dócil, uma vez que a produção dos hormônios sexuais (que também determinam as condutas de dominação e subordinação) é inibida ou reduzida. Alguns pets podem ganhar peso, mas isto pode ser controlado com a troca da ração ou com a redução da oferta.
Evidentemente, uma vida longa e feliz só é possível se a saúde for preservada. É importante que os cachorros, a partir do momento em que passam a conviver conosco, sejam levados ao veterinário regularmente, tomem as vacinas e vermífugos nas doses recomendadas e, quando necessário, submetam-se aos tratamentos médicos.
Seja como for, não abuse dos vermífugos. Eles ajudam a manter os parasitas internos longe dos pets, mas, em excesso, podem causar danos ao fígado e aos rins. Lembre-se de que medicamentos são drogas, requerem receita do veterinário e a dosagem deve ser estritamente obedecida.
O ideal é que os cachorros filhotes visitem o veterinário pelo menos mensalmente. A partir dos seis meses, as consultas médicas podem ser mais espaçadas, sempre de acordo com as recomendações do especialista.
Os tutores precisam estabelecer horários para escovar a pelagem dos pets. A prática elimina pelos mortos, sujeira, eventuais parasitas (como piolhos e pulgas), além de evitar nós que podem inclusive acumular umidade e se tornar focos de doenças.
Os banhos precisam ser regulares, preferencialmente com água morna. Os intervalos entre eles podem variar entre duas e quatro semanas, sendo mais espaçados nos meses frios. Para os cães de algumas raças, a tosa é fundamental – e não apenas por questões estéticas.
Os dentes devem ser escovados diariamente ou, pelo menos, três vezes por semana. A escovação impede o mau hálito e a formação da placa bacteriana, evita gengivites e cáries, que podem inclusive levar à perda de dentes. Transforme a “hora da escova e pasta” em uma brincadeira e sempre recompense o bom comportamento do pet.
Examine o seu cachorro regularmente. O tutor é a pessoa mais indicada para verificar alterações no comportamento e na aparência dos peludos. Verifique os dentes, as patas, o pelo, as eventuais recusas a brincadeiras e jogos. Os olhos e o focinho também podem ajudar a identificar eventuais doenças e deficiências orgânicas.
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