Erliquiose canina - causas, sintomas e tratamento

Mais conhecida como doença do carrapato, a erliquiose canina é muito comum. Confira.

Erliquiose monocítica canina, pancitopenia tropical canina, doença do carrapato. Estes são os nomes da mesma doença, causada pela bactéria Erlichia canis, que é transmitida principalmente por carrapatos.

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Apesar de já ter sido registrada em humanos e gatos, a enfermidade ocorre principalmente entre cães e outros animais da família dos canídeos, como raposas, lobos, hienas, etc. O principal vetor (agente etiológico) é o Riphicephalus sanguineus, popularmente conhecido como carrapato-vermelho, carrapato-marrom e carrapato-dos-canis.

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Parte dos tutores não dá importância quando os cachorros estão infestados por parasitas, como pulgas, piolhos e carrapatos. É preciso mudar esta mentalidade, porque os insetos sugadores de sangue, além de causarem muito desconforto, também transmitem doenças sérias, que prejudicam a qualidade de vida e podem comprometer a saúde dos pets.

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Os comprometimentos

A doença se caracteriza basicamente pela redução (drástica, em alguns casos) das células do sangue. A erliquiose canina prejudica a circulação de oxigênio e de nutrientes, a capacidade de resposta do sistema imunológico e igualmente afeta os processos de cicatrização.

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Na corrente sanguínea, a E. canis se reproduz, gerando novos micro-organismos, e invade um número cada vez maior de células de defesa – esta é a estratégia inicial. A bactéria se espalha tanto no sangue, quanto nos linfonodos e na medula óssea.

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As hemácias (glóbulos vermelhos) e as plaquetas são afetadas à medida que a proliferação das bactérias aumenta. A redução destas células prejudica o transporte de oxigênio e a capacidade de regeneração dos tecidos.

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Em pouco tempo, o cachorro afetado desenvolve anemia, com a debilitação característica. Ele pode apresentar inchaços em várias regiões do corpo (as patas são muito afetadas) e sofrer sangramentos, principalmente na mucosa bucal.

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Mesmo que o organismo canino consiga neutralizar em parte a ação da bactéria causadora da erliquiose canina, o sistema imunológico é prejudicado e abre porta para infecções secundárias de intensidades diversas.

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Os sintomas da erliquiose canina

A erliquiose canina provoca sinais clínicos que podem ser leves, moderados ou severos nos cães afetados. Os sintomas mais comuns são a febre, que pode ser intermitente, além de alterações no sistema sanguíneo, como anemia, trombocitopenia e leucopenia.

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Anemia é a queda do volume de hemoglobina no sangue; trombocitopenia, a produção deficiente de plaquetas, a destruição acelerada dessas células ou o acúmulo no baço; e leucopenia, a queda do total de glóbulos brancos (leucócitos).

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Em casos crônicos, o sistema imunológico pode ser gravemente afetado, uma vez que a queda dos leucócitos reduz a capacidade de defesa do organismo contra alergias, inflamações e infecções por bactérias e vírus.

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Em geral, inicialmente os cães afetados apresentam sinais difusos. Uma vez instalada a infecção, os animais podem se mostrar indispostos, com falta de apetite. À medida que o processo infeccioso avança, surgem inchaços e inflamações nas patas, vômitos, palidez nas gengivas e mucosas bucais.

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Sem controle, a erliquiose canina também provoca convulsões, sangramentos (que podem ser discretos ou intensos) e convulsões. Já foram relatados casos de perda da visão entre cães não tratados de maneira adequada.

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Os tutores precisam ficar atentos desde os primeiros sinais. Apesar de não serem específicos, a perda de apetite e o desinteresse por brincadeiras são sempre indicativos de que alguma coisa está errada com os pets.

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A falta de apetite, nos casos de erliquiose, pode ser bastante sensível. Os cães recusam alimento e perdem peso rapidamente, revelando outros sinais, como pelagem seca e quebradiça, irritações e lesões na pele, etc.

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No entanto, logo depois dos primeiros sinais de infecção, os cães podem apresentar melhoras súbitas, confundindo os tutores. Nas três primeiras semanas, enquanto as bactérias E. canis estão se multiplicando, mas ainda não desenvolveram colônias muito numerosas, o organismo é capaz de enfrentá-las. A febre é um sinal de que o sistema imunológico está tentando se defender.

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O ideal, portanto, é sempre consultar o veterinário o mais rápido possível, porque, em caso de erliquiose e outras doenças contagiosas, o cachorro afetado também se torna um fator de infecção para outros animais. Mesmo na fase inicial da enfermidade, os exames já conseguem detectar pelo menos a queda de leucócitos na corrente sanguínea.

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A doença pode apresentar, em alguns casos, de acordo com a suscetibilidade do cachorro afetado, alguns outros sinais, como manchas avermelhadas pelo corpo, traços de sangue na urina, sangramentos nasais e, em casos graves, convulsões e alterações oculares que podem ser irreversíveis.

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O tratamento da erliquiose canina

Não há vacinas disponíveis para a prevenção desta doença. O tratamento médico da erliquiose canina apresenta resultados satisfatórios apenas nos estágios iniciais da doença, quando os transtornos na corrente sanguínea ainda não são profundos. Especialmente à medida que o cachorro perde glóbulos brancos, o controle se torna cada vez mais difícil.

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O diagnóstico é feito principalmente através de exames de sangue, além da avaliação clínica e da análise do histórico de saúde do cachorro. Ao perceber a queda dos leucócitos, o veterinário pode prescrever antibióticos, para combater as bactérias invasoras, além de antitérmicos para estabilizar a temperatura corporal. Suplementos vitamínicos (em especial do complexo B) também podem ser necessários para restabelecer o equilíbrio orgânico.

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É importante seguir o tratamento à risca, conforme as orientações do veterinário. A erliquiose canina, à medida que os antibióticos surtem efeito, entra na fase subclínica, em que a bactéria subsiste no organismo, enquanto os anticorpos se ampliam, justamente para dar combate à invasão bacteriana.

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Os sintomas da fase subclínica, como febre e prostração, podem persistir por várias semanas, mesmo depois da eliminação da bactéria. Em alguns casos, surgem alterações no sistema imunológico, com aumento sensível das células de defesa, que podem ser registradas por exames laboratoriais durante vários anos.

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Sem tratamento adequado, ou mesmo quando o tratamento eficaz é interrompido (isto acontece muitas vezes quando os sinais mais evidentes desaparecem ou são amenizados), o cachorro afetado pela erliquiose canina pode entrar na chamada fase crônica da doença.

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Ela quase sempre é causada por negligências. Os sintomas são os mesmos da fase aguda, mas se tornam mais tênues. O que realmente chama a atenção é a queda na taxa de respostas imunológicas do organismo.

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Com o sistema imunológico debilitado pela doença, o cachorro se torna predisposto a uma série de infecções secundárias (as chamadas doenças oportunistas). Caso a medula óssea e o baço tenham sido lesionados gravemente pela E. canis, o cachorro afetado pode desenvolver imunossupressão, anemia persistente e queda permanente das plaquetas.

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Nestas condições, os cães, mesmo que aparentemente tenham superado a erliquiose, podem ter problemas sérios e progressivos, tais como insuficiência renal e hepática, artrites e reumatismos, além de respostas ineficientes a outros processos infecciosos.

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Como prevenir a erliquiose canina

A prevenção é a forma mais eficaz de reduzir os casos de erliquiose canina. Os tutores podem usar repelentes e inseticidas nos cachorros, para eliminar os carrapatos. Existem produtos eficazes disponíveis no mercado, como coleiras, talcos e pipetas.

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As autoridades públicas, nos casos de infestação por carrapatos, também precisam fazer a sua parte, eliminando o crescimento de mato em terrenos baldios, borrifando com inseticidas específicos áreas sensíveis, como beiras de rios, acostamentos de estradas, etc.

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O carrapato

O Riphicephalus sanguineus apresenta um ciclo de vida que exige três hospedeiros diferentes. Em cada estágio ativo do desenvolvimento (larva, ninfa e adulto), ele se alimenta apenas uma vez e a muda (ecdise) acontece fora do organismo do hospedeiro.

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As larvas podem sobreviver no ambiente externo por até seis meses sem se alimentar; em laboratório, ninfas e adultos conseguiram manter o jejum por até 19 meses. As formas adultas conseguem sobreviver em condições dissecantes (temperaturas de 35°C e umidade relativa do ar abaixo de 30%).

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A cada ecdise, o carrapato-vermelho procura um novo hospedeiro. É durante os intervalos entre os estágios que o inseto pode passar a abrigar a bactéria E. canis. Não existem estudos sobre a infecção nos ovos do carrapato.

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Larvas e adultos se agarram à pelagem dos cachorros e sugam sangue até triplicar ou quadruplicar de tamanho. Quando se desprende, ao contrário de outros carrapatos, o inseto tende a procurar lugares altos – é o chamado geotropismo negativo.

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O ciclo completo de desenvolvimento dura de 50 a 200 dias, de acordo com as condições ambientais que o carrapato-vermelho encontra. Uma fêmea adulta pode colocar de dois mil a três mil ovos por dia (em ambientes controlados, já foram registradas posturas de mais de sete mil ovos).

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O carrapato-vermelho geralmente coloniza regiões tropicais e subtropicais da América, Ásia e África. No Brasil, ele é frequente em regiões rurais, mas já se adaptou a ambientes urbanos. Além da erliquiose, o R. sanguineus também é responsável pela transmissão da babebiose e também por algumas dermatites entre seres humanos.

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