Esporotricose em cães e gatos

É uma doença que afeta pets e humanos. Saiba mais sobre a esporotricose em cães e gatos.

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A esporotricose é uma micose que tem um fungo como agente, mas não é fácil de ser notado inicialmente. Quase sempre, os tutores de cães e gatos percebem a doença a partir dos primeiros sintomas: pequenas lesões e feridas espalhadas pelo corpo.

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Sem a atenção necessária, a esporotricose em cães e gatos tende a se agravar. A severidade das lesões aumenta. Fique atento, uma vez que as feridas costumam surgir na face dos pets.

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Já foram relatados casos de esporotricose transmitidos por mordidas de roedores (especialmente ratos de esgoto), mas o vetor de infecção mais comum é o gato doméstico - justamente o pet que, em tese, é o mais protegido, por conviver pouco com outros animais de estimação.

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Da mesma maneira, alguns estudos (ainda inconclusivos) sugerem que a esporotricose pode ser transmitida através da inalação. O vetor comum tradicionalmente aceito, porém, é o contato direto.

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A transmissão

A esporotricose é uma zoonose de fácil transmissão. Quaisquer machucados, mesmo aqueles mínimos provocados por coceiras ou em brincadeiras, podem servir como porta de entrada.

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O responsável pela doença é o fungo Sporotrix schenkii, um micro-organismo de distribuição mundial. Na América Latina (com destaque para o Brasil), o fungo atinge proporções endêmicas.

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O S. schenkii (já foram classificados 56 tipos, cinco delas importantes para a saúde humana e animal) pode ser encontrado no solo, em jardins e matagais. O fungo pode colonizar plantas e, em ambientes urbanos, já foi encontrado em material de construção e em caçambas de lixo.

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O fungo já foi identificado também em áreas de higiene precária ou inexistente, como lixões. O transmissor necessita de temperaturas relativamente elevadas para proliferar, sendo mais comum em áreas tropicais.

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A esporotricose humana já foi chamada de “doença da roseira” e “doença do jardineiro”. Apesar de ter sido identificada entre floricultores, mineiros e trabalhadores rurais, os criadores de rosas, que partilham os ferimentos provocados pelos espinhos, em determinado momento pareceram aos pesquisadores estarem mais suscetíveis.

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O acúmulo destes fungos é comum nas garras dos cães e mais particularmente nas dos gatos — e qualquer arranhão é suficiente para a infecção. Embora as lesões na epiderme sejam os mais fáceis de observar, a esporotricose também afeta outros tecidos.

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Entre cães e gatos, a disseminação da esporotricose é muito comum, em função da exposição aos ambientes naturais (qual cachorro não gosta de cavar um buraco na terra?). Além disso, eles facilmente se envolvem em brigas, o que facilita a transmissão.

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É importante lembrar que alguns cães e gatos atingidos pelo S. Schenkii mostram-se assintomáticos. Isto significa que eles podem não apresentar os sinais (ou apresentá-los com algum retardo, o que acontece com mais frequência).

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Mesmo assim, todos os animais infectados se tornam automaticamente vetores da esporotricose. Em uma briga, por exemplo, um animal que tenha tido contato com o fungo quase certamente infectará o oponente, especialmente se carregar o micro-organismo nas unhas ou dentes.

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A esporotricose é uma zoonose. Isto significa que a doença não afeta apenas os animais de estimação, mas pode ser transmitida para os seres humanos. Uma patinha suja de terra pode ser suficiente para o contágio.

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A micose é mais comum entre os gatos, principalmente porque eles costumam usar as unhas para explorar e brigar e acabam transportando fungos embaixo das garras. Aqui no país, ainda é comum a criação de gatos soltos, que vão e vêm para casa, o que aumenta o risco de doenças e de acidentes.

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A doença no Brasil

A esporotricose não é uma doença de notificação compulsória no país e, por isto, não existem estatísticas oficiais sobre esta micose. No entanto, sabe-se que a infecção fúngica é bastante comum, apesar de a prevalência ainda ser desconhecida.

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Um novo fungo, o S.brasiliensis, já foi classificado e atualmente é um agente etiológico extremamente virulento, sendo o mais comum da micose no país.

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No Estado do Rio de Janeiro, desde julho de 2013, a notificação se tornou obrigatória, em função do status hiperendêmico que a esporotricose atingiu.

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De acordo com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz, referência em zoonoses e outras especialidades), em 2015, foram registrados 4.703 casos felinos e mais de cinco mil ocorrências humanas. No ano seguinte, registrou-se um aumento de 400% dos animais diagnosticados.

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Estes números se referem apenas aos casos notificados. Muitos animais, especialmente os abandonados na rua, podem ser portadores de esporotricose, mas não há estudos nem serviços públicos para identificá-los.

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Os sintomas

As lesões de pele podem surgir pequenas e espaçadas, concentradas na cabeça e nas extremidades (dedos e ponta da cauda), mas, como provocam comichão leve (coceira), isto facilita a ampliação das áreas afetadas, o que pode ocorrer em poucos dias.

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No início da doença, as feridas aparentemente não causam dor e a coceira não é exagerada. A principal característica é que não é possível eliminar as lesões com medicamentos comuns, como as pomadas.

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Progressivamente, estas feridas se mostram mais profundas, geralmente com pus. Nos gatos e nos cães de pequeno porte, a evolução da esporotricose é sensivelmente mais rápida.

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Em muitos casos, estas lesões se mostram resistentes inclusive ao emprego de antibióticos de largo espectro, os mais comumente usados nas infecções bacterianas e fúngicas.

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A esporotricose também pode se espalhar internamente, atingindo principalmente a circulação linfática, os pulmões e os ossos. O sistema respiratório pode ser severamente comprometido, atingindo inclusive o coração. No médio prazo, os efeitos da infecção podem ser devastadores.

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A lesão inicial se mostra como um ferimento comum, ao qual os tutores geralmente dão pouca atenção. No correr dos dias, a esporotricose lesiona o tecido infectado, que pode se transformar em um ferimento cheio de pus, cujo nome técnico é cancro esporotricótico.

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A classificação

A esporotricose, em seu estágio inicial, caracteriza-se basicamente por lesões minúsculas, de difícil detecção. Os tutores devem, no entanto, ficar atentos para não deixar os pets perambularem pelas ruas, onde estão mais propensos a acidentes e brigas.

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À medida que a doença se desenvolve, ela passa a ser classificada de três maneiras:

- cutânea - as manifestações ficam restritas à pele e podem evoluir para nódulos mais firmes (os cancros);

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- cutâneo-linfática - a doença se espalha em camadas internas (abaixo da hipoderme) e atinge os canais linfáticos, que começam a transportar os micro-organismos em direção à corrente sanguínea;

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- disseminada - consiste na fase mais grave, quando a doença afeta órgãos internos. O início da fase disseminada atinge ossos e pulmões. Em seguida, pode espalhar-se e alcançar o sistema nervoso central.

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A partir do momento em que os micro-organismos atingem a circulação linfática, o organismo para a reagir e o cão ou gato afetado pode se mostrar febril. Outros sintomas comuns são:

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- apatia e prostração;

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- perda de apetite;

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- cansaço sem motivo aparente.

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Quando a doença chega aos pulmões, pode ocorrer:

- tosse com catarro;

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- espirros;

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- fadiga extrema;

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- dificuldade para respirar;

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- em casos raros, hemorragias nasais.

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Diagnóstico e tratamento

Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, mais rapidamente o pet conseguirá superar a esporotricose, que não tem vacina e a prevenção é relativamente difícil, uma vez que o cuidado básico seria impedir o contato com a terra encomenda outros pets, o que quase nunca é possível, principalmente no caso dos cães, que passeiam nas ruas diariamente.

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Seja como for, para reduzir os riscos de contágio, os tutores de gatos — principais afetados pela esporotricose — devem mantê-los dentro de caso, em ambientes gelados e sem rotas de fuga. Gatos não precisam de passeios diários e, por isso, o contágio deveria ser, ao menos em tese, mais difícil.

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Seja como for, o diagnóstico precoce também é difícil, porque as primeiras lesões dificilmente inspiram cuidados: quem convive com cães e gatos sabe que eles estão sempre com pequenos ferimentos, obtidos com as pequenas e grandes travessuras do dia a dia.

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No entanto, feridas que não cicatrizam acendem o sinal amarelo. Caso não haja evolução positiva em um ou dois dias, o melhor a fazer é levar o pet ao veterinário, que inicialmente fará o exame clínico e a anamnese, para colher informações sobre a vida do animal e seus hábitos (por exemplo, se ele se envolveu em brigas recentes).

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Uma vez que haja suspeitas, o médico provavelmente solicitará exames de laboratório, como sangue, urina e fezes. Eventualmente, poderá ser necessário realizar uma biópsia.

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Tão logo seja diagnosticada a esporotricose, existem medicamentos veterinários bastante eficazes para o tratamento, mas o prognóstico depende sempre da gravidade da doença. Um quadro desenvolvido pode inclusive acarretar à morte do pet.

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No caso de uma infecção recente, o tratamento é eficaz na maioria da vezes, mas trata-se de um processo vagaroso e relativamente caro. Em geral, são recomendados medicamentos antifúngicos para combater a esporotricose, que podem ser administrados por via oral ou injetável.

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Além da medicação específica, pode ser necessária a oferta de suplementos de minerais e vitaminas e algumas alterações na dieta alimentar, para fortalecer o organismo e reparar comprometimentos internos.

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Cuidados especiais

Por se tratar de uma zoonose — transmissível aos seres humanos —, a esporotricose demanda alguns cuidados especiais por parte dos tutores, para evitar ou retardar a transmissão da doença:

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- o ambiente e os objetos do animal de estimação (caminha, local das refeições, brinquedos, tigelas, roupas, etc.) deve ser higienizado com hipoclorito de sódio (água sanitária), em proporções (diluição) a serem indicadas pelo veterinário;

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- a limpeza e higienização da casa inteira (garagem, jardim e quintal incluídos) é uma providência importante. Os gatos andam pela casa inteira e os cachorros, por todos os lugares em que não sejam impedidos. Use produtos antissépticos para a faxina;

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- o pet deve ser afastado do convívio com outros animais até que o potencial da transmissão esteja controlado. Caso o cão ou gato enfermo viva com outros animais em casa, todos estes precisam ser avaliados pelos médico;

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- os tutores também precisam se precaver. O manuseio deve ser realizado com luvas descartáveis e, depois dos contatos com o paciente, deve-se lavar as mãos e usar um antisséptico, como o álcool em gel;

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- comunique casos novos de esporotricose aos centros municipais de zoonoses. É possível que esses órgãos desenvolvam políticas públicas para combater ou controlar as infecções fúngicas;

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- o tratamento, que pode durar meses e até mais de um ano, nunca deve ser interrompido sem a concordância do veterinário. Mesmo com os sintomas abrandados, é possível que o pet ainda mantenha fungos no organismo e estes certamente proliferarão, provocando a recidiva (recaída).

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Um último cuidado especial precisa ser observado. Caso o cão ou gato infectado com esporotricose não resista ao tratamento, não é possível enterrar o corpo em qualquer lugar, para evitar novos focos de disseminação. Os especialistas recomendam a cremação dos cadáveres.

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Entre humanos

Nós, humanos, também podemos contrair esporotricose. A doença se manifesta inicialmente sob a forma de pequenos caroços avermelhados no rosto, nos braços e nas pernas. Podem surgir fileiras de pequenas lesões muito próximas umas das outras.

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Entretanto, como os sintomas são comuns a uma série de alergias e outras doenças de pele, um dermatologista deve ser consultado o quanto antes, para possibilitar o diagnóstico adequado.

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O atendimento aos seres humanos é realizado nas unidades básicas de saúde, que podem encaminhar os pacientes para AMAs ou hospitais de referência. Caso você tenha construído esporotricose, nunca abandone o tratamento.

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Não existem registros de contágio entre humanos (que só poderia ocorrer através de mordidas bastante sensíveis). Todos os estudos já realizados indicam que a doença se transmite através de animais de estimação ou de objetos utilizados por eles.

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Em tempo: não é porque a doença afeta os humanos que ela deve ser negligenciada entre os animais de estimação. Pelo contrário, o tratamento dos cães e gatos é a melhor maneira de profilaxia.

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Cães e gatos doentes nunca devem ser abandonados. Além de ser uma crueldade incompatível com a tutela responsável, o abandono aumentará exponencialmente o número de casos, aumentando o risco tanto para totós e bichanos, mas também para os humanos adultos e crianças.

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