O Manhattanville College fica em Purchase (Nova York, EUA). Fundado em 1841, é uma instituição particular que recebe 2.700 alunos em cada ano, interessados em estudos asiáticos, africanos, centro e sul-americanos, história da arte, ciências naturais e outras especialidades.
Recentemente, o MCNY publicou um estudo demonstrando que donos de cães são mais felizes do que as pessoas que convivem com gatos. Foram avaliadas demonstrações de personalidade, emoção e satisfação no dia a dia.
No total, foram entrevistadas (pela internet) 263 pessoas sobre a convivência com caninos e felinos, com idades entre 19 e 68 anos. O nome do estudo é bastante sugestivo: “seu filhote é amoroso?” perguntam os pesquisadores. O subtítulo é o seguinte: “examinando a relação entre bichos de estimação e nível de bem-estar”.
Os resultados obtidos foram apresentados na edição 2016 da convenção de personalidade para a sociedade e a psicologia social, realizado em San Diego (EUA), realizada anualmente, sempre no mês de janeiro.
O assunto está causando polêmica. A pesquisa afirma que os donos de cães não são apenas mais felizes, mas também são mais satisfeitos com a vida do que os que não convivem com uma mascote de qualquer espécie, especialmente entre as pessoas solitárias.
O estudo (apenas quantitativo, que não leva em conta outras intercorrências, como possíveis doenças emocionais ou degenerativas), concluiu que, apesar da maior felicidade dos cinófilos, viver na companhia de um animal de estimação aumenta o nível de emoções positivas e contribui para reduzir a ansiedade e o estresse.
A coordenadora da pesquisa, Katherine Jacobs Bao, titular do Departamento de Psicologia do MCNY mostrou ainda que os donos de cachorros são mais conscientes e significativamente menos neuróticos. O objetivo principal do estudo é evitar que as pessoas adotem animais de estimação, mas acabem se livrando deles depois de um período de convivência, em função dos “efeitos colaterais”.
Bao diz ter iniciado o estudo apenas para avaliar as diferenças no bem estar de quem tem ou não um animal de estimação. Os resultados, no entanto, surpreenderam: os donos de cães se dizem mais felizes, independentemente dos problemas cotidianos. O próximo estudo do MCNY quer avaliar se este nível de felicidade é reduzido depois do primeiro ano de “vida a dois”.
No entanto, outra pesquisa, desta vez da Universidade da Califórnia (também dos EUA), sugere que os donos de gatos são mais ansiosos. O mais provável é que os animais não interfiram nos sentimentos: os que optam por cães seriam pessoas mais extrovertidas, enquanto os proprietários de gatos teriam tendência natural à introspecção e à melancolia.
O assunto é antigo. Apesar dos protestos dos donos de gatos, um documentário produzido pela emissora inglesa BBC em 2003 apontou que os cachorros amam mais os seus donos. Não se trata de uma simples impressão: os “melhores amigos do homem”, ao avistar seus donos e interagir com eles apresentam um teor maior de oxitocina no sangue, um hormônio ligado ao prazer.
É a mesma reação apresentada por mulheres quando se aproximam dos filhos. O estudo sobre a relação de amor dos pets foi conduzido pelo neurocientista americano Paul Zak, fundador da neuroeconomia, que estuda a contribuição da psicologia, neurociência e economia na tomada de decisões.
Por outro lado, o mesmo programa de TV derrubou um antigo mito: para os portadores de bronquite, a companhia de cães é mais nociva do que a dos felinos. A conclusão é do pediatra Tim Craig, professor da Universidade da Pensilvânia (EUA), líder dos pesquisadores.
Os gatos são responsáveis pela maioria das reações alérgicas (dois terços aproximadamente), mas os cães motivam reações mais poderosas, que prejudicam mais seriamente a qualidade de vida, com irritações prolongadas e severas.
Ainda precisamos aprender muito sobre os nossos pets. Em 2015, um estudo da Universidade de Lausanne (Suíça) e parceria com a Universidade de São Paulo concluiu que os felinos são mais competentes na luta pela sobrevivência.
Os cientistas analisaram dois mil fósseis de carnívoros e concluíram que os gatos quase sempre venceram na disputa por alimento, chegando a provocar a extinção de diversas raças de cachorros. Os estudos ainda não são conclusivos: na dúvida, é melhor ter os dois.
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