O higroma em cães é um tipo de inchaço preenchido por líquido que surge principalmente sobre pontos de pressão, como cotovelos, quadris ou tornozelos. Esses nódulos surgem geralmente devido ao contato repetido com superfícies duras, resultando em uma bolsa protetora de fluido sob a pele. Apesar de, em muitos casos, não serem dolorosos, os higromas podem crescer e se tornar incômodos ou até infeccionar.
Embora qualquer cão possa apresentar higromas, algumas raças de grande porte têm maior predisposição. Entre elas, destacam-se:
Dogue Alemão
Labrador Retriever
Pastor Alemão
Mastim
Cães com maior massa corporal tendem a exercer mais pressão sobre os ossos quando deitam, o que aumenta o risco de surgimento desses inchaços. Animais idosos, sedentários ou que descansam frequentemente sobre pisos rígidos também estão mais suscetíveis.
A causa mais comum dos higromas é o trauma repetitivo em regiões ósseas, especialmente ao deitar-se em superfícies duras como pisos de cerâmica ou madeira. Essa pressão constante leva o corpo a criar uma "almofada" de fluido para proteger a articulação.
Outros fatores que aumentam o risco incluem:
Falta de movimentação
Obesidade canina
Idade avançada
Ambientes sem áreas acolchoadas para descanso
Se o problema persistir, os higromas podem evoluir para complicações mais graves, como infecções, abscessos, granulomas e ulcerações na pele.
Nos estágios iniciais, o higroma se parece com um pequeno caroço sob a pele, geralmente indolor. No entanto, sinais de complicações incluem:
Inchaço maior
Pele avermelhada ou quente
Presença de secreção
Lambedura excessiva da região
Desconforto ao deitar
O diagnóstico é realizado, em geral, por um veterinário por meio de exame físico. Em casos duvidosos, pode ser indicada uma aspiração do fluido ou biópsia para descartar infecção ou outras doenças.
Para higromas pequenos e não infectados, a abordagem inicial inclui:
Uso de camas ortopédicas ou de espuma viscoelástica
Acolchoamento no ambiente onde o cão descansa
Almofadas protetoras para cotovelos
Essas medidas ajudam a evitar que o higroma aumente ou se lesione, promovendo a recuperação natural.
Quando o higroma se torna grande, dolorido ou infectado, o veterinário pode recomendar:
Drenagem do líquido acumulado
Terapias com laser
Antibióticos (em casos infecciosos)
Remoção cirúrgica (em casos crônicos ou graves)
Enxertos de pele, quando há ulceração severa
O acompanhamento pós-operatório é fundamental para evitar infecções e garantir a recuperação adequada.
A prevenção dos higromas passa principalmente por reduzir o impacto e a pressão sobre as articulações do cão. Algumas dicas incluem:
Oferecer camas confortáveis e macias
Evitar que o cão deite por longos períodos em superfícies rígidas
Manter o peso ideal do animal
Estimular a movimentação frequente
Observar sinais precoces de inchaço nos cotovelos ou quadris
Além disso, cães idosos ou em recuperação de cirurgias devem contar com espaços acolchoados e acompanhamento veterinário frequente para evitar complicações articulares, como artrite ou displasia.
Embora os higromas em cães nem sempre representem uma emergência, é importante identificá-los precocemente para evitar desconfortos, infecções e procedimentos invasivos. Fornecer um ambiente acolhedor, confortável e seguro é a melhor forma de proteger seu companheiro peludo.
Se notar qualquer inchaço estranho, especialmente nas articulações, procure orientação veterinária imediatamente para o diagnóstico correto e o tratamento mais adequado.
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