Leucemia em cães: causas, sintomas e tratamento

Doença grave, a leucemia em cães requer diagnóstico rápido para o sucesso do tratamento.

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A leucemia em cachorros é uma neoplasia originada nas células indiscriminadas na medula óssea, que posteriormente formam os elementos figurados do sangue: plaquetas, glóbulos brancos e vermelhos. A classificação é complexa, mas a doença se apresenta basicamente em duas formas: linfocítica e mieloide. Sem nenhum estímulo, as células passam a se reproduzir de maneira acelerada e descontrolada.

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Leucemias de animais e de humanos são praticamente as mesmas, mas ocorrem com maior frequência entre nós. Existem várias formas e um prognóstico de sobrevida longa e de qualidade depende do grau de agressividade.

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A enfermidade é mais frequente em cães do que em gatos e a forma linfocítica é mais comum do que a mieloide. À medida que ocorre a substituição das células saudáveis da medula óssea pelas neoplásicas, ocorre a citopenia – deficiência de um ou mais tipos de células do sangue – provocando os primeiros sinais clínicos.

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Também é possível ocorrer a infiltração de células neoplásicas no baço, fígado e, com menor frequência, nos gânglios linfáticos. Os sintomas da leucemia em cães, nos estágios iniciais, são inespecíficos, mas é necessário distinguir a leucemia aguda da crônica.

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Com o aumento da expectativa e vida dos animais domésticos, graças a melhores cuidados, desenvolvimento de alimentos e medicamentos mais adequados, diversas enfermidades antes incomuns passaram a se tornar rotineiras nas clínicas veterinárias.

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Ainda não se sabe exatamente o que causa a leucemia em cães, mas é certo que a doença decorre de alterações genéticas. A ingestão e inalação de substâncias cancerígenas e a exposição frequente a radiações estão associados à enfermidade.

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As células do sangue

As células do sangue, tanto nos cães como em outros animais (inclusive humanos), apresentam vida útil bastante curta. Em função desta natureza temporária, elas são continuamente produzidas (hematopoese) e destruídas (hemólise), para que não haja alterações nas funções orgânicas, como a defesa contra infecções e o transporte de oxigênio para todo o corpo.

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A leucemia surge exatamente no momento da reposição destas células. A medula óssea produz células hematopoiéticas, indiferenciadas, dando origem aos elementos figurados que circulam pelos vasos sanguíneos.

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A partir do momento em que a anomalia passa a determinar a produção de células anormais, a doença, que pode afetar os mais diversos tipos de células sanguíneas (eritrócitos, linfócitos, etc.), se instala e começa a progredir.

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Por afetar células de defesa do organismo, a leucemia compromete a capacidade de resposta a agentes invasores, como os micro-organismos. Os cachorros com a doença tornam-se mais suscetíveis a contrair diversas doenças; consequentemente, eles se expõem às complicações dessas mesmas doenças – por exemplo, uma gripe pode evoluir para uma pneumonia.

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Os tipos de leucemia em cães

A classificação da leucemia em tipos não é absoluta. Ela é feita com base nas células de origem (as primeiras a sofrerem alterações), na maturidade das células atingidas e/ou no grau de diferenciação das células neoplásicas.

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A leucemia linfoide ocorre quando surgem alterações nas células linfoides (do sistema imunológico), presentes na circulação sanguínea, linfa e órgãos linfoides (baço, timo, tonsilas e gânglios linfáticos). São células já adultas que se reproduzem de forma anormal.

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A leucemia mieloide, menos comum, se inicia com alterações diretamente na medula óssea, responsável pela produção e reposição das células do sangue. Os glóbulos brancos anormais tendem a aumentar de forma significativa. Este tipo, que afeta células indiscriminadas, é mais comum nos filhotes e cães jovens.

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Nenhuma forma de leucemia é contagiosa, isto é, não é transmissível para outros cães. Na forma aguda, estão presentes células imaturas que se reproduzem muito rápido – é o tipo potencialmente mais letal.

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Na forma crônica, a proliferação de células neoplásicas é relativamente lenta, o que permite a adoção de tratamentos mais eficazes. Ainda não são conhecidos os mecanismos que determinam a maior ou menor velocidade da multiplicação das células anômalas.

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A leucemia é a terceira neoplasia mais comum entre as fêmeas, atrás dos cânceres de pele e das glândulas mamárias, e a segunda entre os machos, praticamente empatada com os tumores no sistema urogenital.

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Os sintomas da leucemia em cachorros

Nos estágios iniciais, a leucemia em cães é uma doença silenciosa, mas pode ser identificada em exames laboratoriais. Os primeiros sinais não costumam chamar muito a atenção dos tutores: fraqueza, dores nas articulações, febre baixa, ínguas (inchaços nos gânglios linfáticos) e perda de apetite, com a consequente perda de peso.

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Os cães ainda podem apresentar:

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  • fadiga;
  • debilidade geral;
  • mal-estar e indisposição;
  • desidratação;
  • respiração e batimentos cardíacos acelerados;
  • aumento da frequência e/ou do volume da urina.
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Progressivamente, as gengivas do cão afetado perdem a cor rosada ou escura e passam a apresentar uma aparência desagradável. O inchaço abdominal pode ser percebido, decorrente do aumento do fígado e/ou do baço.

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Em casos mais avançados, os cães apresentam sangramentos pela boca, as narinas, a uretra e o ânus, sofrem taquicardia e a respiração fica ofegante ou dificultosa. O emagrecimento torna-se visível, com as costelas salientes. Podem surgir lesões na pele e episódios de vômito ou diarreia.

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Os cães portadores de leucemia ficam abatidos, sem disposição para atividades físicas e perdem o interesse pelo que se passa à sua volta. A desidratação é um sintoma frequente e a oferta de água fresca não pode ser negligenciada pelos tutores.

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O diagnóstico da leucemia em cães

Apenas um médico veterinário é capaz de diagnosticar a leucemia em cães. Inicialmente, o profissional ouvirá os tutores, para traçar um histórico da saúde dos pets, seguido da avaliação clínica.

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É importante que os tutores mantenham um registro dos problemas de saúde por que os cães já passaram, para orientar a pesquisa médica. Os profissionais também precisam saber as características e hábitos do pet, como a disposição para brincadeiras, alterações no apetite, nível de agressividade, etc.

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Mas, uma vez que os sinais são inespecíficos, para firmar o diagnóstico, o veterinário precisa de mais elementos, obtidos em exames de sangue, urina e fezes. Exames de imagem (radiografias ou tomografias) podem ser solicitados para avaliar o abdômen dos pets – em especial, o fígado e o baço.

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O profissional também pode realizar biópsias, procedimentos doloridos, mas minimamente invasivos. Os cães doentes precisam receber anestesia geral para o exame. Normalmente, é feito um mielograma – a retirada uma amostra da medula óssea da região do quadril – porque, em muitos casos, não se verifica a presença de células anormais na corrente sanguínea.

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O tratamento da leucemia em cachorros

A terapia básica da leucemia em cães é a administração de drogas por via endovenosa – a quimioterapia. O veterinário também poderá receitar medicamentos específicos, de acordo com os sintomas apresentados: febre, diarreias, dores articulares, etc.

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As dosagens recomendadas dependem de uma série de fatores, como idade, porte, sexo e grau do progresso da doença. Os medicamentos mais comuns no combate à leucemia em cães são os seguintes:

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  • vincristina;
  • prednisolona;
  • agentes alquilantes (com ou sem corticosteroides);
  • mercaotopurina;
  • tioguanina;
  • ciclofosfamida.
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Além disso, pode ser necessário ministrar antibióticos e antivirais para combater eventuais infecções oportunistas, além de analgésicos, para aliviar as dores e desconfortos pelos quais o paciente está passando.

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O tratamento para combater a leucemia geralmente é aplicado a cada dois meses; a quimioterapia é sempre precedida por um check-up e pelos exames laboratoriais e de imagem que se fizerem necessários.

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Não existe nenhuma forma de prevenção da leucemia nos cachorros, mesmo porque a gênese da doença ainda não foi totalmente estabelecida. No entanto, é importante manter as consultas de rotina do pet com o veterinário, para que eventuais males possam ser detectados de maneira precoce.

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Como formas de reduzir as possibilidades da doença, os tutores devem garantir uma vida saudável (alimentação, exercícios e regularidade do sono), passear com os cães preferencialmente entre 10h e 16h, evitar a exposição excessiva ao Sol e também à fumaça (inclusive de cigarros e escapamentos de carros), manter as vacinas em dia e seguir uma rotina de consultas com o veterinário.

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Os tutores precisam ficar atentos a quaisquer sinais que surjam, por mais leves que sejam. Caso eles não desapareçam em alguns dias, o veterinário precisa ser acionado. Vale o mesmo para mudanças comportamentais sem motivo aparente: por exemplo, um cão que passa a recusar brincadeiras ou petiscos, contrariando o seu temperamento natural.

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Até poucos anos atrás, o diagnóstico de câncer em cães era quase sempre seguida de um prognóstico de eutanásia, em função da escassez de recursos terapêuticos e do alto custo dos tratamentos então disponíveis.

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Mas, mesmo com todos os avanços da Medicina Veterinária, dos tratamentos e técnicas cirúrgicas, aproximadamente metade dos cães diagnosticados com leucemia e outros tipos de câncer não sobrevive. A quase totalidade necessita de terapias de suporte para atenuar as dores e os sintomas.

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Na oncologia veterinária, o objetivo do tratamento ainda não é a cura, mas a qualidade de vida dos pets afetados. Ainda há muito a ser feito em pesquisa na área. Mesmo assim, diagnosticados precocemente, muitos cães são curados com os tratamentos disponíveis, que, vale lembrar, são caros para os padrões brasileiros.

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Ao serem finalmente considerados “em remissão”, os cães passam por um controle, que dura cerca de um ano. Depois disso, os pets são submetidos a exames semestrais, para verificar eventuais recidivas. É um tratamento que se prolonga pelo restante da vida.

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Aviso importante: O nosso conteúdo tem caráter apenas informativo e nunca deve ser usado para definir diagnósticos ou substituir a consulta com um veterinário. Recomendamos que você consulte um profissional de confiança.

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