O nanismo em cães é uma condição médica que afeta o tamanho, a saúde e o desenvolvimento dos animais, caracterizada principalmente por membros curtos e cabeça desproporcionalmente grande. Essa condição pode ser hereditária, surgindo quando um dos pais transmite o gene responsável para seus filhotes.
Embora algumas raças sejam intencionalmente criadas para ter pernas curtas, como o Dachshund e o Pembroke Welsh Corgi, o nanismo também pode ocorrer devido a mutações genéticas espontâneas que impactam o crescimento ósseo e a formação da cartilagem. A seguir, entenda melhor as formas de nanismo canino, seus sintomas e o diagnóstico.
O nanismo é uma condição genética que resulta em crescimento anormalmente reduzido e proporções corporais irregulares. Segundo a Dra. Amy Attas, veterinária da clínica City Pets em Nova York, essa anomalia ocorre devido a mutações que prejudicam o desenvolvimento do sistema esquelético dos cães.
Existem duas formas principais de nanismo em cães:
Acondroplasia
Nanismo Hipofisário
A acondroplasia é a variedade mais frequente de nanismo canino, causada por uma mutação nos receptores do fator de crescimento dos fibroblastos, afetando o endurecimento normal da cartilagem durante o desenvolvimento fetal. Como resultado, os cães nascem com membros encurtados ou arqueados e, muitas vezes, cabeça proporcionalmente maior.
Essa mutação genética foi selecionada intencionalmente em diversas raças, incluindo:
Dachshund
Basset Hound
Pembroke Welsh Corgi
Bulldog
Buldogue Francês
Petit Basset Griffon Vendéen
Diferente da acondroplasia, o nanismo hipofisário não é promovido por seleção de raças. Conhecido também como hipopituitarismo, ele ocorre quando a hipófise não produz hormônio do crescimento em níveis adequados. As causas incluem mutações genéticas individuais, danos no parto, falta de oxigênio, tumores, inflamações ou traumas cranianos.
As raças mais associadas ao nanismo hipofisário são:
Pastor Alemão
Terrier Tibetano
Pastor Branco Suíço
Pastor da Lapônia
Casos raros também foram observados em:
Weimaraner
Spitz Finlandês
Pinscher Miniatura
Cão-urso da Carélia
Golden Retriever
Labrador Retriever
Rottweiler
Cães afetados pelo nanismo hipofisário geralmente apresentam:
Tamanho muito reduzido em comparação com irmãos de ninhada
Demora na erupção dos dentes adultos
Problemas dentários e má oclusão
Pelagem fina e quebradiça
Áreas de alopecia (falta de pelos)
Problemas dermatológicos
Fraqueza muscular
Displasia de quadril
Luxação de patela
Complicações oculares como cataratas e degeneração da retina
Além disso, muitos desses cães são inférteis, o que é visto como uma vantagem para evitar a perpetuação da mutação genética.
O diagnóstico do nanismo hipofisário envolve uma combinação de exames físicos, radiografias e testes laboratoriais. As principais etapas incluem:
Radiografias: Identificação de ossificação reduzida dos ossos.
Exames de sangue: Medição dos níveis hormonais, como hormônio do crescimento e creatinina.
Testes genéticos: Verificação da presença de mutações específicas.
Avaliação da função tireoidiana: Identificação de hipotireoidismo, comum em cães com nanismo.
Atualmente, a terapia de reposição com hormônio do crescimento suíno é a alternativa mais eficaz, uma vez que os cães desenvolvem anticorpos contra o hormônio do crescimento humano.
Mesmo em raças com acondroplasia selecionada, como o Dachshund, os cães podem sofrer com:
Problemas de coluna e medula espinhal
Hérnias de disco
Manter o peso corporal ideal e oferecer exercícios adequados ajuda a reduzir o risco de complicações graves.
O nanismo hipofisário é uma condição permanente que não pode ser corrigida com cirurgia ou fisioterapia. O manejo inclui:
Administração de hormônio do crescimento suíno
Tratamento do hipotireoidismo com reposição hormonal
Controle rigoroso de peso para evitar sobrecarga articular e complicações de disco
Se o cão for diagnosticado, a castração é recomendada para prevenir a transmissão genética da condição.
O nanismo em cães é uma condição complexa que requer atenção especial tanto no diagnóstico quanto no tratamento. A detecção precoce e o manejo adequado podem garantir uma melhor qualidade de vida para os animais afetados. Se você pretende adotar um cão de uma raça predisposta, pergunte sempre sobre o histórico genético para garantir um animal saudável e feliz.
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