O adestramento de cães de trabalho

Os cães de trabalho são treinados para diversas atividades. Confira como é feito o adestramento.

O adestramento de cães é bastante antigo. Durante a longa convivência entre caninos e humanos, muitas raças de cães foram desenvolvidas e se especializaram para executar tarefas específicas: caçar, pescar, montar guarda, defender o grupo, guerrear, pastorear ovelhas e vacas, etc.

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Atualmente, muitos cães de trabalho facilitam a vida de portadores de deficiência visual, transformando-se em verdadeiros olhos. Outros se tornam terapeutas auxiliares, obtendo bons resultados em orfanatos, creches, hospitais e lares de idosos.

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A mais conhecida das profissões caninas, no entanto, talvez seja a de cães policiais: eles perseguem indivíduos suspeitos, procuram drogas ilícitas e outras formas de contrabando, resgatam vítimas de tragédias naturais, incêndios e desabamentos.

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O adestramento de cães

Para que estas atividades sejam possíveis, no entanto, é necessário um longo período de adestramento. Os cães de trabalho participam de “cursos e treinamentos” até que possam atuar com rapidez e eficiência. Na verdade, todos os cachorros precisam ser adestrados: a diferença é que os comandos simples são aprendidos rapidamente. É o caso de:

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  • aprender a fazer as necessidades fisiológicas no local certo;
  • não atacar nem fazer movimentos agressivos para pessoas estranhas;
  • aprender o significado do “não”;
  • incorporar limites (por exemplo, saber quais são os ambientes da casa em que podem circular sozinhos ou com os parentes).
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Outros animais se tornam verdadeiros atletas. Com muito preparo, exercícios corretos e alimentação adequadas, muitos cachorros podem se destacar em corridas, resgate de objetos na água, trajetos de agility (com muitos obstáculos, etc.). As sociedades cinológicas organizam torneios locais e até mesmo internacionais.

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O adestramento de cães de trabalho, no entanto, é muito mais específico. Atualmente, estes animais não convivem mais – pelo menos, durante a maior parte do tempo – com a sua família humana. O pastoreio, por exemplo, deu lugar à pecuária, e é incomum que o gado tenha que ser transportado a pé por longas distâncias, ou sofra o ataque de predadores que vivem em matas e florestas.

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Da mesma forma, os cães de tração – como os samoiedas, huskies siberianos e malamutes – perderam o seu ofício de puxar trenós nas imensas planícies do Canadá, Escandinávia e Sibéria. Mesmo assim, todos estes animais precisam de treinamento, uma vez que eles mantêm as características e instintos, que podem ser inclusive prejudiciais no convívio urbano.

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Terapia canina

O adestramento de cães terapeutas em geral independe da raça. A exigência inicial é que os animais sejam dóceis e acostumados ao convívio com seres humanos. Seja como for, todos os cachorros precisam se adaptar às novas realidades que são propostas a eles.

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Na verdade, quando se fala em “cão dócil”, não se pretende que os animais sejam tranquilos: um cachorro agitado pode se revelar obediente e bastante paciente. O importante é que o treinador se aproprie das técnicas de controle do “aluno”.

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Não importa que o cão (ou cadela) seja ativo, goste de brincar em ambientes e correr e esteja acostumado a permanecer em ambientes amplos: com o adestramento, ele pode se tornar um cão terapeuta em muito pouco tempo, apesar de esta ser uma atividade mais requintada (em se tratando de animais).

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Os cachorros que trabalham com crianças, idosos ou pacientes hospitalizados (ou mantidos em hospitais-dia) são, em geral, voluntários.

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Diversas clínicas, lares e hospitais aceitam a companhia dos terapeutas de quatro patas e, enquanto os animais resgatam a autoestima e a vontade de ver dos pacientes, os membros da família humana podem desenvolver atividades de apoio.

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Antes de começar o trabalho, no entanto, os candidatos precisam ser avaliados. O ideal é que os cães já sejam sociabilizados – isto é, que tenham convivido desde filhotes com humanos e outros parceiros animais (cachorros e gatos) e já tenham aprendido os comandos básicos.

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Guiando o tutor

O adestramento de cães-guia tem início quando eles ainda são filhotes. Estes trabalhadores precisam estar aptos a fornecer segurança na locomoção (tanto em casa, quanto nas ruas), equilíbrio físico e emocional, e, com isto, garantir a autonomia de um deficiente físico – uma pessoa cega, por exemplo.

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Este tipo de cães trabalhadores é selecionado ainda antes de nascer. Quando são escolhidos os pais, já são levadas em consideração algumas características, como temperamento, ausência de traços de agressividade, etc. Com três meses de idade, os filhotes começam a ser sociabilizados – etapa que pode ser cumprida em uma instituição de adestramento ou junto a uma família já experiente com a atividade.

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O número de cães-guia no Brasil ainda está muito abaixo da demanda, a ponto de ser necessário importar animais dos EUA e da Holanda, por exemplo. O Ministério da Justiça estima que haja mais de 150 animais trabalhando no país, financiados (nos custos de importação e adestramento), em geral por ONGs e empresas privadas.

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O total de deficientes visuais, no entanto, é muito superior. A população de cegos no país já ultrapassou a marca dos 500 mil habitantes.

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Nem todos necessitam de um cão-guia (quase todos das raças retriever do labrador e retriever dourado), mas faltam muitos animais para atuar neste segmento: no Instituto Íris, de apoio aos cegos, a fila de espera já superou quatro mil deficientes.

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O adestramento de cães-guia é relativamente caro – cerca de R$ 30 mil por animal. O Brasil, contudo, está dando alguns passos consistentes para melhorar a situação: em 2013, foi inaugurado um centro de formação de condutores e treinadores, em Santa Catarina – o primeiro do gênero na América Latina.

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Para servir e proteger

O adestramento dos cães policiais, no Brasil, é iniciado quando o animal atinge quatro meses de idade e é realizado, na maioria dos casos, por corporações das Forças Armadas e das Polícias Civil e Militar dos Estados. A etapa inicial tem duração de oito semanas (são seis horas diárias de exercícios) e limita-se a fortalecer a parceria entre o cão e o condutor – um soldado, cabo ou sargento.

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A partir dos seis meses, tem início o treinamento propriamente dito. Na primeira fase, os cães policiais aprendem comandos básicos, sempre com palavras curtas (“senta”, “fica”, etc.). Os cachorros aprendem os comandos através do sistema de recompensas, que consiste em oferecer um petisco ou brinquedo todas as vezes em que os animais “acertam” a execução da ordem.

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Nos “estudos avançados”, os cães policiais aprendem a agarrar um suspeito, mantendo-o imobilizado até que o treinador dê a ordem de soltura. Nesta etapa, os animais convivem com a dura realidade do dia a dia: eles se acostumam a subir e descer escadas e lugares íngremes e a saltar de locais altos. Além disto, os cães se adaptam vagarosamente a não sentir medo de fogos e tiros.

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Estes animais trabalham em duas frentes: atacar suspeitos em fuga e vasculhar os mais diversos ambientes em busca de artigos ilícitos. Mas, mesmo quando os animais começam a executar oficialmente este trabalho, a brincadeira continua: os cães continuam sendo recompensados quando encontram drogas, armas ou contrabando.

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Uma vez sensibilizados ao odor da maconha ou cocaína, por exemplo, eles passam a procurá-las nos espaços mais estreitos, apenas para “ganhar” um biscoito. Os animais permanecem nos canis das Polícias Militares até os oito anos, quando conquistam o direito de aposentadoria – desfrutada quase sempre na casa do seu treinador.

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