Via de regra, todos os cachorros ficam distantes de perfumes e colônias – alguns, inclusive, são alérgicos a produtos cosméticos. Evite usar produtos humanos para “perfumar” os cães: eles apenas disfarçam o odor, podem não ser seguros e não tratam um eventual problema de saúde que esteja determinando o mau cheiro.
Em geral, os banhos disfarçam o mau cheiro, mas eles não devem ser frequentes, porque isto retira a proteção natural da pele e pelos a facilita a proliferação de fungos e bactérias. O tiro sai pela culatra: a forte presença dos microrganismos aumenta o fedor dos nossos pets.
O uso de xampus e condicionadores produzidos para humanos também é inadequado. O pH da pele dos cachorros é diferente do nosso; o emprego contínuo provoca ressecamento da pele e dos pelos, que ficam opacos. Estes produtos não higienizam completamente os pets, favorecendo o acúmulo de sujeira – e o consequente mau cheiro.
Os cães de pelagem curta devem ser lavados de 15 em 15 dias no verão e de 30 em 30 no inverno. Os de pelo longo podem tomar banho a cada 15 dias, inclusive no inverno (nos horários mais quentes do dia) e é preciso tomar cuidado na hora de enxugar.
É importante limpar muito bem as orelhas, especialmente nos cães com orelhas de abano. Elas são ambientes convidativos para germes e parasitas. O canal auditivo externo é naturalmente colonizado por bactérias, mas, quando a população entra em descontrole, os cachorros cheiram mal (o mesmo ocorre com nossos pés e axilas).
Desta forma, eles não cheiram mal. Mas é necessário lembrar: cachorro tem cheiro de cachorro. Seja como for, o mau cheiro também é provocado por flatulência (amenizada com a adoção de ração de boa qualidade), mau hálito (que pode ser corrigido com escovação diária, para evitar a formação da placa bacteriana), o mau hábito de rolar sobre as fezes e pelagem mal cuidada.
A alimentação é fundamental para a saúde e bom cheiro dos cachorros. Muitas rações disponíveis no mercado são produzidas com muitos aditivos (conservantes, acidulantes, intensificadores de sabor – estes últimos, totalmente desnecessários) que podem prejudicar o hálito, o aspecto e odor das fezes.
Se você está pensando em cruzar o seu cãozinho, evite o uso de produtos perfumados no mês anterior ao “encontro romântico”: o casal se mostrará mais receptivo, já que os feromônios estarão no ar. Feromônios são substâncias secretadas por diversos animais, com funções de atração sexual (além de demarcação de território e comunicação).
Todas estas providências, no entanto, serão inúteis, se a casa ou cama do cachorro (que pode ser apenas um cobertorzinho para forrar o chão) permanecer suja na maior parte do tempo. A lavagem deve ser feita com detergente neutro ou vinagre branco, sem adição de amaciantes (que podem provocar alergias).
Os itens não laváveis (como caixas de transporte e escovas, por exemplo) devem ser higienizados regularmente, com esponja, detergente ou produto específico de limpeza.
Os animais que dormem em ambientes externos precisam ter um abrigo para a chuva (além do frio): cachorro molhado é sinônimo de mau cheiro. Todos os cães possuem glândulas anais que secretam uma substância líquida e fétida: quando ela entra em contato com o pelo, o mau cheiro é garantido.
Em alguns casos – e isto vale também para os animais que vivem em espaços internos –, as glândulas anais apresentam anomalias, que fazem os cachorros cheirarem muito mal. Nestes casos, é importante consultar o médico, que pode indicar a forma adequada para a limpeza destes órgãos.
Algumas raças caninas são naturalmente malcheirosas. A situação pode ser atenuada (mas não corrigida) com a higienização correta (banhos e escovações com artigos cientificamente testados) e as visitas de rotina ao veterinário. Mas, se o cheiro causa náuseas (ou mesmo alergias) ao tutor, o melhor a fazer é evitar adquirir um pet das seguintes raças:
O motivo principal para cachorros destas raças cheirarem mal é o grande números de pregas na pele, que acumulam sujidades, parasitas, etc. Em alguns casos, as dobras ocorrem apenas na cabeça, pescoço e espádua, mas, no caso do shar pei, por exemplo, o corpo inteiro é “amarrotado”. Os cuidados com a limpeza devem ser intensificados, assim como no caso dos animais peludos.
Dálmatas, beagles, rottweilers, cocker spaniels, poodles, dobermans, boxers, retrievers do Labrador e pastores alemães podem ser considerados os “campeões de puns”. Talvez, para os humanos, esta seja uma séria inconveniência, já que os cachorros não têm a menor vergonha de soltar seus gases, seja qual for a situação.
Algumas doenças podem ser as responsáveis pelo mau cheiro dos cães, especialmente quando o odor se torna mais intenso, diferente do cheiro característico do pet. Muitas alergias de pele provocam coceira e os inevitáveis ferimentos, que se tornam depósitos naturais de germes, mesmo que os rompimentos sejam imperceptíveis.
Uma infecção de pele bastante comum é a malassezia, provocada por um fungo do mesmo nome, que se reproduz desordenadamente quando as barreiras de defesa da pele são rompidas. Os principais sintomas são: pele avermelhada ou enegrecida, perda de pelos (a ponto de deixar áreas desguarnecidas), descamação, pele úmida, coceira e, claro, mau cheiro.
A sarna é um problema relativamente comum. A doença é provocada por ácaros (os cachorros convivem com um grande número deles, mas alguns ácaros são particularmente nocivos). Os agentes da sarna podem estar em estofados, tapetes, almofadas, etc.
a escabiose (sarna sarcóptica), que provoca coceira intensa em todo o corpo do animal, bolhas, pele avermelhada, queda de pelos e escoriações. É altamente contagiosa por contato direto, afetando inclusive os seres humanos;
a sarna negra (sarna demodécica) não é contagiosa: existem mecanismos genéticos que determinam a doença. Estes mecanismos, no entanto, estão presentes em todos os cães, mas só se manifestam quando as defesas imunológicas estão deficitárias. O mal não provoca coceira, mas feridas e um forte cheiro desagradável;
a sarna de ouvido (sarna otodécica) afeta apenas as orelhas e é transmissível entre cães e gatos. A doença pode causar sérias lesões, inclusive no ouvido interno, determinando problemas ainda mais sérios.
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