Por que os cachorros perseguem o próprio rabo?

Quase sempre é brincadeira, mas pode haver problemas quando cachorros perseguem o rabo.

A linguagem corporal canina é muito rica e sofisticada. Eles também usam sons para se comunicar, mas os gestos são muito mais significativos. Um deles é correr atrás do próprio rabo, que pode indicar desde excitação e alegria até alguns problemas mais sérios – de infestações de insetos a comprometimentos na coluna vertebral.

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Quem vive com um cachorro – ou conhece alguém que vive com um deles – certamente já presenciou a cena em mais de uma ocasião. Não é incomum que o gesto surja aparentemente sem motivo: o peludo está tirando uma soneca e, ao despertar, começa a perseguir o próprio rabo – às vezes ferozmente, apenas para voltar ao repouso poucos segundos depois.

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Por outro lado, quando o hábito se torna constante, é preciso investigar as causas. Alguns cachorros perseguem o próprio rabo de maneira compulsiva. Isto quase sempre ocorre para aliviar o ócio e o tédio.

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Os motivos do cachorro perseguir o próprio rabo

Os tutores responsáveis estão sempre vigiando os cachorros, que muitas vezes agem como crianças pequenas, sem discernir muito bem o que está acontecendo e os riscos associados a cada atividade.

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A perseguição ao próprio rabo, assim como outras atividades e gestos, é quase sempre um ato espontâneo, natural, mas sempre carregado de significados. Os peludos não conseguem falar como o humanos e, por isso, é importante estar atento ao que eles dizem com o corpo e as expressões fisionômicas.

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01. Filhotes na caça

Entre os filhotes, correr atrás do próprio rabo é quase sempre uma brincadeira, mas que oculta um motivo importante: os cachorros são predadores naturais – na natureza, eles precisam caçar as suas refeições diariamente.

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Para um filhote, que ainda não desenvolveu a propriocepção – a capacidade de sentir o corpo e os movimentos sem usar os demais sentidos, como visão e olfato –, correr atrás do próprio rabo pode ser entendido como perseguir uma presa ou um adversário.

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O lado lúdico da atividade é predominante: os filhotes correm velozmente – e de maneira um tanto atabalhoada – atrás daquele ser (ou objeto) que insiste em persegui-los. Em poucos instantes, eles se distraem com outra brincadeira e se esquecem no apêndice.

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Além de brincar de caçar – uma atividade que pode ser útil no futuro, mesmo que o cãozinho nunca se arrisque muito longe da casa em que vive –, correr atrás do rabo é uma forma simples e rápida de consumir energia.

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O pique dos filhotes é muito forte. Eles são sempre vigorosos, atentos e curiosos – características que podem permanecer por toda a vida. Ao perseguir a cauda, eles apenas inventam (mais uma vez) uma nova brincadeira, que ajuda a fortalecer músculos, ossos e tendões.

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O hábito é semelhante ao de bebês humanos que descobrem as mãos e os pés. É um longo aprendizado até a conclusão de que os membros fazem parte do corpo e têm muitas utilidades. A perseguição é divertida e independe da participação de outras pessoas.

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02. As irritações

Durante as brincadeiras, os peludos podem, sem querer, acabar machucando a própria cauda. Os ferimento quase sempre são superficiais (em casos de “ataques” mais sérios, pode ser necessário o emprego de curativos), mas, mesmo assim, são incômodos e até dolorosos.

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Quando os cães se machucam correndo (e morrendo) o próprio rabo, a dor pode se tornar uma visitante indesejada e até irritante. Para aliviar, os peludos tentam morder mais e mais, numa tentativa de afastar o desconforto.

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Esta é também uma forma de aprendizado. Com o passar do tempo, os peludos aprendem que a melhor maneira de aliviar a irritação é simplesmente deixar o rabo de lado, ou apenas lambê-lo com cuidado.

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De qualquer forma, os tutores precisam investigar todos os ferimentos e, na medida do possível, eliminar as causas – com degraus para que os filhotes tenham acesso aos sofás, cercas em escadas, tapetes sobre pisos escorregadios.

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No caso da “perseguição ao rabo” e suas eventuais consequências, no entanto, quase sempre os filhotes têm de aprender sozinhos. Mesmo assim, é importante supervisionar as brincadeiras e impedir os excessos.

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03. As coceiras

Aqui, o quadro começa a ficar complicado. Alguns cães são naturalmente predispostos a desenvolver alergias e dermatites – entre eles, o chow-chow, o cocker spaniel e o old english sheepdog, mas elas podem afetar qualquer cachorro, de qualquer idade.

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Alguns fatores contribuem para as alergias. Depois dos banhos, é preciso secar muito bem a pelagem, para impedir que a umidade excessiva irrite a pele. Os cães com pelagem dupla, como o rottweiler, o São Bernardo e o border collie, são mais suscetíveis.

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O shar-pei, o pug, o bloodhound (cão de Santo Humberto), os buldogues franceses e ingleses e o chow-chow podem enfrentar problemas por causa das muitas dobras na pele, que são limitadas à região do pescoço em outras raças, como o beagle, o basset hound e o mastim napolitano: são as barbelas, que possuem inclusive a função de atrair parceiros sexuais.

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Todos estes detalhes anatômicos podem causar coceiras e, mesmo que não haja nada errado na região da cauda, uma forma de se aliviar do incômodo é justamente perseguir o próprio rabo. O movimento tensiona e distende todo o corpo, contribuindo para atenuar o problema.

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04. As infestações

As coceiras frequentes também podem ser causadas por infestações de parasitas, como pulgas, piolhos e carrapatos. A presença das pulgas é quase universal – elas só não colonizaram as regiões glaciais.

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Já os piolhos e carrapatos podem surgir em regiões determinadas e são mais frequentes nas áreas rurais. É importante considerar que as infestações não significam necessariamente que o cachorro está sendo mal cuidado ou negligenciado pelos tutores.

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Em um simples passeio na rua – e as caminhadas diárias são fundamentais para o equilíbrio físico e mental dos peludos – os cachorros podem atrair os insetos, que se alimentam do sangue de mamíferos e aves.

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Uma única pulga pode colocar até 50 ovos por dia, fato que explica a rapidez das infestações. Ao “dar carona” para um desses insetos, o cachorro pode estar oferecendo condições para um verdadeiro exército em poucos dias.

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E não são só os cachorros. Especialmente as pulgas – neste caso, as principais vilãs – podem ser transportadas em nossas roupas. Depois da eclosão dos ovos, as larvas ficam dormentes em casulos virtualmente indestrutíveis, de onde saem os adultos prontos para se alimentar: um inseto pode consumir o equivalente a 15 vezes o seu peso em sangue dos seus hospedeiros.

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As perseguições frequentes ao rabo, especialmente quando elas passam a prejudicar as demais atividades dos cachorros, podem estar relacionadas a estas infestações, que podem causar danos severos à saúde.

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Os cães de pequeno porte podem inclusive desenvolver anemias, mas as doenças mais frequentes estão associadas aos piolhos (cuja infestação é conhecida por pediculose e pode levar à febre das trincheiras e ao tifo exantemático) e aos carrapatos, que transmitem babebiose e erliquiose, entre outros males que podem inclusive levar à morte.

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Os insetos parasitas precisam ser combatidos assim que a presença é detectada. Os cachorros podem ser tratados com inseticidas, disponíveis em diferentes produtos, como xampus, sabonetes, talcos, líquidos pour-on, coleiras repelentes, etc.

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É importante igualmente higienizar as camas, cobertores, brinquedos de pelúcia, etc. Os ambientes também precisam ter as pulgas eliminadas, o que pode ser feito com um aspirador de pó e o uso de produtos específicos.

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05. Falta de atenção

Os cachorros são animais gregários. Isto significa que eles evoluíram organizando-se em grupos sofisticados, executando atividades específicas e colaborando para o bem-estar e a segurança coletivos.

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Eles são excelentes companheiros e, por nos enxergarem como os líderes do bando, o “alfa da matilha”, estão sempre querendo nos agradar. Uma das formas que eles desenvolveram é justamente passar períodos mais ou menos prolongados com o tutor.

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A atividade desenvolvida não é tão importante, mas ela deve satisfazer às necessidades específicas de cada peludo. Alguns preferem atividades físicas intensas, outros gostam de explorar novos ambientes, outros, por fim, querem apenas se deitar e relaxar – no colo, ao lado ou aos pés dos tutores.

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Em muitas ocasiões, os cachorros começam a perseguir o próprio rabo como forma de chamar a atenção dos tutores. Caso os humanos da família se preocupem e tentem entender o que está acontecendo, os peludos conseguem atingir o alvo, eles atingem o objetivo.

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Dedicar um tempinho para “conversar”, brincar, ensinar e relaxar os cachorros é muito importante para o equilíbrio físico e emocional. Afinal, quando se cogitou da adoção, certamente os humanos pensaram em ter companhia. Pois é, os cachorros também querem companhia.

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06. Transtornos emocionais

Os cachorros também podem sofrer com transtornos emocionais – e um dos principais sintomas é correr atrás do próprio rabo, especialmente quando o gesto é obsessivo e prejudica a rotina dos peludos.

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Ansiedade, depressão e hiperatividade são exemplos de doenças mentais relativamente frequentes entre os cães. As causas mais comuns são a falta de atividade física e cognitiva. Os peludos precisam de passeios e brincadeiras diárias, além de boas doses de carinho e atenção para manter o equilíbrio.

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Muitos tutores não conseguem suprir estas necessidades de forma satisfatória. Evidentemente, há muitas situações em que se deve cumprir as obrigações profissionais e educacionais, além dos muitos momentos de lazer, nos quais os cachorros não têm muito espaço.

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Mas, se os peludos devem passar parte do dia sozinhos, os tutores precisam providenciar algumas distrações para que eles não se sintam entediados e desenvolvam comportamentos inadequados. Além de perseguir o rabo, eles também podem se tornar destrutivos, apáticos ou agressivos – o ato de correr atrás da cauda pode ser considerado uma autoagressão.

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O ambiente dos cachorros, nos períodos de solidão e isolamento, pode ser enriquecido com algumas estratégias simples:

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oferta de brinquedos – preferencialmente os que obriguem os peludos a “pensar” e identificar formas de resolver problemas. É o caso, por exemplo, de uma garrafa pet com ração ou petiscos que eles devem abrir para ter acesso às iguarias;

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novidade – quanto mais brinquedos, melhor. Isto não significa que os tutores precisem comprar novos produtos toda semana. Basta selecionar os preferidos e fazer um rodízio, deixando uma parte guardada por uma semana ou dez dias. Quando eles “reaparecerem”, terão aspecto de surpresa e novidade;

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sons e cores – uma TV (ou outro aparelho qualquer) pode ser programada para ficar ligada durante alguns minutos, atraindo a atenção dos cachorros com formas e barulhos. Há canais específicos para os peludos, mas qualquer programa barulhento e movimentado é útil para despertar a curiosidade;

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espaço para vigilância – os cachorros gostam de dar uma espiada na janela de vez em quando. Eles se distraem observando o movimento e a atividade satisfaz parte do instinto guardião: quando tudo está certo do lado de fora, eles podem relaxar e brincar;

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alimentos, agasalhos e água fresca – sempre que os tutores se ausentarem, é preciso deixar tigelas de água e ração para os peludos, com o cuidado de não aumentar a oferta de alimento além das porções diárias. Uma caminha ou casa de cachorro ajuda a protegê-los, caso chova ou a temperatura caia. Além disso, este é ao mesmo tempo um esconderijo e um espaço de descontração;

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o cheiro do tutor – uma peça de roupa do tutor deixada ao alcance do cachorro permite que ele evoque a presença amiga sempre que se sentir entediado, isolado ou amedrontado por algum aspecto externo. Não é necessário que a peça esteja usada, porque o faro dos cães é extremamente apurado (e os nossos produtos de limpeza não conseguem eliminar todos os traços – pelo menos para eles).

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Muitas vezes, ocorre que os hábitos inadequados se instalam sem que os tutores possam se dar conta. Um dos principais sinais é justamente as corridas atrás do rabo. Felizmente, os transtornos emocionais dos cachorros são relativamente fáceis de serem superados.

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A solução é justamente enriquecer os ambientes, proporcionar novas aventuras e descobertas, prolongar a caminhada diária por mais algumas dezenas de metros. Raramente é necessária a intervenção de um profissional (um etólogo, por exemplo).

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07. Doenças ortopédicas

Os problemas ósseos e articulares são relativamente frequentes entre os cachorros. A displasia coxofemoral é comum entre adultos e idosos de grande porte, enquanto fraturas e luxações, inclusive por esforço, ocorrem principalmente com os pequenos.

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Os cães também podem desenvolver problemas como artrite, que pode ser séptica (causada pela invasão de fungos e bactérias) ou reumatoide (uma doença autoimune, em que os anticorpos dos peludos passam a atacar as articulações).

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Já a osteoartrose é o processo de degeneração dos ossos e articulações e costuma afetar principalmente os animais idosos, mas também se manifesta nos cachorros que estão acima do peso adequado. Trata-se de uma doença progressiva, mas os tratamentos podem atenuar os sintomas e garantir a qualidade de vida.

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Os peludos também podem sofrer com outros problemas, como hérnias de disco, osteofitose (bico-de-papagaio), osteosarcoma, etc. Os sintomas mais frequentes são as dificuldades de locomoção, que costumam se instalar progressivamente.

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Vale lembrar que o rabo é o prolongamento da coluna vertebral. A região é muito bem irrigada com vasos sanguíneos e sedia muitas terminações nervosas. A maioria dos problemas na coluna e na medula espinal se reflete na cauda.

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Os tutores precisam ficar atentos, para interpretar os sintomas que se manifestam. É muito importante que os cachorros sejam avaliados por um veterinário. Mesmo em casos degenerativos, o profissional dispõe de técnicas para aliviar a dor e aumentar as sensações de bem-estar – muitas vezes, por toda a vida dos animais.

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