Por que os cachorros vivem cheirando virilhas e traseiros?

Cheirar virilhas e traseiros faz parte da identificação e comunicação dos cachorros. Mas é possível atenuar o hábito.

Por mais estranho que possa parecer, dar uma boa cafungada nas partes íntimas pode revelar uma série de informações. Os cachorros cheiram virilhas e traseiros para identificar estranhos (humanos e outros animais) e também para descobrir por onde os membros da família estiveram. Mas, mesmo sendo natural, o hábito pode ser atenuado.

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Para alguém dotado de um faro prodigioso, como é o caso dos cachorros, uma cheirada nas regiões anal e genital podem fornecer detalhes preciosos, como o estado geral de saúde, a amistosidade ou agressividade, o que os recém-chegados comeram na última refeição, etc.

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Os machos conseguem confirmar se as fêmeas estão no cio, ou prestes a entrar nesta fase, cheirando traseiros e virilhas. Elas também selecionam os parceiros a partir de algumas características verificadas com os cheiros: um bom genitor é sempre um animal saudável.

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Por tudo isso, os cachorros travam contato com desconhecidos (e com parentes) cheirando as partes íntimas. Para os peludos, é uma forma de cumprimento, uma espécie de aperto de mão, beijo ou abraço, que eles repetem a cada encontro e reencontro.

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O faro

O olfato dos cachorros é realmente um prodígio. Desde o século 19, diversos estudos científicos têm sido realizados para conferir as habilidades do nariz (e também da boca) dos peludos. O focinho é um órgão quase perfeito – além de ajudar no charme dos nossos melhores amigos.

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A umidade quase constante da trufa (região em volta das narinas) e dos lábios permite que as partículas presentes (no ar e em objetos ou corpos) fiquem mais ativas e, portanto, dignas de serem inspecionadas.

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Os cachorros conseguem captar cheiros diferentes em cada narina. Eles apresentam um olfato seletivo. Por exemplo, enquanto nós sentimos apenas o cheiro de uma bela macarronada, eles captam informações sobre o macarrão, o queijo, o molho e até mesmo dos temperos empregados.

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Os nossos melhores amigos podem ter até 300 milhões de células receptoras de cheiros, enquanto os humanos possuem apenas de cinco a seis milhões. Os cães braquicefálicos (de focinho achatado) não captam tão bem os odores quanto os dolicocefálicos (de focinho alongado, mais semelhante ao dos lobos), mas, mesmo entre eles, o sentido é muito apurado.

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Apenas para comparar: se você está na cozinha de um apartamento no 30º andar de um edifício, os cachorros conseguem captar os mesmos aromas do preparo de uma refeição estando do lado de fora da construção, no térreo.

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Sem preconceitos

Além disso, os cachorros não têm preconceito. Os peludos cheiram com a mesma vontade tanto um prato cheio de ração, quanto uma lata de lixo, as fezes de outros animais e indícios para os quais eles são treinados (como drogas, armas, etc.).

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Não existem cheiros bons ou ruins para os cachorros, assim como não existem “partes íntimas”. Na busca por informações, eles literalmente enfiam o nariz em qualquer lugar. Além disso, eles associam os aromas a determinadas situações: o cheiro das pessoas, principalmente as já conhecidas, pode ser identificado até mesmo em uma peça de roupa recém-saída da máquina de lavar. Eles também conseguem perceber a aproximação de pessoas e outros animais, do carro ou da bicicleta dos tutores e até mesmo a aproximação de um temporal.

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No desenvolvimento histórico, em algum momento, nós começamos a disfarçar cheiros. Os antigos egípcios já usavam perfumes e cosméticos, além de besuntar o corpo com óleo e raspá-lo para eliminar todas as impurezas.

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Alguns aromas absolutamente normais do ponto de vista anatômico, como o suor (principalmente o cecê e o chulé) e os arrotos e gases intestinais passaram a ser mal vistos pelas sociedades humanas: os cheiros precisavam ser disfarçados.

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O hábito chegou até mesmo à distinção social: uma pessoa “cheirosa”, de acordo com estes parâmetros, é aquela que não precisa passar longas horas trabalhando ao Sol. Camponeses, pastores e caçadores “cheiravam mal”, enquanto cidadãos urbanos, como os artesãos, “cheiravam bem”.

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Para os peludos, não existe distinção – e eles conseguem captar os aromas familiares mesmo quando eles são disfarçados por perfumes, desodorantes, etc. Nas regiões anal e genital, é mais difícil disfarçar os cheiros exalados, porque elas concentram maior quantidade de suor.

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Mesmo que não sejam perceptíveis para os nossos narizes, esses odores são flagrantes para os cachorros. Por isso, é natural que eles farejem não apenas estas áreas do corpo, mas também as bocas (especialmente as dos tutores), para identificar possíveis alimentos à disposição.

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Dicas para atenuar o hábito

Não é possível eliminar totalmente este comportamento, que é inerente aos cachorros, resultado de milhares de anos utilizando o olfato para investigar o mundo que os cerca. E, caso os tutores não se importem muito com o hábito, não é preciso fazer nada.

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Alguns cães, no entanto, são mais curiosos e atrevidos. Eles também podem intimidar desconhecidos, como visitantes e prestadores de serviços, especialmente no caso de animais mais dominantes e territorialistas.

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Com relação a outros animais, é quase impossível coibir o hábito. Tanto os cachorros, quanto os gatos são dotados de glândulas adanais, localizadas ao redor do ânus e dos genitais, cuja principal função é a de identificação.

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Estas glândulas produzem, armazenam e excretam uma substância castanha (cujo odor é considerado ruim pelos humanos, especialmente quando estas estruturas estão inflamadas), que se espalha pelos locais em que cães e gatos transitam. É por isso que os pets levantam e balançam o rabo quando interagem entre eles.

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O adestramento para evitar que as cheiradas sejam muito frequentes, inclusive causando alguns constrangimentos quando envolvem pessoas estranhas, é relativamente simples. Uma vez que o cachorro tenha aprendido os comandos básicos (“sim”, “não”, “fica”, etc.), basta ensiná-los a “sentar e ficar”.

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O ideal é usar um método positivo, com recompensas a cada gesto obedecido. Os tutores podem dar algum tipo de prêmio, como petiscos e biscoitos, na fase de aprendizado, sempre aliado a muitos incentivos: palavras de encorajamento, carinhos e afagos, etc. Ultrapassada a fase inicial, as recompensas podem ser dispensadas, mas os estímulos devem continuar presentes.

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Alguns cachorros são mais teimosos e persistentes. Eles podem não atender ao comando “senta” nas primeiras vezes. Nestes casos, os tutores podem pressionar o dorso com a mão, obrigando o peludo a assumir a posição desejada. Nas caminhadas diárias, quando as cheiradas são direcionadas aos transeuntes, basta puxar a guia e impedir o comportamento inadequado.

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É muito difícil que um cachorro não aprenda o que se espera e obedeça aos comandos dos tutores. Em casos raros, pode ser necessário contar com ajuda profissional, seja de um adestrador, seja do veterinário do peludo.

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