Pseudociese: A gravidez psicológica em cadelas

A gravidez psicológica (pseudociese) é determinada pelo forte desejo de ser mãe. Mas ela ocorre também entre as cadelas. Como é possível?

O forte desejo de ser mãe, evidentemente, só pode ser cultivado pelas humanas. Nas cadelas, a gravidez psicológica ocorre quando elas convivem com outros animais (não necessariamente machos) e até mesmo no meio de uma grande família (o problema é raro em fêmeas solitárias).

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A experiência pode ser traumática. De um momento para outro (geralmente, de dois a quatro meses do fim do cio), a cadela se mostra agitada e inquieta, o peso aumenta, as mamas crescem e passam a produzir leite. Quando ocorre uma gravidez psicológica, as cadelas demonstram conduta semelhante à de uma prenhez real: as fêmeas procuram um “ninho” (um local para o parto e os primeiros cuidados com os filhotes).

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Trata-se de uma desordem hormonal. Apesar de fazer parte do senso comum, não existe nenhuma comprovação científica de que a presença de uma gestante possa provocar a gravidez psicológica em cadelas. É provável, no entanto, que haja um componente genético na origem da enfermidade.

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O fenômeno curioso também já foi observado em coelhas e ovelhas. Todas as fêmeas, com o tempo, adotam objetos ou outros animais – como se fossem as próprias crias. Algumas se tornam agressivas e podem rosnar e mesmo morder, como se precisassem defender a ninhada. Algumas fêmeas, no entanto, apresentam sintomas tão leves que a falsa gravidez passa despercebida pelos donos.

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As cadelas que sofrem com este mal podem ter falta de apetite, carência de contato físico e até mesmo depressão. Muitas fêmeas demandam atendimento especializado para superar a gravidez psicológica e algumas delas sofrem sérias modificações no temperamento.

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É difícil entender como uma cadela pode desenvolver uma gravidez psicológica. O assunto se torna mais fácil, entretanto, quando lembramos que os cães descendem dos lobos e, em uma alcateia, apenas os indivíduos dominantes costumam cruzar e ter filhotes. As lobas que engravidam de forma imaginária apesentam condições de cuidar dos filhotes das fêmeas alfa do grupo.

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 O cio das cadelas

As cadelas têm dois estros a cada ano e são bastante regulares. Da mesma maneira que as humanas, a cada ciclo menstrual, elas também se preparam para gerar uma vida. Quando isto não acontece (e, na imensa maioria das vezes, não acontece), o corpo elimina o material não utilizado e um novo ciclo tem início. Isto ocorre durante toda a vida sexual.

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A gravidez psicológica (ou pseudociese) ocorre quando os níveis de progesterona (hormônio que prepara as fêmeas dos mamíferos para a gestação e o aleitamento) se mantêm elevados, mesmo depois que os óvulos foram expelidos com a menstruação (se a fêmea tiver engravidado, o nível de progesterona se mantém elevado durante toda a prenhez e amamentação).

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O aumento do volume das mamas e o leite produzido pelas cadelas são resultados da ação de outro hormônio: a prolactina, cuja função é justamente esta: preparar o organismo das futuras mães para torná-lo capaz de nutrir os bebês. De um ponto de vista estritamente fisiológico, a gravidez psicológica é um engano do organismo.

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Na maior parte dos casos, a gravidez psicológica acontece entre cadelas não castradas. Veterinários especializados, no entanto, verificam um grande número de gestações deste tipo em fêmeas castradas menos de três meses antes do estro seguinte.

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As consequências da pseudociese

Na maioria dos casos, a gravidez psicológica não provoca sequelas nas cadelas. A maior parte retoma o comportamento habitual e esquece os filhotes imaginários, a menos que seja um filhote de gato, por exemplo; neste caso, a “mãe” cuida da cria até que ela se torne independente.

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Para algumas fêmeas, no entanto, o processo não é tão simples. O leite pode empedrar e inflamar as mamas, exigindo a aplicação de compressas quentes e a ministração de anti-inflamatórios, antibióticos e medicamentos para secar o leite.

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O empedramento do leite causa febre, dor e inflamações sérias, que podem inclusive provocar a morte da cadela. Em alguns casos, o tratamento só consegue lograr êxito completo com a castração e retirada de ovários e útero.

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Os principais problemas são identificados nas cadelas que passam por uma série de gestações psicológicas, de maneira recorrente. Além dos transtornos da prenhez (esta é imaginária, eles são bastante reais), as fêmeas podem contrair infecções no trato geniturinário – uma enfermidade bastante comum é a endometriose, que pode inclusive uma futura tentativa de gravidez real.

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O distúrbio também pode causar a formação de tumores e infertilidade. Em qualquer caso, no entanto, as cadelas doentes precisam usar colares elisabetanos (os famosos abajures ou cones) por um período relativamente longo, prejudicando o seu conforto. A providência é necessária para impedir a autossucção das mamas, que pode provocar ferimentos e inflamações.

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Para resolver a situação

No Brasil, a castração de animais domésticos ainda gera polêmica. Muitas pessoas entendem que o procedimento reduz o prazer e o bem estar de cães e gatos, por exemplo, e, desta maneira, não deve ser realizado indistintamente.

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Um grande número de países, no entanto, já superou esta discussão, praticando a esterilização dos animais como prática de saúde pública. A castração evita fugas, brigas de cães disputando fêmeas no cio, filhotes indesejados (muitos deles são abandonados), vários tipos de doenças e diminui a incidência da gravidez psicológica, que é identificada, em mais de 60% dos casos, em cadelas férteis, mas distante da companhia de padreadores.

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A castração não é um método 100% eficaz para prevenir a gravidez psicológica, mas o procedimento elimina ou reduz drasticamente os hormônios relacionados ao acasalamento e reprodução sem a progesterona, a gravidez não é possível; sem a prolactina, não há produção de leite.

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Por isto, mesmo que uma cadela enfrente uma gravidez psicológica por outros motivos – que, normalmente, são emocionais, como carência ou solidão – ela não sofrerá as consequências físicas que acompanham este quadro.

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Se um cão ou cadela não for ser utilizado para reprodução, ele pode ser esterilizado nos primeiros dias de vida, sem prejuízo para o seu desenvolvimento e qualidade de vida.

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