O tétano é uma condição grave causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani. Essa bactéria geralmente está presente no solo e em objetos metálicos contaminados, como cercas, ferramentas ou peças de ferro enferrujadas. Embora a ferrugem em si não seja o perigo, ela muitas vezes indica a presença dessas bactérias.
O trismo, também conhecido como "mandíbula trancada", é uma condição em que o cão tem dificuldade ou incapacidade de abrir ou fechar a boca. Essa rigidez mandibular pode ser causada por diferentes fatores, como:
Tétano
Miosite dos músculos mastigatórios
Problemas na articulação temporomandibular (ATM)
Traumas, lesões ou objetos presos na boca
Doenças dentárias
Distúrbios neurológicos
Defeitos congênitos
Neoplasias (câncer)
A contaminação geralmente ocorre por meio de cortes profundos ou feridas perfurantes, especialmente quando expostas à terra ou sujeira contaminada. A bactéria não representa risco quando ingerida, mas, ao entrar diretamente na corrente sanguínea por uma lesão, pode liberar toxinas perigosas que se propagam pelo sistema nervoso.
Diferentemente dos humanos, os cães são menos suscetíveis à toxina tetânica e, por isso, a vacinação rotineira não é recomendada. No entanto, é essencial manter os pets longe de locais com materiais enferrujados ou lixo e higienizar imediatamente qualquer ferida.
Os sintomas podem demorar dias ou até semanas para aparecer após o ferimento inicial. Os sinais clínicos incluem:
Dificuldade para abrir ou fechar a boca
Rigidez na mandíbula e nos músculos faciais
Expressão facial tensa, semelhante a um "sorriso forçado"
Orelhas elevadas
Dor ao toque
Presença da terceira pálpebra
Fraqueza ao mastigar ou morder
Perda de apetite e salivação excessiva
Inchaço na região da boca ou olhos
Dificuldade para andar ou se mover (nos casos graves)
Febre, devido aos espasmos musculares
Atenção: O tétano é uma emergência veterinária. Procure atendimento imediatamente se observar esses sintomas.
O diagnóstico clínico é baseado em exames físicos detalhados, histórico do animal e avaliação dos sintomas. O veterinário pode solicitar:
Radiografias (em casos de suspeita de trauma na mandíbula ou ATM)
Exames de sangue e urina
Ressonância magnética (para descartar tumores ou infecções profundas)
Avaliação neurológica para testar reflexos exacerbados, comuns em casos de tétano
O tratamento do trismo geralmente exige hospitalização imediata e cuidados intensivos. As abordagens incluem:
Usadas para neutralizar toxinas ainda não fixadas às células nervosas. O sucesso depende da rapidez da administração.
Combatem a infecção bacteriana, impedindo que mais toxinas sejam liberadas.
Ajudam a reduzir os espasmos e o inchaço.
Inclui sondas de alimentação, fluidoterapia intravenosa e, em casos graves, suporte respiratório.
Em situações específicas, pode ser necessária para corrigir danos na ATM.
Ambiente tranquilo e com pouca luz
Cama confortável para evitar escaras
Alimentação com comida pastosa ou líquida
Mudança de posição frequente
O prognóstico varia conforme a rapidez do diagnóstico e início do tratamento. Cães tratados precocemente têm boas chances de recuperação. No entanto, o processo pode ser lento:
Melhoras visíveis em cerca de uma semana
Recuperação completa pode levar várias semanas
Fisioterapia pode ser necessária para restaurar a função muscular
Embora o tétano em cães seja raro, ele representa um risco sério à saúde, especialmente quando causa trismo. A prevenção por meio da higiene adequada de feridas e atenção ao ambiente do pet é fundamental. Ao menor sinal de rigidez mandibular ou espasmos musculares, procure um veterinário imediatamente.
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