Vacinas para cães: um guia completo 

Neste artigo, vamos explicar um pouco sobre a importância das vacina para cães. Todos nós podemos nos proteger de uma série de doenças apenas tomando as doses de vacinas recomendadas. Além de cães e humanos, elas também protegem a saúde e o bem-estar de gatos e muitos animais domésticos, como vacas, ovelhas e cavalos. 

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É fundamental aplicar as vacinas nos cachorros de acordo com o calendário indicado pelos veterinários, que já faz parte do dia a dia da maior parte das clínicas e hospitais para pets. Para não perder prazos e entender como os imunizantes funcionam, preparamos um guia completo sobre as vacinas para cães.

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Afinal, o que são vacinas?

São preparações biológicas que fornecem imunidade específica para doenças provocadas por vírus e também por algumas bactérias. Esta imunidade pode ser permanente – uma única dose protege durante a vida inteira, enquanto outras precisam ser atualizadas de tempos em tempos.

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Uma vacina quase sempre é formulada com o próprio vetor da doença: morto, atenuado ou com apenas algumas partes. Quando o sistema imunológico entra em contato com este "invasor", as defesas orgânicas começam a ser ativadas e, em caso de contágio, as células de defesa já estão preparadas para atacar e neutralizar os patógenos.

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As vacinas surgiram a partir da observação de que alguns indivíduos desenvolvem formas mais ou menos graves de determinadas doenças, enquanto outros parecem ser infensos a elas, fato que sugere algum tipo de imunidade individual.

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Ainda no século 10º, há registros entre os chineses de inoculação controlada do vírus da varíola na corrente sanguínea, para reduzir o contágio e as mortes. No Ocidente, a prática teve final no século 18, quando o inglês Edward Jenner primeiramente inoculou o vírus da varíola em gado bovino (a palavra vacina vem de vaca) e, em seguida, para o organismo humano.

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A prática chegou a ser proibida na Inglaterra, mas, no século 19, o francês Louis Pasteur aprimorou as técnicas e chegou ao conceito moderno de vacinação. Pasteur aplicou metodologia semelhante para amenizar os surtos de raiva, comuns nos arredores de Paris, que afetavam grande número de cães, humanos, algumas espécies de animais silvestres e, mais raramente, também os gatos. 

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Atualmente, existem calendários de vacinação tanto para humanos, quanto para pets. Grande parte das bactérias conhecidas ainda não podem ser combatidas com a imunização, mas a maioria das infecções virais (inclusive algumas zoonoses - doenças que podem afetar também os humanos e outras espécies animais) já pode ser prevenida com algumas picadinhas.

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As vacinas são importantes para os cães?

Os nossos cachorros foram beneficiados pelas vacinas já nos primeiros experimentos de Pasteur. Cães e gatos eram – e ainda são - vetores da raiva ou hidrofobia, doença quase sempre letal, também transmitida por algumas espécies silvestres.

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Ao vacinar os cachorros (e, mais tarde, também os gatos), o objetivo era reduzir os casos de raiva entre humanos, mas os nossos pets obtiveram, por tabela, a imunização necessária para uma das principais infecções fatais.

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Hoje em dia, a vacinação é importante sob dois aspectos: garantir a saúde e o bem-estar dos cachorros e contribuir para a promoção da saúde pública: quanto mais animais de estimação estiverem imunizados, menores são as chances de os vírus circularem em determinada região.

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O Brasil e o mundo não estão livres da raiva. Em 2021, de acordo com dados do Ministério da Saúde, foram registrados 22 casos (13 deles transmitidos por animais silvestres). Em 2022, ocorreram 14 casos de raiva canina e felina.

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Na América do Sul, o último caso de raiva humana fatal foi registrado na Bolívia, em 2015. A ocorrência dos casos, no entanto, demonstra que o vírus continua em circulação e, sem a vacinação, o total de vítimas pode aumentar.

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Foi isto que aconteceu, entre humanos, durante a pandemia de Covid-19 no país. Com a queda da vacinação infantil, surgiram diversos surtos de doenças evitáveis com imunizantes, como o sarampo. Entre 2018 e 2022, foram confirmados mais de quatro mil casos da doença, metade deles em bebês.

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Portanto, a vacina é importante para os cães: ela previne, além da raiva, doenças como cinomose, parvovirose, leptospirose, etc., que registram alto nível de morbidade. E são importantes também para nós. Vale lembrar que, em 2016, a Organização Mundial da Saúde classificou o país como "livre do sarampo".

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Alguns consultórios e clínicas oferecem vacinas importadas para cachorros, garantindo que estes produtos são mais eficazes, mas ainda não há estudos comprovando eventuais aumentos da imunização. Seja como for, qualquer medicamento ou imunizante requer análises (e autorização) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para serem utilizados.

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As vacinas para cachorros são obrigatórias?

No Brasil, não existe nenhuma legislação específica sobre a imunização dos animais de estimação, ao contrário do que ocorre com animais para abate e obtenção de leite. Da mesma forma, não existe um calendário oficial unificado, apesar de diversas cidades adotarem uma agenda de vacinas para os pets.

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Apesar disso, os tutores podem encontrar dificuldades para hospedar os cães em hotéis para pets: a maioria exige a apresentação da caderneta de vacinação atualizada. Vale o mesmo para escolas de adestramento e day care, que estão se popularizando no país.

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Além disso, a não imunização pode eventualmente ser considerada como negligência e/ou maus tratos, principalmente em casos de óbito. A lei nº 14.064/20 prevê multa e detenção de dois a cinco anos para tutores negligentes, casos de abandono, maus tratos, violência, etc.

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As vacinas necessárias para os cães

Alguns imunizantes para cachorros são considerados essenciais, porque protegem contra alguns vírus que podem atingir também a população humana – eles são vetores das zoonoses. As duas principais vacinas essenciais são: a antirrábica e a polivalente.

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A raiva é uma doença que afeta o sistema nervoso. A partir do contágio, ela compromete o sistema nervoso periférico, causando inicialmente descoordenação motora e crises de descontrole. Ela também pode provocar dificuldade de deglutição: os cachorros não conseguem ingerir líquidos (por isso, é também chamada de hidrofobia, que significa aversão à água).

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A raiva não tem tratamento. A infecção prossegue e passa a afetar o sistema nervoso central, comprometendo as mais diversas funções orgânicas, até determinar a morte. O período da doença varia de acordo com algumas características do cachorro, como idade e estado geral de saúde, mas os animais infectados raramente sobrevivem por mais de 15 dias.

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A vacina polivalente protege contra diversas infecções. São elas: 

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  • adenovirose canina; 
  • coronavirose canina; 
  • cinomose; 
  • hepatite infecciosa; 
  • leptospirose; 
  • parainfluenza; 
  • parvovirose. 
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O imunizante mais aplicado no Brasil é a vacina V8, que protege contra todas estas doenças, inclusive dois tipos diferentes de leptospiras (causadores da leptospirose). Também está disponível a V10 (contra mais dois tipos) e a V12 (contra outras três leptospiras). 

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Vacinas não essenciais

A polivalente e a antirrábica são fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar dos cachorros, protegendo-os contra as principais doenças infectocontagiosas graves. Existem também as chamadas vacinas não essenciais. 

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Elas são importantes para grupos específicos, de acordo com a região em que os cachorros vivem e o estilo de vida adotado por eles. Os peludos também podem receber imunizantes contra leishmaniose, giardíase e tosse dos canis.

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A leishmaniose é transmitida através de picadas do mosquito-palha, também conhecido como birigui e cangalha, No Brasil, o gênero de flebotomíneos mais frequente é o Lutzomyia. O inseto é mais frequente em regiões rurais e praias, mas o número de casos tem aumentado nos últimos anos também em regiões urbanas. 

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A giardíase é uma infecção causada pelo protozoário Giardia lamblia, que também afeta os seres humanos. O micro-organismo se instala no intestino e provoca diarreia, vômito e desconforto abdominal. A doença é fatal apenas em animais debilitados e o protozoário está presente na água; por isso, os surtos são relativamente comuns em regiões com deficiência na rede de água e esgoto sanitário. 

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A tosse dos canis, cujo nome técnico é traqueobronquite infecciosa canina, pode ser transmitida por alguns adenovírus, pelo vírus da parainfluenza e pela bactéria Bordetella bronchiseptica. Os sintomas são muito parecidos com os da gripe humana. A doença é comum entre animais que passam muito tempo ao ar livre e em contato com outros cachorros, em escolas, hotéis, creches, etc. 

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O calendário vacinal dos cachorros

Os consultórios veterinários aplicam as vacinas regularmente e o médico do cachorro pode orientar sobre a necessidade ou não da aplicação dos imunizantes não essenciais. As doses iniciais são aplicadas nos filhotes e todas as vacinas precisam ser renovadas anualmente.

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Eventualmente, cães adotados já adultos, sem informações sobre a procedência, devem ser vacinados nas primeiras semanas de convivência, logo após uma avaliação clínica sobre o estado geral de saúde.

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Entre os filhotes, as primeiras doses e reforços das vacinas são aplicadas de acordo com a agenda seguinte: 

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  • polivalente (V8, V10 ou V12): primeira dose com seis a oito semanas de vida, com duas ou três doses de reforço em intervalos de três a quatro semanas; 
  • tosse dos canis (traqueobronquite infecciosa): primeira dose com 12 semanas, com uma dose de reforço depois de três a quatro semanas; 
  • giardíase: calendário idêntico ao da tosse dos canis; 
  • raiva: dose única quando o filhote completa 16 semanas; 
  • leishmaniose: primeira dose com 16 semanas, com duas doses de reforço em intervalos de três a quatro semanas. 
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O maior número de reforços, no caso da polivalente, quase sempre é aplicado em cães de pequeno porte. A vacina V12, de acordo com o fabricante, também é conhecida como V11.

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As vacinas podem causar efeitos colaterais leves, nos primeiros dias depois da aplicação. O principal deles é a prostração: o cachorro fica desanimado durante dois ou três dias. Mais raramente, podem surgir sinais de febre e/ou de dor. Estes sintomas são "quase nada", quando comparados com as complicações das doenças que estão sendo prevenidas com a vacinação. 

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