Quando um filhote começa a aprender onde fazer xixi, é comum surgirem dúvidas caso ele passe a urinar com mais frequência ou apresentar comportamentos como lamber excessivamente a região genital. Embora isso possa ser apenas uma fase do adestramento, também pode indicar uma condição chamada vaginite em cães, um problema que merece atenção.
A vaginite é uma inflamação da vagina que pode ocorrer tanto em cadelas castradas quanto nas não castradas. Apesar de ser mais comum em filhotes, cães adultos também podem ser afetados. Essa condição pode causar mudanças no comportamento urinário e, frequentemente, se manifesta com secreções incomuns na região íntima.
A entrada de bactérias na vagina pode resultar em inflamação, levando ao quadro de vaginite. Essa é uma das causas mais comuns.
Infecções virais
Alterações hormonais
Anatomia da vulva (como vulva encapuzada ou retraída)
Higiene inadequada
Cadelas de raças como Bulldog Francês, Pug e Bulldog Inglês têm maior predisposição devido ao excesso de dobras na pele, que acumulam umidade e sujeira, favorecendo o desenvolvimento de infecções.
É importante observar sinais clínicos que possam indicar um possível caso de vaginite. Entre os mais frequentes estão:
Inchaço ou vermelhidão na vulva
Corrimento vaginal (claro, amarelado ou com sangue)
Cheiro forte ou desagradável
Micção frequente ou dolorosa
Desconforto ao urinar
Lambedura excessiva da área genital
Nem todos os cães apresentam todos os sintomas. Em alguns casos, a vaginite é assintomática ou se manifesta apenas em fases específicas.
O primeiro passo é procurar um veterinário ao notar alterações. Um exame de urina (urianálise) costuma ser solicitado para identificar a presença de infecção.
Consiste em coletar a urina durante a micção. Apesar de simples, essa técnica pode gerar resultados imprecisos devido à contaminação da amostra com bactérias externas.
Trata-se de uma coleta direta da urina da bexiga com o uso de uma agulha guiada por ultrassom. É um método mais preciso e estéril, útil para descartar infecções urinárias e avaliar a origem da infecção.
Permite identificar o tipo de bactéria presente e indicar o antibiótico mais adequado para o tratamento.
O tratamento mais comum envolve o uso de antibióticos prescritos após a identificação da bactéria causadora. O medicamento deve ser administrado conforme orientação do veterinário.
Manter a área da vulva limpa e seca é essencial, especialmente em cães com dobras de pele. O uso de lenços umedecidos com clorexidina pode ajudar a controlar a proliferação de bactérias.
Cadelas com vulva encapuzada podem se beneficiar de um procedimento chamado vulvoplastia, que remove o excesso de pele ao redor da vulva. Esse tipo de intervenção só deve ser feito após o completo desenvolvimento físico do animal.
Infelizmente, sim. Principalmente em filhotes, a vaginite pode ser recorrente, mesmo com o uso correto de antibióticos. Em muitos casos, o problema se resolve naturalmente após o primeiro cio, mas o acompanhamento veterinário é fundamental.
Se a infecção persistir, uma nova avaliação com cistocentese pode ser indicada para garantir um diagnóstico mais preciso e evitar tratamentos desnecessários.
Mantenha a higiene da região genital
Controle o peso do animal
Evite ambientes sujos e úmidos
Limpe diariamente as dobras de pele
Realize check-ups regulares com o veterinário
A vaginite em cadelas é uma condição relativamente comum, especialmente em filhotes, e requer atenção aos sinais clínicos. Embora possa ser frustrante lidar com infecções recorrentes, o diagnóstico correto e o tratamento adequado costumam garantir a saúde e o bem-estar da sua pet. Ao menor sinal de alteração no comportamento urinário ou irritação na região íntima, não hesite em procurar um veterinário.
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