Veneno de abelhas destrói células de câncer de mama agressivo em estudo promissor

Descoberta feita por cientistas australianos revela potencial terapêutico contra os tipos mais difíceis de tratar

Pesquisadores australianos revelaram uma descoberta surpreendente: o veneno de abelhas foi capaz de destruir células de câncer de mama altamente agressivas em testes laboratoriais. O estudo, conduzido por cientistas do Instituto Harry Perkins de Pesquisa Médica, na Austrália Ocidental, apontou que um composto presente no veneno, chamado melitina, tem uma atuação direta e potente contra tumores do tipo triplo-negativo e HER2 positivo, ambos de difícil tratamento.

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Como o veneno age nas células cancerígenas?

A pesquisa, publicada na revista científica Nature Precision Oncology, analisou os efeitos do veneno de mais de 300 abelhas e zangões. Os testes demonstraram que, em determinadas concentrações, o veneno conseguiu eliminar células cancerígenas em apenas uma hora, causando poucos danos às células saudáveis ao redor.

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Segundo a pesquisadora Ciara Duffy, de 25 anos, que liderou o estudo, os extratos de abelha apresentaram uma atuação “extremamente potente”. A substância melitina, principal componente bioativo do veneno, também se mostrou eficaz de forma isolada, interrompendo as vias de sinalização celular que promovem o crescimento tumoral.

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Além disso, os cientistas destacaram que a melitina pode ser produzida sinteticamente, o que amplia as possibilidades de aplicação clínica no futuro.

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Câncer de mama triplo-negativo: um dos mais desafiadores

O câncer de mama triplo-negativo representa de 10% a 15% dos casos de câncer de mama e é conhecido por sua agressividade e resistência aos tratamentos convencionais. Atualmente, as principais abordagens para esse tipo de câncer incluem cirurgia, quimioterapia e radioterapia, mas os resultados ainda são limitados.

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A descoberta do potencial terapêutico do veneno de abelha oferece uma nova esperança para pacientes diagnosticadas com esse tipo de tumor, que até o momento conta com poucas opções de tratamento específicas.

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Um passo promissor, mas ainda distante da prática clínica

Apesar da empolgação em torno do estudo, os próprios pesquisadores ressaltam que a descoberta ainda está em estágio inicial. O professor Peter Klinken, cientista-chefe da Austrália Ocidental, descreveu a pesquisa como “incrivelmente emocionante”, destacando a importância de se explorar compostos naturais no combate a doenças humanas.

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— Este estudo demonstra como a melitina interfere em vias essenciais da célula cancerígena, reduzindo sua capacidade de replicação — explicou Klinken.

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Por outro lado, especialistas independentes recomendam cautela. O professor associado Alex Swarbrick, do Instituto Garvan de Pesquisa Médica, em Sydney, afirmou que muitos compostos funcionam bem em ambiente laboratorial ou em modelos animais, mas poucos se transformam em tratamentos viáveis para seres humanos.

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— Ainda há um longo caminho até que essa descoberta leve a mudanças na prática clínica — afirmou Swarbrick em entrevista à BBC.

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O que vem a seguir?

A próxima etapa dos pesquisadores é conduzir estudos mais amplos para verificar a segurança, eficácia e viabilidade da aplicação do veneno e da melitina em ensaios clínicos com humanos. Além disso, será necessário desenvolver formas de administrar o composto de forma segura e controlada no organismo, evitando efeitos colaterais indesejados.

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Enquanto isso, a pesquisa se soma ao crescente número de investigações científicas que buscam em substâncias naturais, como venenos, plantas e micro-organismos, novas alternativas para o tratamento de doenças complexas como o câncer.

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Com informações: BBC

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