Adorável cachorrinho fica apavorado com o próprio soluço

Este filhote de cachorro teve soluço pela primeira vez e ficou apavorado com a sensação.

Soluços provocam sensações incômodas e desagradáveis. A condição atrapalha o fluxo respiratório e compromete a capacidade de engolir, mas raramente leva a prejuízos mais sérios e permanentes. Este cachorrinho ficou apavorado ao experimentar o soluço pela primeira vez.

Buck é um boiadeiro australiano (heeler). Quando ele tinha apenas oito semanas, sofreu a primeira crise de soluços – pelo menos, a primeira depois de ter sido afastado da mãe e do leite disponível 24 horas por dia. É possível que a cachorra soubesse o que fazer para afastar a dificuldade.

Buck e os soluços

O cachorrinho ainda se parecia com um bicho de pelúcia, com o pelo lanoso e espesso que protege os boiadeiros australianos no comecinho da vida. Quando ele sofreu com os soluços, o tutor, Matthew Kennelly, gravou a cena.

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Apesar do incômodo e do susto, a gravação é muito divertida. A reação de Buck é adorável. Inicialmente, ele tenta ficar quietinho, para ver se os soluços vão embora – nem é preciso dizer que o “método” falhou redondamente,

Em seguida, o cachorrinho tenta morder os soluços que escapam pela sua boca. A nova estratégia também não funciona e, então, Buck parte para um ataque total: ele se agita, late e chega a rosnar, tentando se livrar do desconforto.

O tutor de Buck legendou o vídeo, postado em seu canal do Youtube: “O que são essas coisas dentro de mim? Eu vou assustá-las”, escreve Matthew, tentando traduzir o pensamento confuso do cachorrinho.

Todas as tentativas de Buck falharam – os soluços não têm curas infalíveis. Não deu resultado positivo nem mesmo o ataque agressivo, uma forma canina bastante eficiente para se livrar de inimigos, ameaças e outras chateações.

Por fim, o cachorro olha assustado para trás, tentando encontrar o motivo dos soluços – ou o responsável pela sensação estranha e desagradável. Mas não tem ninguém atrás dele. O filhote, então, parece se resignar com a situação: ele apenas solta um gemido desolado e deita-se no banco estofado.

Certamente, ninguém quer ver a aflição e a agonia destes adoráveis peludos. Mas os soluços, apesar de muito incômodos, são benignos e desaparecem naturalmente, sem ser necessário tomar nenhuma providência.

Observar Buck tentando se livrar dos soluços com as armas que possui: latidos, rosnados e mordidas acaba sendo divertido. O vídeo foi compartilhado milhões de vezes e reproduzido nas páginas de jornais britânicos, como o Metro e o Today.

Soluços em cachorros

O soluço – em humanos, cães e outros mamíferos – é provocado por contrações espasmódicas do diafragma, um músculo entre a caixa torácica e a cavidade abdominal. Essas contrações são involuntárias e o mecanismo ainda não é totalmente conhecido.

Na prática, o que acontece é que o diafragma – que sobe e desce à medida que inspiramos e expiramos o ar – fica por alguns momentos em descompasso com as vias aéreas: comparando com uma orquestra, o diafragma começa a “tocar o instrumento” em ritmo diferente.

Isto provoca as interrupções curtas na respiração, causando sons característicos e irritantes. Nos cachorros, apesar de as causas não serem conhecidas, o soluço é mais comum entre os animais de raças braquicefálicas – os cachorros de focinho amassado. Além deles, os chihuahuas, pinschers miniaturas e golden retrievers também costumam apresentar soluços.

O soluço também é mais frequente entre os filhotes. Quase nunca, este sintoma representa algo distúrbio sério. Por isso, quando ele ocorre apenas esporadicamente e desaparece em poucos minutos, os tutores não precisam tomar nenhuma providência especial.

Quando os cães atingem a adolescência (sim, eles também se tornam adolescentes, inclusive com crises de negação da autoridade), por volta dos oito meses, os soluços tendem a desaparecer. Nesta etapa, a gulodice costuma ceder à moderação e a curiosidade, a um planejamento melhor nas interações com o ambiente (e com outros seres vivos).

Os principais motivos para os soluços em cães são os seguintes:

  • sensação de frio;
  • ingestão muito rápida de água e/ou comida;
  • nervosismo;
  • estresse;
  • medo;
  • excitação.

Em todas essas ocasiões, o soluço desaparece da mesma maneira como surgiu, em poucos minutos. É difícil encontrar técnicas para controlar o problema. Manter os filhotes aquecidos e evitar a solidão e o isolamento, que podem gerar estresse e ansiedade, são algumas táticas possíveis, mas todos os cães merecem esses cuidados.

Mas, por exemplo, beber água, que interrompe por alguns segundos a passagem de ar da laringe para a traqueia, um truque comum entre os humanos, não costuma fazer efeito com os cães, porque é difícil convencê-los a beber quando não estão com sede.

A melhor solução (com a desculpa pelo trocadilho) é esperar o soluço passar, oferecendo suporte emocional caso o cachorro se sinta assustado, como Buck. A maioria dos cães, no entanto, não tem reações notáveis.

Veja o vídeo do cachorrinho soluçando:

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