Cão farejador Freddie havia sido chutado durante inspeção de bagagem e precisou de atendimento veterinário
O beagle Freddie, um cão farejador da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP), retornou ao seu posto no Aeroporto Internacional de Dulles, na Virgínia, após duas semanas de recuperação. O K9, que atua na detecção de alimentos e produtos agrícolas ilegais, foi agredido por um passageiro durante uma inspeção de bagagem no dia 24 de junho.
Agressão ocorreu após alerta de bagagem suspeita
Freddie, de 5 anos, alertou sua treinadora, a especialista em agricultura Melissa Snyder, sobre uma mala suspeita na área de retirada de bagagens. O item pertencia ao cidadão egípcio Hamed Aly Marie, de 70 anos, que havia desembarcado no voo 981 da EgyptAir junto com a esposa.
Segundo informações da CBP divulgadas pela CBS News, ao ser questionado sobre o conteúdo da mala, Marie desferiu um chute intencional no lado direito das costelas do cão. A agressão foi tão forte que chegou a levantar o animal do chão, provocando hematomas e uma contusão.
Freddie foi atendido de emergência e passageiro preso
O beagle foi imediatamente levado para um pronto-socorro veterinário, enquanto Marie foi detido por agentes da CBP e entregue ao Departamento de Investigação da Segurança Interna. A mala do passageiro continha mais de 45 quilos de produtos agrícolas proibidos de entrar nos Estados Unidos.
No dia seguinte ao incidente, Hamed Aly Marie se declarou culpado de uma acusação criminal federal de agressão maliciosa contra um animal policial. Ele foi condenado à pena já cumprida e concordou em pagar US$ 840 pelos custos do tratamento veterinário de Freddie. O homem foi deportado e retornou ao Egito em 26 de junho.
Cão farejador é peça-chave na proteção agrícola dos EUA
Freddie é um cão resgatado que há quase dois anos atua no programa de segurança agrícola da CBP. Seu trabalho consiste em farejar alimentos e produtos vegetais que representam risco à indústria agrícola norte-americana, por poderem introduzir pragas e doenças.
De acordo com Melissa Snyder, para Freddie o trabalho se assemelha a uma brincadeira. “Ele acha que estamos brincando de esconde-esconde e adora. Para ele, é a melhor brincadeira do mundo, porque ele ganha guloseimas”, contou a treinadora à CBS News.
Beagles são ideais para o ambiente aeroportuário
Além do faro apurado, beagles como Freddie são preferidos para o trabalho em aeroportos por parecerem menos ameaçadores do que cães maiores. Isso contribui para um ambiente mais calmo e acolhedor, tanto para passageiros quanto para os agentes.
Durante sua atuação na CBP, Freddie já detectou cerca de 4.500 libras de produtos vegetais e 3.800 libras de carne, incluindo 140 libras de carnes exóticas como de ratos, cobras, camelos e crocodilos.
Agora totalmente recuperado, Freddie retorna à ativa com o mesmo entusiasmo — e pronto para continuar protegendo a agricultura dos Estados Unidos com seu faro aguçado e energia contagiante.
