Cachorra agredida durante tosa em pet shop: a verdade só veio com as câmeras

Denúncia partiu do próprio dono do pet shop

Uma cadela da raça Shih Tzu foi vítima de agressão durante um procedimento de banho e tosa em um pet shop localizado em Aparecida de Goiânia, Goiás. O caso veio à tona após o próprio dono do estabelecimento registrar boletim de ocorrência e entregar imagens das câmeras de segurança que mostram o momento em que o animal é violentamente agredido por um funcionário freelancer.

O crime ocorreu no sábado, 7 de junho, quando o proprietário, por conta de um compromisso pessoal, contratou um profissional terceirizado para realizar os atendimentos do dia.

Versão de “acidente” foi desmentida por imagens de vídeo

Segundo o boletim de ocorrência registrado no dia 10, o tutor do pet shop foi informado por uma veterinária da clínica sobre um suposto “acidente” durante o banho e tosa. O funcionário relatou que a Shih Tzu havia sofrido um trauma no olho direito ao ser atingida, acidentalmente, por uma rasqueadeira — instrumento utilizado para pentear os pelos dos animais.

Ela levou a cadelinha para tosa... e recebeu de volta com o olho ferido
Ela levou a cadelinha para tosa… e recebeu de volta com o olho ferido – Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Seguindo o protocolo, o proprietário determinou que toda assistência médica fosse oferecida de imediato à cadela, que foi devolvida à tutora ainda no mesmo dia, com a justificativa de que tudo não passava de um incidente.

No entanto, ao notar a gravidade da lesão, a avó da tutora solicitou as filmagens de segurança do estabelecimento. A gravação revelou um cenário completamente diferente: o funcionário bateu diversas vezes com a máquina de tosa na cabeça da cachorra e ainda deu um tapa forte em suas costelas, configurando claros sinais de maus-tratos.

Agressor admitiu nervosismo, mas não justificou o comportamento

Com as provas em mãos, o dono do pet shop tentou localizar o agressor ao longo do dia. O funcionário foi encontrado somente à noite em sua residência. Questionado, limitou-se a dizer que estava “um pouco nervoso” no momento do atendimento, sem apresentar explicações para a conduta violenta.

Polícia investiga o caso e perícia confirma agressões

O delegado Henrique Berocan, responsável pelo caso, informou que todas as medidas foram adotadas imediatamente após o registro da denúncia. “Foram coletadas as provas, realizado o laudo pericial e analisadas as imagens do circuito interno. Já ouvimos a tutora da cadela e os donos do estabelecimento. O suspeito será ouvido nesta quarta-feira, 11”, afirmou ao portal Terra.

Cachorra agredida durante tosa em pet shop: a verdade só veio com as câmeras
O que as câmeras de um pet shop revelaram chocou até o dono: veja – Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A perícia realizada no animal confirmou os ferimentos compatíveis com as imagens gravadas, fortalecendo as suspeitas de agressão intencional.

Pet shop se pronuncia e reafirma compromisso com a ética

Em nota oficial divulgada nas redes sociais, o estabelecimento declarou repúdio ao ocorrido e afirmou que o agressor não faz parte da equipe fixa da empresa. O pet shop também afirmou ter prestado todo o atendimento necessário à cadela e registrado um boletim de ocorrência com entrega das imagens à polícia.

Confira os principais pontos da nota:

  • Atendimento veterinário e medicação imediata à cadela;

  • Comunicação aos tutores sobre o ocorrido;

  • Abertura de boletim de ocorrência com envio das imagens;

  • Apoio contínuo à família da tutora;

  • Reforço nos protocolos de supervisão e segurança;

  • Esclarecimento de que o agressor era freelancer e não representa a equipe.

A empresa, com mais de 12 anos de atuação, lamentou profundamente o ocorrido, pediu que os demais profissionais não fossem julgados injustamente, e reafirmou seu compromisso com a proteção dos animais.

Maus-tratos a animais é crime

De acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), maus-tratos contra animais é crime e pode resultar em pena de dois a cinco anos de reclusão, além de multa. O agravante, no caso, se dá pelo fato de o animal estar sob responsabilidade do estabelecimento e do agressor.

Com informações: terra

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