Ela encontrou o gatinho órfão no passeio. A cachorra adotou-o e não o deixa por nada.
Um border collie fêmea chamado Bunny costuma passear todos os dias com a tutora, Heather Mostardi. Em uma das suas caminhadas mais recentes, a cachorra encontrou um gatinho órfão perdido no meio do caminho, em condições deprimentes. Mas Bunny sabia o que fazer.
A cachorra deixou claro para Heather que as duas não podiam deixar o filhote sozinho, exposto a todos os perigos das ruas. A tutora tentou seguir o trajeto costumeiro, mas o border collie insistiu em recolher o órfão, que acabou sendo levado para casa.
Como cães e gatos
Era uma manhã como tantas outras, quando Heather pegou a coleira e as chaves da casa, sinais inequívocos, para Bunny, de que havia chegado uma das horas mais esperadas do dia: a do passeio. Desde filhote, ela costuma passear diariamente com a tutora e esse ritual doméstico reforçou ainda mais os elos entre a humana e a cachorra.
No trajeto, Bunny começou a farejar: ela sabia que alguma coisa estava diferente no ambiente, ela podia sentir no ar. A cachorra investigou cada cantinho da calçada, em busca da origem de odores muito diferentes, inéditos para ela.
Então, Heather e Bunny encontraram uma ninhada de gatinhos. Não havia sinais da mãe gata – normalmente, elas não se afastam muito dos filhotes, especialmente considerando-se que eles estavam expostos na rua.
Observando melhor, Heather percebeu que apenas um dos filhotes se mexia; os demais estavam mortos. Era uma gatinha malhada, que parecia ter perdido toda a família de uma só vez. É possível que os gatinhos fossem fruto de uma gravidez indesejada, e alguém simplesmente descartou as crias no passeio público. É uma situação irresponsável e cruel, mas, infelizmente, muito comum.
Bunny e Heather já dividiam a casa com outros três gatos. A tutora sabia que, para garantir um mínimo de chances para a gatinha órfã, ela precisaria tirar o filhote de lá com urgência. Com um pouco de sorte, os bichanos da família saberiam o que fazer com ela.
Um bebê entre nós
Em pouco tempo, a gatinha órfã, devidamente batizada como Otter Pop, já estava se aquecendo em uma toalha macia. Á falta de leite materno, Heather preparou uma fórmula especial, que já tinha alimentado um dos seus gatos.
Aquecida e com a barriga cheia, Otter Pop adormeceu em segurança, na nova casa que obteve por mero acaso – ou, melhor dizendo, graças ao olfato apurado de Bunny. A border collie se responsabilizou pela segurança e bem-estar do filhote órfão, permanecendo ao lado para qualquer eventualidade.
Na primeira tarde, Bunny permaneceu ao lado da gatinha durante todo o tempo. Ele não se incomodou quando os gatos da casa vieram investigar a “nova aquisição da família”, mas assumiu a postura de guardiã da órfã encontrada durante o passeio.
Algumas horas depois, Otter Pop, que ainda não havia aberto os olhos para o mundo, acordou e começou a tatear ao redor, talvez em busca da mãe gata. Heather sabia que a border collie não faria mal nenhum, mas ficou atenta para os movimentos da cachorra.
Bunny pareceu um pouco alarmada quando a gatinha se aproximou, talvez interessada no calor proporcionado pela pelagem da cachorra. Mas ela não esboçou nenhum gesto agressivo, permitindo que Otter Pop se aconchegasse.
A gatinha adormeceu ao lado da mãe improvisada. É comum observar fêmeas de mamíferos adotarem filhotes órfãos, fato que se torna um pouco mais raro quando se trata de espécies diferentes. Algumas cadelas, no entanto, chegam mesmo a produzir leite – o que seria impossível para Bunny, porque ela já havia sido castrada.
Heather não tardou a filmar a dupla improvável e postar as imagens nas redes sociais. Para acompanhar as primeiras fotos, a tutora legendou: “Acho que isso significa que a gatinha adotou o cachorro: aqui eles estão se aconchegando”.
Desde então, Bunny vem garantindo a segurança e a tranquilidade de Otter Pop. Além de aquecer a gatinha e vigiar atentamente os seus passos, a border collie também é a responsável pela higiene da órfã – e não se cansa de lambê-la. A gatinha está se desenvolvendo de forma adequada.
Por seu lado, Heather havia decidido que manteria Otter Pop em casa até que terminasse a fase mais delicada – o aleitamento com fórmulas especiais, ministradas a cada duas horas. No