Cachorrinho luta por sua vida depois de ser jogado em um enorme lixão

Foi bem difícil encontrar o cachorrinho no meio do lixão, mas ele foi resgatado e adotado.

Um cachorro ainda filhote, encontrado em um lixão, é mais uma prova de que a maioria dos humanos encara os animais de estimação como “coisas”. No caso, o peludinho foi visto como um traste inútil e abandonado como um objeto velho, desgastado e sem serventia.

Era difícil identificar o cachorrinho no meio do material descartado. Com pelagem lanosa e cheia, o peludo realmente se parece com um bicho de pelúcia, mas é um ser vivo em que algum irresponsável não conseguiu enxergar dignidade.

Veja também: Cães são “coisa” ou “gente”?

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O bichinho estava lutando pela vida, sem que ninguém percebesse. O cachorrinho deve ter passado horas, talvez dias, comendo restos e matando a sede com água suja empoçada nas últimas chuvas.

Resgate e adoção

Uma equipe de controle de zoonoses foi informada de que um cachorro ainda filhote estava tentando sobreviver no depósito de lixo improvisado. Na maioria das grandes cidades, alguns pontos são transformados em locais de descarte e recebem materiais indesejados. No caso, o “material” tinha vida.

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Quando os resgatadores se deslocaram para atender a chamada, inicialmente eles só conseguiram divisar um imenso amontoado de lixo, uma verdadeira montanha, ao pé da qual uma criaturazinha lutava para ser notada.

No local do atendimento, um pretenso aterro sanitário, o lixo cobria toda a área, até onde a vista conseguia alcançar. No meio de tanta sujeira, havia um cãozinho, cujo antigo dono não teve vergonha de se desfazer.

Os resgatadores encontraram o cachorrinho totalmente desorientado, muito sujo e já sem forças. Ele estava desidratado e desnutrido, quase “submerso” sob os sacos de lixo, móveis quebrados e restos de comida.

As ruas não são locais ideais para cães e gatos. Os perigos são inúmeros. Além dos riscos de doenças e traumas por quedas e atropelamentos, os peludos também se envolvem em brigas com outros animais, na luta pela sobrevivência.

Certamente, se não fosse socorrido a tempo, o cãozinho teria morrido. A equipe conseguiu encontrá-lo a tempo. O animal estava deitado sobre os escombros, talvez já conformado com o abandono e o sofrimento.

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Mesmo assim, os resgatadores conseguiram vislumbrar um brilho nos olhos do filhote. Ele estava muito sujo, sem forças para se mexer e interagir com a equipe, mas uma esperança reacendeu quando viu que alguém estava lá por ele.

Já no colo de um dos resgatadores, o cachorrinho foi limpo superficialmente e recebeu água – a primeira água limpa que ele via em muitas horas ou dias. Ele foi rapidamente levado ao consultório médico.

Por sorte, os exames não indicaram nenhum comprometimento mais sério. A saúde estava estável e não havia ferimentos na pele. Apesar dos muitos carrapatos e pulgas que o infestavam, ele não revelou nenhuma doença mais grave.

O filhote recebeu suplementos de vitaminas e minerais, porque o médico constatou que ele estava abaixo do peso esperado para um cachorrinho de três ou quatro meses. Ele também foi vacinado e vermifugado, para se desenvolver forte e saudável.

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Depois de algumas semanas no abrigo, o cachorrinho foi considerado apto para adoção. Entre os poucos visitantes que são atraídos, especialmente em época de isolamento social, uma família viu o “cachorrinho do lixão” a foi amor à primeira vista.

O filhote, já com as forças físicas recuperadas, foi finalmente adotado e levado para um lar amoroso e responsável. Ele ainda precisa de um tempinho para recuperar a autoestima e o equilíbrio psicológico, mas tem tudo para dar muito amor, brincadeiras e artes para os novos tutores. Uma história com final feliz.

Os motivos

É importante lembrar que cães e gatos foram retirados da natureza pelos humanos. Quando viviam nos bosques e campos, eles eram dotados de estratégias de sobrevivência, mas, trazidos ao nosso convívio, eles se tornaram totalmente dependentes da nossa atuação.

Está em nossas mãos garantir que os cachorros e gatos consigam crescer, desenvolver-se física e psicologicamente e transformar-se em verdadeiras usinas de alegria e amor.

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No entanto, muitos animais são simplesmente descartados. Eles não se encaixam mais ao estilo de vida dos tutores – a casa ficou pequena, um bebê chegou na família, os salários são suficientes para as despesas, ou o animal é muito arisco, agressivo ou bravo.

Em alguns casos, tutores irresponsáveis permitem que os animais circulem livremente e não tomam nenhuma medida para evitar gestações indesejadas. Em poucas semanas, nascem muitos filhotes, que são “jogados fora”, para resolver o problema.

Depois das festas de fim de ano, cresce o número de cães e gatos abandonados nas ruas e lixões. Muitas pessoas “dão” um animal de estimação, sem verificar se o presenteado tem condições para mantê-lo. Por isso, muitos peludos acabam sozinhos.

Certamente, existem muitas situações em que não é possível cuidar de um cachorro ou gato. Mas, mesmo nesses casos, o que se deve fazer é providenciar um novo lar para eles, ou pelo menos entregá-los para um abrigo. Vidas não podem ser jogadas fora.

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