Cachorro escolhe um gatinho para adotar no abrigo

Um cachorro imenso foi levado ao abrigo para escolher o novo amigo de brincadeiras: um gatinho.

Raven é um tamaskan. Esta é uma raça canina de grande porte, desenvolvida na Finlândia, a partir dos anos 1980, com cruzamentos seletivos entre huskies siberianos, malamutes do Alasca e pastores alemães.

Apesar da aparência selvagem – o tamaskan é muito parecido com um lobo –, Raven é muito gentil. Prova disso é que, quando a tutora decidiu escolher um companheiro de brincadeiras para o cachorro, ele foi levado ao abrigo e se apaixonou por um gatinho.

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A escolha de Raven

O tamaskan é ainda um filhote. Ele mora em Lubbock, no Texas (sul dos EUA), com a tutora Christina, que sempre acreditou ser possível viver com cães e gatos – mesmo quando o cachorro é imenso. A tutora não quis que o sobrenome fosse publicado.

Certo dia, Raven foi levado ao abrigo da cidade, onde foi apresentado a quatro gatinhos. Alguns não mostraram interesse, um terceiro deve ter considerado que o tamaskan é muito “chicletinho” e um quarto atraiu toda a atenção de Raven.

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Foi um caso de amor à primeira vista. Woodhouse, um gatinho cinza listrado, interessou-se imediatamente pelo novo amigo. Christina percebeu a conexão e já começou a imaginar os dois pets crescendo juntos.

Woodhouse era apenas uma pequena bola de pelos e Raven, mesmo sendo ainda filhote, parecia ainda maior quando os dois foram colocados juntos. Mas o cachorrão soube ser gentil e cuidadoso com o novo amigo, que rapidamente se sentiu seguro com o novo guarda-costas improvisado.

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Christina fez questão de levar o cachorro ao abrigo para ajudar a escolher o novo membro da família porque, no final das contas, a dupla iria passar os próximos anos vivendo muito próximos. Nada mais justo do que permitir a Raven fazer parte da escolha.

Hoje em dia, o par é inseparável. Raven naturalmente cresceu muito mais do que Woodhouse, mas eles parecem não ter muita consciência do tamanho de cada um. Cão e gato fazem tudo juntos: brincam, comem e dormem.

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Woodhouse persegue Raven pela casa toda e é difícil não tropeçar neles quando se caminha pela casa. As brincadeiras são contínuas e, na hora do descanso, Woodhouse se acostumou a aninhar-se tranquilamente na pelagem de Raven.

Os dois já comemoraram alguns aniversários na mesma festa e  gostam muito de viajar no carro de Christina. Raven é mais bagunceiro e trapalhão, enquanto Woodhouse é mais arisco e calculista: os dois acabam se completando.

Cães e gatos podem ser amigos?

Algumas ligações, como a de Raven e Woodhouse, são instantâneas. A maioria, no entanto, depende de uma aproximação mais ou menos longa, que depende de muitas idas e vindas. Seja como for, não há nada que impeça cães e gatos de serem amigos.

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Normalmente, quando o cachorro é o irmão mais velho, a integração é mais rápida, apesar de haver maior necessidade de supervisão, porque o gatinho pode ser ferido pelos movimentos do cão. Os gatos adultos são mais reservados e desconfiados, mas a aproximação acontece em poucos dias, na maioria dos casos.

Os tutores podem tomar algumas providências para aumentar as chances de a amizade entre cães e gatos ser duradoura, saudável e alegre. Ao apresentar o novo gato ao cachorro, mantenha o peludo na coleira, pelo menos nos primeiros instantes. Se o gato for filhote, o ideal é segurá-lo nas mãos.

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O tutor não pode ficar tenso nem ansioso, porque os animais de estimação detectam esses estados e podem reproduzi-los; afinal, se o chefe está nervoso, deve haver motivos de sobra para também ficar nervoso.

Não deixe o cachorro ter acesso à caixa de areia. O gato tende a encarar a caixinha como “território particular” e pode ficar estressado com a proximidade do irmão. O cachorro, por seu lado, pode decidir comer as fezes do gato – e, nessas situações, quem se estressa são os tutores.

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Depois de alguns dias de convivência, o mais provável é que o cachorro simplesmente ignore a caixa de areia – não há nada interessante para pesquisar por lá. A “vigilância” da caixinha é uma tarefa para apenas os primeiros momentos, até que os dois matem a curiosidade.

Não permita que cão e gato tenham acesso à comida um do outro. Se houver comida disponível ao mesmo tempo para os dois, provavelmente eles irão disputar o alimento; além disso, os hábitos são diferentes.

O cachorro tende a devorar o prato em poucos instantes, enquanto o gato deixa a ração durante várias horas, alimentando-se aos poucos. O ideal é servir a ração em momentos diferentes do dia – e a tigela dos gatos deve ficar em local inacessível aos cachorros.

Os cachorros e os gatos podem se tornar excelentes amigos. A relação quase sempre exige um tempinho, ao contrário da dupla do Texas, mas os peludos se adaptam rapidamente às condições e passam a tolerar, respeitar e, com a convivência, gostar da companhia.

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