Cachorro pode comer melancia?

Afinal, cachorro pode comer melância? É uma das frutas mais seguras para os cachorros. Sim, eles podem comer melancia!

A melancia é uma excelente opção para variar os petiscos dos cachorros. Composta por mais de 90% de água, a fruta garante ótima hidratação. Isto traz benefícios na aparência, com uma pelagem mais bonita, mas principalmente para a saúde, com a regularização do trânsito intestinal. Cachorro pode e deve comer melancia.

A única questão a ser observada é retirar a casca e todas as sementes da melancia. A fruta apresenta baixo teor de frutose e isto impede picos de glicemia, que se traduzem nos cães (e nas nossas crianças também) como períodos de hiperatividade.

Cachorro pode comer melancia?

Os benefícios da melancia

Além de ajudar na hidratação corporal, a melancia tem vários benefícios comprovados. Entre eles, destacam-se os seguintes:

  • fortalece o sistema imunológico;
  • tem efeito diurético;
  • impede o depósito de gorduras nos vasos sanguíneos;
  • previne doenças cardiovasculares;
  • tem poucas calorias;
  • é uma boa fonte de energia.

A melancia pode ser oferecida para os cachorros como um agrado especial, como prêmio durante o adestramento e nas brincadeiras ao ar livre nos dias quentes, muito comuns no Brasil.

A fruta é uma boa fonte de cálcio, ferro, fósforo, magnésio, potássio e sódio. Com isso, a melancia colabora para reduzir deficiências nutricionais no organismo e reduz o risco de doenças respiratórias e cardiovasculares.

Entre os cachorros, o consumo regular – duas a três vezes por semana – está associado à prevenção do câncer. Os 92% de água presentes na fruta garante excelente hidratação, indicada especialmente para os cães que não gostam de beber água.

Cachorro pode comer melancia?

A melancia pode ser oferecida para cachorros atletas, especialmente depois dos treinos. Mas, mesmo para os animais menos ativos, a fruta é uma boa fonte de energia e pode ser oferecida depois do passeio diário: ela funciona como um suave suplemento energético natural.

Por outro lado, a melancia não contribui para a regeneração muscular. Apesar de ser fonte de cálcio, magnésio e fósforo, a fruta é pobre em proteínas, principal nutriente para a recuperação dos músculos. A melancia, portanto, não é indicada para a saúde dos músculos dos cachorros.

O efeito diurético aumenta o volume e reduz a alcalinidade da urina, fortalecendo o funcionamento do aparelho excretor, ajudando também a prevenir inflamações, infecções e oxidações nos rins, que podem levar à formação de cálculos renais.

A melancia fornece vitamina C e licopeno, substâncias antioxidantes que reduzem o risco de formação de tumores malignos. Esta ação antioxidante e anti-inflamatória também atua no combate a doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e infarto do miocárdio.

O licopeno estimula o desenvolvimento e manutenção dos ossos. Como a melancia também é fonte de cálcio, ela colabora para a boa saúde do esqueleto canino. Além disso, o licopeno evita a degradação do tecido ósseo, auxiliando no combate à osteopenia e osteoporose.

Substâncias como luteína, zeaxantina e vitamina A melhoram a visão e colaboram para proteger os olhos. O consumo regular de melancia ajuda a evitar doenças como glaucoma e catarata. Esta proteção é suplementada pelos betacarotenos, substâncias responsáveis pela cor vermelha da fruta.

Os carotenoides presentes na melancia agem impedindo a aterogênese – formação de placas de gordura que aderem às paredes dos vasos sanguíneos, provocando a formação de trombos e coágulos e o consequente entupimento das artérias.

Cada 100 gramas da fruta (duas fatias) fornecem apenas 33 quilocalorias. Esta quantia pode ser oferecida para cachorros de porte grande (ou de porte médio, com atividade física intensa), duas ou três vezes por semana.

Os pequenos podem ganhar três ou quatro pedacinhos de cada vez. A melancia não é contraindicada nem mesmo para os animais com diagnóstico de diabetes, mas, neste caso, a ingestão precisa ser reduzida.

Além de ser uma fruta “light” e do efeito diurético, a melancia é rica em arginina, um aminoácido que auxilia no combate à obesidade e ao sobrepeso. A melancia também pode entrar na dieta dos cães de meia idade (dos cinco aos sete anos), para prevenir a hipertensão arterial.

Na verdade, a melancia contém citrulina, substância que se transforma em arginina no organismo canino durante a digestão. Este aminoácido é fundamental para a síntese das proteínas e consequente queima de gorduras no processo.

Uma pesquisa da Universidade Texas A&M (EUA), publicada no The Journal of Nutrition, revelou que cobaias de laboratório, mesmo submetidos a dietas ricas em gorduras, tiveram redução de 60% da gordura corporal em 12 semanas, quando recebiam fontes de arginina, como a melancia e as oleaginosas (nozes, amêndoas, etc.).

A melancia não engorda: ao contrário, ela ajuda a emagrecer. Trata-se de uma fruta com baixo teor de gorduras e de colesterol, substância que formam o tecido adiposo no organismo. Os cachorros gulosos podem receber alguns pedaços, porque a fruta ajuda a prolongar a sensação de saciedade: a fome demora mais tempo para aparecer.

Os únicos riscos estão nos excessos: mais de 100 gramas da fruta fornecem licopeno demais, que pode causar náuseas, diarreia e desconforto abdominal. O exagero também pode disparar os níveis de potássio no organismo; isto pode gerar disritmias cardíacas leves.

Como oferecer melancia para cachorros

De acordo com o apresentado acima, a melancia substitui com inúmeras vantagens os petiscos industrializados e gordurosos, podendo substituí-los nos treinamentos e nas brincadeiras. Ela é indicada para manter a silhueta ideal dos cachorros, para os que apresenta baixo volume de urina e para alguns animais com reações alérgicas à fruta – isto é um fato bastante raro.

A fruta deve ser oferecida sem casca nem sementes. A casca apresenta algumas substâncias tóxicas para, enquanto as sementes podem causar redução do trânsito intestinal e até uma eventual obstrução do intestino.

É importante lembrar que os cães que recebem rações de qualidade já contam com uma dieta equilibrada e completa, sem nenhuma necessidade de suplementação, a menos que haja orientação do veterinário.

A melancia, assim como qualquer outro petisco, deve ser oferecida com moderação, em ocasiões especiais. Eventualmente, ela pode ser indicada em maiores quantidades, pelo médico, para cães com retenção urinária e algumas outras condições de saúde.

A melancia prolonga a sensação de saciedade, sendo útil para educar os cães gulosos, que passam boa parte do tempo procurando o que comer. Por outro lado, ela é pobre em proteínas – o principal nutriente dos cachorros – e o consumo excessivo pode desbalancear a nutrição diária.

Ofereça a fruta em pedaços compatíveis com o porte do cachorro. A faringe e o esôfago canino são projetados para deglutir porções grandes, mas os peludos gostam do “ato de apreensão”: abocanhar tudo de uma vez lembra a época das caçadas, mesmo para os cães que nunca caçaram na vida. Isto aumenta a sensação de bem-estar.

Sirva apenas frutas frescas. Se preferir, pode liquidificar a melancia, congelá-la e servir em forma de picolé. A melancia apresenta poucas fibras alimentares e batê-la no liquidificador não interfere nas propriedades nutricionais. Os pedaços desprezados devem ir para o lixo, porque o calor os fermenta com rapidez.

Os picolés podem ser batidos com água: isto aumenta a ingestão de líquidos. Coloque no congelador e deixe por algumas horas. Se preferir, faça o “sorvete” com água de coco, mas lembre-se de que o coco é muito gorduroso, não indicado para cães com tendência a ganhar peso. Morder os bocados gelados pode ser uma boa diversão para os peludos.

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