Desde o nascimento da irmã, esta cadela acompanha o desenvolvimento. As duas são as melhores amigas.
Willow é uma garotinha de cinco anos, que vive em Christchurch, cidade da ilha sul da Nova Zelândia. Desde o nascimento, ela é a melhor amiga de Peaches, uma cadela da raça buldogue inglês. As duas são inseparáveis.
Peaches acompanhou todo o desenvolvimento de Willow, desde antes do nascimento, quando a garota estava na barriga da mãe. Apesar de ser muito mimada, a cachorra nunca demonstrou ciúme da irmã mais nova.
Ao contrário, ela parece ter entendido que é a guardiã de Willow. Desde que o bebê foi levado para casa, a cachorra sempre está por perto. No início, ao pé do berço (e, às vezes, dentro dele com Willow). Os pais da garota registraram em vídeos e fotos toda a trajetória da dupla, que pode ser acompanhada na página Willow & Peaches, no Instagram.
Willow e Peaches
Quando Willow nasceu, Peaches tinha dois anos – já era, portanto, uma cachorra adulta. Mas, como os cães nunca deixam de ser crianças, ela se afeiçoou demais à jovem irmãzinha, desenvolvendo senso de dever e responsabilidade.
A buldogue acredita que é a responsável pela segurança, conforto e bem-estar de Willow – os pais são apenas coadjuvantes. Peaches acompanhou a garota quando ela começou a se firmar nas laterais do berço, quando se aventurou pelos tapetes do quarto, quando aprendeu a engatinhar.
Desde o nascimento, as duas amigas fazem tudo juntas. Peaches dorme com a irmã desde a primeira noite, velando para que ela tenha um sono tranquilo. A cachorra tolera os “afagos” de Willow, que muitas vezes se traduzem em puxões na orelha e no rabo. Com Peaches, Willow pode tudo, não tem nenhum limite.
Naturalmente, Willow se afeiçoou tremendamente à cadela. Ela costuma se aninhar com a irmã de quatro patas para dormir e, felizmente para a buldogue, já superou a fase dos puxões e apertos. Agora, a garota brinca e corre, enquanto a cadela a acompanha vigilante, mas divertindo-se muito em cada aventura.
Apesar de ter mais de 400 mil habitantes, Christchurch é uma cidade tranquila e segura. Desde que aprendeu a abrir a porta, Willow caminha pelo jardim, acompanhada pela amiga. Quando começou a ir à escola, no começo de 2020, Peaches ficava esperando o ônibus escolar – as duas, claro, eram vigiadas pelos pais da garotinha.
Mas o sossego das tardes em que a garota passa na escola durou muito pouco. A família aumentou com a chegada de Bansky, que se tornou parceiro das brincadeiras. Mas a predileção de Peaches continua sendo claramente por Willow.
Crianças e cachorros
Muitos tutores ficam apreensivos quando descobrem que um bebê está a caminho. A convivência de uma criancinha com um cachorro seria positiva e saudável? Apesar das muitas dúvidas, especialmente dos pais de primeira viagem, os especialistas dizem que sim, observados alguns cuidados de segurança e higiene.
O relacionamento entre crianças e pets é sempre muito intenso e quem convive com os dois sabe que é difícil separá-los. Mas a relação não é prejudicial a nenhum dos dois. Mesmo um peludo ciumento pode começar a aprender a dividir ao partilhar a casa e a família com um irmãozinho – e isto contribuirá positivamente para o equilíbrio emocional.
Mas, crianças alérgicas ou portadoras de problemas respiratórios podem conviver com cachorros? E, mesmo que sejam saudáveis, as crianças têm maturidade para respeitar o espaço dos peludos, sem encará-los apenas como um brinquedo?
O principal problema que os pais terão de enfrentar é a bagunça: crianças e cachorros são arteiros e desorganizados. A supervisão é muito importante, mas, com exceção do trabalho extra, não há dificuldades insuperáveis.
A presença de cães (e gatos) no ambiente fortalece o sistema imunológico das crianças pequenas e reduz os riscos de problemas respiratórios, como asma, rinite e dermatite crônica.
Os peludos também colaboram para o desenvolvimento cognitivo e emocional dos pequenos: vários estudos mostram que crianças que convivem com cachorros apresentam melhor memória e capacidade para resolver problemas.
A convivência também reduz o estresse e a ansiedade das crianças. Os cachorros são bons parceiros de brincadeiras, mas também são excelentes nos momentos de descanso. Acariciar um pet alivia e relaxa, contribuindo para reduzir os sintomas dos transtornos emocionais.
Crianças (e adultos) que convivem com cachorros são obrigadas a se exercitar. Os peludos correm, pulam, brincam e precisam passear diariamente. Tornar-se parceiro nessas atividades, além de melhorar o senso de responsabilidade, também previne (e combate) o sobrepeso e a obesidade.
Os cachorros também ensinam as crianças a serem mais solidárias e afetivas – eles são indicados inclusive como coadjuvantes no acompanhamento de autistas. Além disso, a companhia com os pets prepara os pequenos para aceitar e tolerar a convivência com outras pessoas, diferentes e até divergentes.
Os cachorros, evidentemente, também se beneficiam com a relação com crianças. Eles não ficam entediados por falta do que fazer, tornam-se mais responsáveis e menos agressivos ou territorialistas. Eles se divertem a valer, sem contraindicações (com raras exceções, determinadas por pediatras especializados).
Mas, se a brincadeira e o desenvolvimento físico e emocional são potencializados pela presença de um cão, a responsabilidade continua sendo dos adultos: pais, avós, tios, etc. É preciso supervisionar as atividades da dupla.
Por menor que seja, um cachorro pode machucar uma criança pequena – em uma mordidinha ou um movimento mais brusco. Em relação aos grandões, a atenção é ainda mais necessária, mas nada impede que um bebezinho seja o melhor amigo de um dogue alemão ou um fila brasileiro.