Este lulu da Pomerânia foi abandonado por não ser “vendável”, mas agora virou uma celebridade

Foi abandonado porque era grande demais, mas este lulu da Pomerânia é uma verdadeira celebridade.

Os seres humanos podem ser bastante cruéis com os seus melhores amigos. Bertram, um lulu da Pomerânia, sentiu isso na pele ao ser rejeitado ainda filhote. Ele foi considerado grande demais para a raça – e, portanto, não era vendável, não tinha valor comercial.

Mas o cãozinho deu a volta por cima, faz sucesso justamente por causa da beleza, tornou-se uma celebridade nas redes sociais e hoje os criadores devem estar bem arrependidos por ter desprezado esta joia rara.

A moda dos pequenos

Nos EUA, nos últimos anos, a moda canina são os animais extremamente pequenos, os chamados “pocket pets”. Quanto menor o porte, maior o sucesso do canil. Por causa disso, muitos criadores inescrupulosos abusam nos cruzamentos.

Em diversos canis, algumas práticas são verdadeiramente inescrupulosas. Por exemplo, utiliza-se um cão minúsculo, como um chihuahua, em acasalamentos com outra raça de pequeno porte. Nos acasalamentos seguintes, estes mestiços são cruzados com cães da raça que se quer “miniaturizar”.

Em poucas gerações, o resultado desejado é alcançado. São poodles do tamanho de yorkshires, teckels do tamanho de pinschers miniatura, lulus da Pomerânia do tamanho de malteses. Foi o que aconteceu com os pais e irmãos de Bertram.

O problema é que, nesses cruzamentos sucessivos, as cadelas matrizes acabam ficando extenuadas – elas chegam a gerar até quatro ninhadas por ano – e os filhotes obtidos, cada vez mais frágeis e propensos a doenças.

Os acasalamentos consanguíneos também são frequentes entre criadores inescrupulosos. A própria transmissão de caracteres recessivos (mas presentes no pai e na mãe) induz o resultado desejado. Além do porte minúsculo, outros canis buscam focinhos cada vez mais achatados, pelagens mais finas, etc.

Abandono e adoção

Bertram tinha cinco meses quando os criadores resolveram que ele “não prestava para ser vendido”. O cãozinho não tinha valor comercial e, considerado apenas como objeto e pelo valor de troca, ele estava dando despesas demais para o canil.

Por isso, o lulu da Pomerânia foi entregue a um abrigo em Tulsa, Oklahoma (centro-oeste dos EUA). Apesar dos excelentes serviços prestados, abrigos não são locais ideais para o crescimento de filhotes. Eles passam boa parte do tempo confinados em lugares estreitos e não recebem estímulos adequados para o desenvolvimento físico e emocional.

Felizmente, para sorte do lulu da Pomerânia “gigante”, uma artista plástica de Nova York (nordeste do país) viu as imagens do cãozinho. Ela estava procurando um animal de estimação e encontrou Bertram no Petfinder, o maior site de adoção da América do Norte.

No site, o cachorro ainda era apresentado como Jasper, o seu nome original. Kathy Grayson, candidata a adotante, sentiu que havia alguma coisa diferente nos olhos do cãozinho. Ela decidiu trazê-lo para casa imediatamente.

Kathy parece ser uma mulher bem decidida. Ele tomou um voo para Tulsa para encontrar Bertram. Ela disse ao site Bored Panda que “A busca foi uma aventura maravilhosa, excitante. O pessoal do abrigo ficou muito triste ao vê-lo partir, ele realmente havia cativado os tratadores.

Atualmente, Bertram vive em Nova York e vai todos os dias com a tutora para a galeria de arte que ela dirige. Em “The Hole”, o lulu da Pomerânia é mais uma das atrações, entre esculturas e pinturas. Mas o cachorrinho também pode ser conhecido virtualmente: celebridade no Instagram, ele é seguido por 440 mil internautas.

Na verdade, a tutora não pretendia fazer uma página pessoal para o lulu da Pomerânia. O cachorrinho apareceu acidentalmente em algumas fotos da galeria, quando ela estava preparando o site. Kathy diz: “Eu precisava mostrar os quadros, enquanto as pessoas só queriam saber do Bertram. Tive que fazer uma página com fotos só dele”.

Mais uma vez, o depoimento da tutora é comovente: “Adoro quando as pessoas vêm à galeria para ver o Bertie, ou quando trazem os seus pets para conhecê-lo. A galeria é aberta ao público, todos podem vir fazer um carinho nele”.

Kathy diz que o sucesso de Bertram – na galeria e nas redes sociais – não a surpreende: “Bertie é um cara maravilhoso e faz as pessoas felizes. A internet é feita para animais fofos, as pessoas precisam de um antídoto para essas maldades todas”.

Bertram realmente é um cãozinho fofo. A tutora garante que ele também é calmo, tranquilo, curioso e bobo. A pelagem castanha um pouco mais grossa difere dos cães da raça, mas quem se importaria com isso? Bertie é um cachorro lindo, que adora tirar fotos e conhecer novas pessoas. Quem poderia querer um pet melhor do que este?

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