Vendedor ambulante divide o pouco alimento que tem com o seu cãozinho

Nas ruas de Cáli, este ambulante faz questão de dividir o alimento com o cãozinho que o acompanha.

O mundo inteiro está enfrentando uma forte recessão econômica, causada pela pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia. Mesmo assim, este vendedor ambulante nem cogita de abandonar o seu melhor amigo. Ao contrário: ele faz questão de dividir o pouco alimento que tem com o cãozinho.

A cena foi flagrada nas ruas de Cáli, uma das maiores cidades da Colômbia. Um transeunte filmou as imagens e postou nas redes sociais. Milhões de internautas se comoveram com o episódio, que demonstra a amizade entre humanos e caninos e a solidariedade, que ainda existe apesar de tudo.

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O vídeo

Nas imagens, é possível ver um homem tentando ganhar a vida como vendedor ambulante. Ele está sentado em uma mureta na rua, com uma banca improvisada para exibir os seus produtos. E, enquanto os colombianos seguem apressados no seu dia a dia, ele aproveita para dividir o pouco alimento que tem com um cãozinho.

O peludo já deve estar acostumado com o seu humano, porque se debruça tranquilamente, sem demonstrar ansiedade nem medo, nas costas do ambulante. O vídeo impressiona também porque, a cada bocado que leva à boca, o tutor oferece uma quantia semelhante para o peludo.

O vídeo é um exemplo de generosidade e grandeza. Considerando as condições em que o homem vive (ou sobrevive), ele poderia pensar primeiramente na própria subsistência, deixando o cãozinho procurar restos e sobras para se alimentar.

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O amor, no entanto, é responsável por atitudes grandiosas. O ambulante divide o lanche com o peludo, que, em troca, oferece toda a alegria e lealdade que pode dar – e quem já conviveu com um cachorro sabe que a amizade canina é incondicional.

A dupla vive em Cáli, capital e maior cidade do Departamento do Vale do Cauca, no sudoeste da Colômbia. Esta metrópole já foi conhecida internacionalmente, na década de 1980, pelo tráfico de drogas, controlado pelos irmãos Rodriguez, que viviam na cidade e eram responsáveis pela circulação de 80% da cocaína colombiana.

A cidade foi pacificada e hoje 2,5 milhões de colombianos vivem e trabalham tranquilamente em Cáli. Entre eles, um vendedor ambulante que não tem muito a oferecer em termos de dinheiro, mas dá exemplos de amor e de amizade que comoveram milhões de internautas espalhados ao redor do globo.

Os cães e os pobres

Felizmente para muitos de nós, os cachorros não se importam com riqueza e status. Eles se afeiçoam aos humanos naturalmente e seguem-nos por toda a parte – não importa se a bordo de um iate ou em uma calçada fria.

Milhares de cães, inclusive, convivem com moradores em condição de rua e, apesar das dificuldades, eles não se importam com as privações. Ao contrário, tornam-se fiéis defensores dos tutores, guardando os poucos pertences e até mesmo aquecendo os seus humanos nas noites frias.

Muitos sem-teto, inclusive, se recusam a ir para abrigos que não aceitam a presença de cães. A situação está começando a ser revertida em algumas cidades brasileiras, mas ainda são poucos os locais que permitem a presença de moradores de rua junto com os seus peludos.

Por outro lado, dezenas de instituições e organizações não governamentais se esforçam para minimizar a situação dos moradores humanos e caninos das ruas. Eles distribuem alimentos (inclusive ração para cães e gatos), roupas e agasalhos, organizam espaços de convivência, oferecem opções de capacitação profissional, etc.

Em algumas cidades, as prefeituras incentivam a adoção de cães comunitários – animais que vivem nas ruas, mas recebem cuidados de moradores locais e até mesmo de empresas. Em outras, são instaladas casinhas para os peludos se acomodarem e escaparem do frio das noites de inverno.

Muitos grupos também instalam comedouros e bebedouros para os cães e gatos que vivem nas ruas. Desta forma, eles sempre encontram alimento disponível e água fresca para se refrescar e hidratar.

Alguns veterinários dedicam parte do seu tempo para atender cães que vivem nas ruas. A solidariedade existe, apesar de não ser muito divulgada. Existem muitas opções para quem quer ajudar cachorros, humanos e outros animais em dificuldades. Quanto mais pessoas estiverem envolvidas, mais rapidamente conseguiremos superar as desigualdades sociais.

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