A alimentação do pitbull

O pitbull é um cão forte e ativo. É preciso tomar alguns cuidados com a alimentação.

Qual a melhor alimentação para um pitbull? O pitbull é talvez o cão mais controverso e polêmico entre todas as raças caninas. Em pelo menos dois aspectos, no entanto, os criadores: este cachorro precisa se exercitar com intensidade e receber uma alimentação especial, que forneça os nutrientes necessários para tanta explosão de energia.

Os cães da raça são fortes, musculosos, ativos e cheios de energia. Ainda se discute muito sobre a ferocidade do pitbull – a raça foi selecionada entre diversos animais poderosos e violentos, para atuar em rinhas (“pit”, em inglês).

A alimentação do pitbull

A alimentação do pitbull

Desde o final do século 19, a raça vem sendo aprimorada para se tornar cada vez mais resistente, ágil e forte. Sem a alimentação adequada, no entanto, o pitbull pode apresentar um desenvolvimento ruim, com desenvolvimento osteomuscular aquém das possibilidades.

A nutrição adequada deve ter início logo que o pitbull é recebido na nova família. Os cães da raça crescem de forma acelerada no primeiro ano de vida, que é determinante para uma boa constituição anatômica.

Antes da adoção, o tutor precisa calcular o impacto nas despesas domésticas. O pitbull é um excelente companheiro, inteligente e muito devotado aos seus humanos, mas dá trabalho (como todos os filhos) e aumenta os custos da família.

Os filhotes precisam receber rações balanceadas, de preferência indicadas para a raça. O ideal é comprar os produtos “super premium” ou performance. Existem rações mais baratas, mas elas não suprem as necessidades nutricionais e comprometem o desenvolvimento físico dos cães.

Um veterinário pode ajudar a escolher a ração, mas a tarefa não é tão difícil. Basta verificar os rótulos. Para um pitbull em crescimento, a ração deve conter, em média, 20% de proteínas de origem animal de boa qualidade.

Alguns complementos da alimentação para pit bull

Os pitbulls também demandam gorduras, açúcares e os chamados micronutrientes (vitaminas e sais minerais), que podem ser fornecidos também a partir da ingestão de frutas, grãos, legumes e fibras vegetais. Um filhote pode receber diariamente uma cenoura (ou maçã, pera, banana, etc.), além de alguns petiscos industrializados.

Os tutores não podem exagerar, para não causar um excesso calórico na alimentação diária. O pitbull tende a ser guloso e, se receber biscoitos e bifinhos demais, poderá desenvolver sobrepeso e obesidade.

A alimentação do pitbull

Vale o mesmo para todas as variedades de batata e de abóbora. Os dois vegetais são excelentes fontes de carboidratos, mas não devem fazer parte da alimentação de um pitbull mais tranquilo e menos intenso.

Em pequenas quantidades, os pitbulls também podem receber nozes, amêndoas, castanhas de caju, amendoins, queijo e iogurte natural, que pode inclusive ser salpicado sobre a ração. Como todos os cães, eles precisam ficar longe dos chocolates, açúcar refinado, uvas frescas ou secas, abacate, alho e cebola, sementes de frutas, massa crua de pão, ossos naturais, café e todas as misturas com um ou mais desses ingredientes.

Os “extras” diários devem ser considerados como prêmios e recompensas (eles são muito úteis para o adestramento do pitbull e de qualquer outro cachorro), ou agrados em momentos especiais – depois de uma brincadeira ou uma caminhada mais intensa, por exemplo.

Se a ração for servida nas quantidades corretas, o pit bull já consegue absorver todos os nutrientes necessários, sem necessidade de suplementos. Mas um cachorro submetido a treinamentos atléticos pode necessitar de suplementação, assim como um atleta humano.

As necessidades nutricionais médias dos pitbulls são as seguintes:

  • proteínas de origem animal – 22% para os filhotes e 18% para os adultos saudáveis;
  • gorduras – 8% para os filhotes e 5% para os adultos saudáveis.

As rações indicadas para os cães da raça são, em maioria, formuladas com peças de carne suína ou bovina. As carnes de aves, de peixe ou de cordeiro são indicadas para os animais que apresentam problemas recorrentes na pelagem e na pele.

A quantidade correta de proteínas é muito importante para todos os cães, especialmente para os mais ativos, como é o caso do pitbull. Por isso, na hora de escolher o produto a ser oferecido, o teor de proteínas (que vem indicado nas embalagens) é o critério principal.

A proteína é responsável pela construção, desenvolvimento e reparação dos músculos, fortalece o sistema imunológico, contribui na formação de novas células da pele (inclusive pelos e unhas) e é também uma fonte direta de energia.

Com relação às gorduras totais, um filhote muito ativo pode precisar do dobro da indicada para os adultos saudáveis. Vale o mesmo cálculo para as cadelas grávidas e lactantes. Por outro lado, a partir dos sete anos de vida, a quantidade deve ser reduzida em 20%.

Ao atingir a meia idade (por volta dos sete anos), a ração ideal para o pitbull não é apenas menos rica em gorduras: é preciso encontrar produtos com teores baixos de cálcio e fósforo, minerais que podem provocar calcificações ósseas em cães geneticamente predispostos.

No entanto, tudo depende das atividades que o cachorro pratica no dia a dia. Muitos pitbulls se mantêm agitados durante a vida inteira e, nesses casos, a dieta precisa ser reforçada. O ideal é contar com a orientação de um veterinário.

Todos os estágios da vida do pitbull

Algumas rações de boa qualidade apresentam este rótulo: ”para todos os estágios da vida”. Parte dos produtos disponíveis no mercado é indicada para cães de porte médio, como o pitbull (e também o staffordshire terrier inglês e americano, o american bully e outros de estrutura semelhante).

A alimentação do pitbull

É importante considerar que estas rações são recomendadas para animais com atividade física apenas regular – e o pitbull exige exercícios mais intensos. Esta é inclusive uma das razões pelas quais a raça não é indicada para apartamentos e casas sem quintal.

Os cães da raça pit bull precisam de pelo menos um passeio diário de 40 minutos e algumas sessões de brincadeiras ao longo do dia. Do contrário, eles podem desenvolver hábitos agressivos, violentos ou destrutivos.

As rações indicadas para todos os estágios da vida podem ser boas opções para os pitbulls que precisam perder peso, para os portadores de algumas doenças crônicas que limitam a movimentação (como displasia de quadril) ou para períodos de convalescença (de traumas ou enfermidades agudas).

Antes de oferecer estas rações, é importante verificar também a oferta calórica. Alguns produtos apresentam teor reduzido de proteínas e elevado de gorduras. Se o animal não estiver se exercitando e começar a receber muitas calorias, ele certamente ganhará uns quilos extras.

A educação

Tudo depende, no entanto, da forma de criação do cachorro. O pitbull deve ser socializado desde filhote: ele precisa conhecer e interagir com estranhos (humanos e outros cães), como forma de atenuar a herança genética agressiva.

Bem educado, o pitbull quase sempre se revela um animal atlético: ele é o candidato ideal para a prática de esportes como agility, tração e corrida. Para tanto, ele deve receber rações balanceadas e equilibradas, que forneçam quantidades adequadas de proteínas e de alguns minerais específicos, como fósforo e cálcio.

Apesar da má fama, o pit bull pode se revelar uma excelente babá: o instinto guardião torna os cães da raça especialmente indicados para cuidar de crianças. E, mesmo sendo durão, ele não é um bom cão de guarda, uma vez que tende a ser amistoso com todos.

A agressividade fez com que a raça não tenha conseguido obter, até a atualidade, o reconhecimento de algumas entidades oficiais, como a AKC (American Kennel Club) e a FCI (Federação Cinológica Internacional).

Ele é reconhecido pela associação americana UKC (United Kennel Club), assim como a CBKC (Confederação Brasileira de Cinofilia), que mantém publicado o padrão oficial do pitbull. A raça, no entanto, faz parte do grupo 11 da CBKC, justamente o das raças não reconhecidas pela FCI, que também inclui o boerboel (sul-africano), o buldogue campeiro e o dogue brasileiro.

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