American pit bull terrier – Saiba tudo sobre a raça

Saiba tudo sobre o american pit bull terrier. Padrão, história e comportamento estão aqui.

O pitbull — mais acertadamente, o american pit bull terrier — é uma raça canina desenvolvida nos EUA a partir de terriers britânicos. Criada originalmente para lutas em rinhas de cães, a raça atualmente se destaca em exposições e competições esportivas.

Trata-se de um cão atleta, desenvolvido especificamente para companhia. O padrão na raça afirma que o pitbull não pode se mostrar agressivo em relação a seres humanos — por isto, não é um cachorro indicado para a guarda de patrimônio.

Nos EUA, ele ainda é utilizado para a caça — especificamente para a caça de javalis, espécie exótica que, introduzida na América, tem provocado alguns desequilíbrios ambientais.

A raça recebeu a herança genética dos cães de bull baitings (confrontos com touros), esportes sangrentos muito apreciados pelos britânicos. Uma prática sádica, na verdade, semelhante às rinhas de galos e até mesmo de peixes-beta.

Quando os esportes sangrentos — que sempre terminavam em morte — foram proibidos, os ingleses se voltaram para as lutas entre cachorros. O perdedor quase nunca morria, pelo menos no “pit”. Muitos morriam em decorrência dos ferimentos, ou eram sacrificados pelos donos “por terem perdido a luta”.

American pit bull terrier - Saiba tudo sobre a raça

O nome pit bull

A palavra “pit” é de origem inglesa e significa “fosso”. A partir do século 18, “fosso” passou a designar o local para brigas de cães com ursos, lobos , mais frequentemente, touros e outras raças caninas.

“Touro” é a segunda parte do nome (em inglês, “bull”). Bull-and-terriers e antigos buldogues ingleses são raças que foram desenvolvidas para lutar com touros nos “pits”. Evidentemente, os touros permaneciam amarrados durante os combates.

Os cachorros atacavam o focinho dos oponentes e impediam a respiração dos oponentes. Cansados, os touros acabavam se deitando e deixando o pescoço exposto, onde os buldogues aplicavam o “golpe de misericórdia”.

Os antigos bull-and-terriers continuaram sendo usados em lutas contra touros até 1835, quando as competições foram proibidas na Inglaterra e Escócia. Não há registros de lutas entre pitbulls e touros na América, mas os ianques se divertiram bastante assistindo combates entre cachorros.

O adjetivo “old” (antigo) é comum entre as raças caninas inglesas e isto tem um motivo simples.

Enquanto a Europa continental era devastada de áreas naturais, com o avanço da urbanização (que provocou, por exemplo, a extinção de bisões em ambientes naturais), as ilhas britânicas continuavam mantendo áreas selvagens.

Com o avanço da pecuária, foram criadas raças de cães para combater os “inimigos”: ursos, lobos, etc. Antigos pastores, além de cuidar dos rebanhos, também precisavam combater os invasores. Foi assim que surgiram os old english sheepdogs e os bull-and-terriers.

Um pouco de história do pitbull

O american pit bull terrier é um cão de porte médio do tipo terrier, grupo de cães desenvolvidos, inicialmente na Inglaterra e Escócia, para a caça de presas de pequeno porte. Estes cães são corajosos e persistentes, dotados de personalidade forte e cheia de energia.

A raça, desenvolvida nos EUA a partir do século 19, descende diretamente o bull and terrier inglês (já extinto), uma raça resultante do cruzamento entre antigos buldogues e antigos terriers ingleses. O bull and terrier foi criado para caça e combate nos chamados “esportes sangrentos”.

Alguns pesquisadores, no entanto, consideram que o pitbull é exatamente o mesmo antigo buldogue inglês, que perdeu a popularidade na Inglaterra quando as rinhas de luta entre cães foram proibidas pelo Parlamento, em 1835. Alguns cães teriam sido levados aos EUA, dando origem à nova raça.

O nome da raça já revela os motivos pelos quais ela foi criada: “pit” significa “fosso” e era o local em que os cães combatiam (entre si e com animais de outros espécies, como ursos); “bull” quer dizer “touro”.

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Conta a lenda que o bull baiting (combate a touros) surgiu no início do século 13, quando um nobre inglês soltou o seu cachorro contra dois touros, que disputavam a mesma fêmea. O cachorro derrubou um dos machos e afugentou o outro.

O esporte se tornou ainda mais popular no período da rainha Anne (1702-1707), quando ocorriam duas lutas semanais em Londres, no Hockley in The Hole, um estabelecimento no centro da capital inglesa.

Mesmo com a proibição, em 1835, os “esportes sangrentos” ainda se mantiveram populares na Inglaterra e Escócia. Nos bull baitings, os combates mais populares, os touros ficavam amarrados por uma corda longa no centro de uma arena e os cães tentavam mordê-los, enquanto tentavam evitar coices e chifradas. A luta terminava quando um cão conseguia imobilizar o touro (pela orelha ou pelo nariz).

As grandes arenas, no entanto, não podiam ser instaladas. Por isso, surgiram as rinhas (lutas entre dois ou mais cães) e os badger baitings (lutas com texugos). As rinhas eram mais fáceis de serem camufladas e escondidas das autoridades.

Os antigos buldogues foram os primeiros lutadores. Para conseguir animais mais ágeis, eles foram cruzados com antigos terriers. Os filhotes, chamados “bull and terrier”, eram extremamente fortes, mais ágeis e com grande resistência física.

Nas lutas, os bull and terriers demonstravam força, resistência, alta tolerância à dor, bravura, afeição e muito apego aos donos. Entre 1845 e 1850, uma crise econômica sem precedentes, no entanto, levou muitos ingleses, escoceses e irlandeses a migrar para os EUA. Alguns bull and terriers foram levados na bagagem.

Os cães europeus recém-chegados foram empregados na proteção contra animais selvagens, na caça a javalis, na proteção do gado e, principalmente, nas lutas. Estes cães deram origem ao pitbull, reconhecido como raça americana em 1898, pelo UKC, fundado nesse mesmo ano.

Os cães reconhecidos oficialmente progressivamente se especializaram nas rinhas. Nos anos 1920 e 1930, os esportes sangrentos se tornaram muito populares nos EUA. Foram organizadas competições locais, regionais e nacionais.

Apenas na década de 1970, as lutas entre cães foram finalmente proibidas nos EUA. O pitbull, no entanto, se mostrou um bom atleta, participando com sucesso em competições e exposições de obediência, faro, agility, schutzhund (verificação da aptidão para atividades policiais), tração, mergulho e pit gameness (competições de saltos, escaladas verticais e tração).

Reconhecimento da raça american pitbull terrier

Internacionalmente, a raça american pitbull terrier é reconhecida por entidades como Allianz Canine Worldwide e World Kennel Union, mas ainda não recebeu o reconhecimento da Federação Cinológica Internacional (FCI), principal órgão mundial de classificação de raças caninas.

A raça, reconhecida pela primeira vez em 1898 pelo United Kennel Club (UKC), está estabelecida nos EUA e em diversos países do mundo. No Brasil, o american pit bull terrier figura no grupo 11 da CKBC, das raças ainda não reconhecidas pela FCI.

Em terras brasileiras

Os primeiros pitbulls chegaram ao Brasil no final da década de 1970, no Rio Grande do Sul. Poucos anos depois, os primeiros exemplares desembarcaram no Rio de Janeiro. Em São Paulo, um exemplar batizado de Playboy foi importado apenas em 1986.

O american pitbull terrier, no entanto, chegou aqui como um cachorro violento. Muitos criadores adotaram cães da raça por serem fortes, resistentes e agressivos. Principalmente, por serem agressivos.

Nos anos 1990, foram geradas gerações de “cachorros bravos”, com um série quase ininterrupta de acidentes envolvendo pitbulls. Não há nenhuma evidência, no entanto, de que estes cães se envolvam em mais ataques contra seres humanos do que os de outras raças como rottweilers e dobermans.

Mas, se o american pit bull terrier não é um cachorro violento, o tutor dele pode ser. Diversas cidades brasileiras chegaram a adotar restrições contra a raça, exigindo focinheiras e guias curtas durante os passeios em áreas públicas.

A legislação deve ser respeitada, mas alguns criadores responsáveis decidiram ir além. Há mais de 20 anos, animais dóceis e afetuosos têm sido priorizados nos cruzamentos. A “fama de mau” continua, mas os pitbulls estão cada vez mais tranquilos e adoráveis.

Os ascendentes do american pit bull terrier

O american pit bull terrier é um cão de porte médio do tipo terrier, descendente direto do bull-and-terrier inglês, atualmente extinto, que, por sua vez, surgiu dos cruzamentos entre old english bulldogs e old english terriers.

O bull-and-terrier foi criado nas ilhas britânicas para caça e combate e geralmente é tido como único ancestral do pitbull. Alguns historiadores, no entanto, acreditam que a raça norte-americana tenha também recebido genes do alano espanhol.

Uma curiosidade: este “avô” ibérico é descendente dos alaunt, cães molossoides da Ásia central agora extintos, usados desde o século 1* EC como “cães de presa” (a linha de frente nas caçadas de ursos e grandes suídeos, geralmente mortos pelas presas no primeiro combate).

Os cães terriers foram desenvolvidos inicialmente para a caça de pequenos animais. São cães de porte pequeno ou médio porte (o simpático yorkshire, considerado “cachorro de colo”, faz parte do grupo).

O padrão da raça american pit bull terrier

Um padrão de raça é definido de acordo com o que se espera de cada tipo de cāo. Para receber pedigree, participar de competições e exposições, por exemplo, é necessário que o animal esteja conforme o padrão.

No país, os padrões são estabelecidos principalmente pela Associação Cinológica do Brasil (ACB) e pela Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC), seguindo as determinações do Federação Cinológica Internacional (FCI), sediada na Bélgica.

  • Nome: american pit bull terrier.
  • Data de publicação: 01.11.2008.
  • Utilização: companhia.
  • Classificação CKBC: grupo 11 – raças não reconhecidas pela FCI.
  • Prova de trabalho: não regulamentada.

Aparência geral

Cão de porte médio, atlético, de construção sólida, musculatura bem definida e pelagem curta. Corpo levemente mais longo que algo (as fêmeas podem ser ligeiramente mais longas). Comprimento das pernas dianteiras, medidas da ponta do cotovelo ao solo, igual à metade da altura do cão (na cernelha).

Cabeça de comprimento médio com crânio achatado e focinho largo e profundo. Orelhas de tamanho pequeno a médio, com inserção alta, podendo ser naturais ou cortadas. Cauda curta e com inserção baixa, grossa na base. Apresenta-se em todas as cores e marcações com exceção do merle (manchado sobre pelagem sólida ou bicolor).

A raça combina resistência e atletismo com agilidade e graça. Não deve ter aparência desajeitada, musculatura saliente, pernalta, nem com ossos salientes. O pitbull deve ter capacidade funcional de cāo de captura, com controle para derrubar a presa e respirar com facilidade. Equilíbrio e harmonia de todo o conjunto é uma característica fundamental.

Faltas muito sérias – qualquer característica desproporcional exagerada, que possa interferir na habilidade para o trabalho, como pernas curtas, ossos muito salientes ou cabeça e corpo volumosos.

Características do american pitbull terrier

Força, autoconfiança e entusiasmo. Excelente cão de companhia, notabilizado pela dedicação às crianças. Deve ser socializado d adestrado para obediência desde filhote, para reduzir a agressividade em relação a outros animais. É um dos melhores escaladores e com frequência usa os dentes para escalar uma cerca. O comportamento agressivo em relação aos seres humanos não é característico da raça e, portanto, é totalmente indesejável.

Cabeça

Grande e larga, transmitindo impressão de força e poder. Vista de frente, tem formato de uma cunha rústica e larga. De perfil, crânio e focinho são paralelos, unidos por stop bem definido e moderadamente profundo. Arcos supraorbitais bem definidos, mas não pronunciados.

Crânio largo, plano ou levemente arredondado, profundo e largo entre as orelhas. Visto de cima, o crânio vai de afinando levemente em direção ao stop. Músculos das bochechas proeminentes, mas sem rugas. Quando concentrado, formam-se rugas na testa.

Falta muito séria – cabeça excessivamente grande e pesada.

Focinho largo e profundo, com linha superior reta e afilamento suave do stop à trufa, com ligeira separação abaixo dos olhos. Focinho mais curto que o comprimento do crânio (proporção aproximará de dois por três). Mandíbula bem desenvolvida, larga e profunda. Lábios secos e bem ajustados.

Faltas sérias – focinho pontudo, comissuras labiais pendentes e mandíbula fraca.

Faltas muito sérias – focinho muito curto, que prejudique a capacidade respiratória.

Dentição completa, com dentes nivelados e brancos; mordedura em tesoura.

Falta séria – mordedura em torquês.

Faltas graves – mordedura com prognatismo ou enognatismo, tração da mandíbula, falta de dentes (com exceção de dente removido por veterinário).

Trufa grande, com narinas grandes e bem abertas, podendo apresentar qualquer cor.

Olhos de tamanho médio redondos ou amendoados, afastados entre si, profundos no crânio. Todas as cores são aceitáveis, com exceção do azul. A terceira pálpebra não pode ser aparente.

Faltas graves – olhos esbugalhados, heterocromia (olhos de cores diferentes) e olhos azuis.

Orelhas inseridas altas, podem ser operadas. Caso não sejam cortadas, orelhas semieretas ou em rosa são preferíveis. Não são aceitas orelhas pontiagudas nem deitadas.

Pescoço moderado e musculoso, com ligeira curvatura ou arco na crista. Vai de alargando gradualmente do crânio aos ombros. Pele deve ser bem ajustada.

Faltas – pescoço muito fino ou fraco, “pescoço de ovelha” e barbelas.

Corpo

Peito profundo, cheio e moderadamente largo, sem ser mais largo que profundo. O antepeito não pode se estender além da ponta do ombro. Costelas estendidas bem para trás, em arcos perfeitos a partir da coluna vertebral, que. Ao se afilando até formar um corpo fundo. O dorso é firme e forte. Linha superior levemente descendente da cernelha à garupa, larga e musculosa. Lombo curto, musculoso e arqueado, mas mais estreito do que a caixa torácica.

Falhas muito sérias – corpo excessivamente maciço, que atrapalhe a habilidade funcional.

Membros anteriores – fortes e musculosas, com escápulas longas, largas, musculosas e inclinadas. Comprimento do úmero quase igual ao da escápula, com a qual se une em ângulo reto. Cotovelos bem ajustados ao corpo. Vistas de frente, as pernas dianteiras são verticais ao solo e moderadamente afastadas. Metacarpos curtos, retos e flexíveis.

Faltas – ombros retos ou sobrecarregados, cotovelos voltados para dentro ou para fora, metacarpos cedidos ou virados para fora, pisada voltada para dentro ou para fora e pernas arqueadas.

Faltas muito sérias – pernas mais curtas do que a metade da altura na cernelha.

Membros posteriores – fortes, musculosos e moderadamente largos. A partir da pélvis até o escroto, nas laterais da cauda, as coxas são cheias e profundas. A angulação dos ossos e a musculatura devem ser perpendiculares ao solo e estar em harmonia com os membros anteriores.

Faltas – membros posteriores estreitos ou pouco profundos da pélvis à região inguinal, falta de musculatura, articulação do joelho reta ou excessivamente angulada, jarretes de vaca e pernas arqueadas.

Patas – redondas, em proporção ao tamanho do cão, bem arqueadas e ajustadas. Almofadas plantares duras, bem acolchoadas e resistentes. Os ergôs podem ser removidos.

Falta – patas espalmadas.

Cauda

Inserida numa extensão da linha superior, afinando em direção à ponta. Quando o pitbull está relaxado, a cauda é portada baixa, atingindo quase a linha dos jarretes. Em movimento, é portada em nível com a linha superior. Excitado, é portada ereta, em “posição de desafio”, mas nunca curvada sobre o dorso.

Falta – cauda longa, com a ponta ultrapassando a ponta do jarretes.

Faltas graves – cauda alegre, apresentando dobra ou quebrada.

Desqualificação – cauda cortada.

Pelagem – brilhante e lisa, deitada no corpo e moderadamente áspera ao toque. Pode apresentar qualquer cor ou combinação de cores, exceto o merle.

Faltas – pelagem crespa, rala ou ondulada.

Desqualificação – pelo longo.

Desqualificação da cor – cor merle.

Altura e peso

O american pit bull terrier deve ser tão poderoso quanto ágil e, por isto, altura e peso são menos importantes do que a correta proporção física. Os cães acima do peso abaixo indicado não são penalizados, a não ser que se mostrem excessivamente pesados ou pernaltas.

  • Machos – 45 a 53 cm (na cernelha) e 16 a 27 kg.
  • Fêmeas – 43 a 51 cm (na cernelha) e 13 a 22 kg.

Faltas muito sérias – cães excessivamente pesados e grandes.

Movimentação

O american pit bull terrier se move em uma atitude vivas e confiante, dando impressão de estar sempre à procura de algo novo, inexplorado. Ao trotar, a movimentação é suave, poderosa e bem coordenada, sem demonstração de esforço, com bom alcance dos membros anteriores e boa propulsão do posteriores.

No movimento, o dorso permanece nivelado, com uma leve flexão que indica elasticidade. As pernas não se voltam nem para dentro nem para fora e as patas não se cruzam, nem interferem umas nas outras. Ao aumentar a velocidade, as patas tendem a convergir para o centro do equilíbrio.

Faltas – pernas que não se movimentam no mesmo plano, pernas com superalcance, cruzamento duas penas anteriores e posteriores, movimento de pernas muito juntos ou se tocando, movimentação bamboleante, passo de camelo, passo com flexão excessiva da munheca, andadura em lateral, ação em hackney e movimentos dificultosos.

De acordo com o padrão oficial, por prejudicarem a saúde e bem-estar dos pitbulls, são consideradas faltas desqualificantes:

  • criptorquidismo ou monorquidismo;
  • agressividade ou timidez excessiva;
  • surdez unilateral ou bilateral;
  • pelo longo;
  • cauda cortada ou ausência de cauda;
  • albinismo;
  • pelagem merle.

A saúde do american pit bull terrier

O american pit bull terrier é um cão rústico, que geralmente goza de uma saúde excelente. Com vacinação e vermifugação em dia, ao lado de consultas regulares com o veterinário, ele dificilmente fica seriamente doente.

Uma das doenças relativamente frequentes entre os cães da raça está a sarna dermodécica, uma dermatite com ascendentes genéticos. Trata-se de uma enfermidade parasitária, causada pela proliferação descontrolada de ácaros da espécie Dermodex canis, que se alojam naturalmente no interior dos folículos pilosos (a raiz dos pelos), mesmo em cães saudáveis.

A transmissão da sarna dermodécica, também conhecida como sarna negra e dermodicose, ocorre nos primeiros dias de vida, através do contato direto com a mãe infestada, mas a manifestação da doença está associada a deficiências no sistema imunológico.

Os principais sintomas são a perda de peso (em áreas localizadas), vermelhidão na pele seguida por escurecimento e seborreia (descamação da pele). O diagnóstico é obtido através de exames clínicos e laboratoriais. Este tipo de sarna é congênito, não transmissível para outros animais.

A dermatite piotraumática é uma infecção bacteriana na camada mais superficial da pele. A doença é uma ocorrência secundária de traumas autoinfligidos, como o ato de se coçar demais ou lamber e morder excessivamente as patas.

Alguns pitbulls podem sofrer com este tipo de dermatite. Geralmente, o problema é causado por falta de exercícios físicos e/ou de companhia. Os cachorros ficam entediados e desenvolvem comportamentos autodestrutivos – é como se eles mordessem as patas ou a cauda “simplesmente por não terem mais nada para fazer”.

Sendo um problema comportamental, é necessário identificar e remover os motivos das autoagressões, enquanto a infecção é tratada com antibióticos de largo espectro. O tratamento medicamentoso dura de dez a 15 dias.

Os cuidados com os pitbulls

O american pit bull terrier deve ser adotado por tutores responsáveis, que não estimulem os comportamentos agressivos deste cão – que, de resto, podem ser identificados em qualquer cachorro. A raça foi banida em diversos países em função da pretensa violência.

No Brasil, muitas cidades exigem que estes animais sejam mantidos isolados ou, pelo menos, usem focinheira e guia curta ao transitarem por espaços públicos. Antes de adotar um cão da raça, é preciso verificar a legislação local, para adquirir os acessórios necessários.

Os cães tendem a refletir a personalidade dos tutores – e isto inclui alguns distúrbios emocionais. Pessoas que sofrem de ansiedade, depressão ou transtorno bipolar, por exemplo, espelharão estas dificuldades no pitbull, que se tornará mais instável e imprevisível.

O pitbull é um cachorro inquieto e muito ativo. Ele deve ser educado desde filhote para aprender os comandos básicos e entender os limites. Os tutores precisam estar preparados para um cão agitado e atlético, com muita energia para gastar.

American pit bull terrier - Saiba tudo sobre a raça

Atividades físicas são fundamentais. O american pit bull terrier gosta de corrida, escalada, natação, gamedog, tração e até agility, apesar de não ser muito sociável com outros cães. Estes animais precisam de exercícios por mais de uma hora diária, tanto na infância quanto na vida adulta.

As rações ideais para os cães da raça são as que oferecem maior teor de proteínas. Os filhotes crescem muito rápido e podem necessitar de suplementos de cálcio, fósforo e potássio para um bom desenvolvimento dos ossos, músculos e articulações.

Os filhotes de american pit bull terrier são particularmente sensíveis à parvovirose, infecção viral que compromete o sistema digestório. Os parvovírus conseguem se manter viáveis durante meses fora do organismo canino, em roupas, tigelas, brinquedos, etc.

Em muitos casos, a parvovirose é fatal. Felizmente, a doença é prevenida com a vacinação (os veterinários podem indicar as vacinas múltiplas V8, V10 ou V11, de acordo com as condições do animal e o local de moradia). As vacinas precisam ser renovadas anualmente e os ambientes por onde o pitbull transita devem estar sempre higienizados, apesar de os cães adultos serem mais resistentes ao vírus.

A displasia coxofemoral é frequente entre os pitbulls. Apesar de ser uma doença mais comum entre cães de grande porte, ela é uma anomalia genética da raça, determinada pela má formação dos ossos que constituem o quadril e as coxas.

Embora seja hereditária, a displasia coxofemoral é agravada pelas condições em que o cachorro vive: pisos lisos e escorregadios favorecem as complicações, assim como a obesidade. E, apesar de o pitbull ser um cão atlético, o excesso de exercícios físicos também pode acelerar o desenvolvimento da doença.

Algumas linhagens de pitbulls são portadoras de doenças genéticas recessivas. É o caso do hipotireoidismo, lábio leporino, ictiose, alergias atópicas e algumas outras. Criadores responsáveis estão identificando os portadores destas condições e impedindo os cruzamentos, para evitar a disseminação.

Preço do filhote do pitbull

Um filhote de american pit bull terrier custa em média entre R$ 600 e R$ 3.500. O preço varia bastante, em função das características dos pais e ancestrais: filhotes de cães da raça pitbull premiados são sempre mais caros.

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