Cachorro sem fome: o que está acontecendo?

Um cachorro sem fome não é um bom sinal. Veja o que pode estar acontecendo com ele.

Cachorro sem fome: A falta de apetite nem sempre é sinônimo de doença em um cachorro. Entre os motivos mais comuns, estão a alimentação em excesso e a falta de exercícios – seja porque o dia está muito quente e o peludo só quer sombra e água fresca, seja por falta de incentivo dos tutores.

De qualquer forma, os tutores devem ficar atentos quanto o cachorro está sem fome. Apesar de alguns animais serem elegantes e delicados durante as refeições, a maioria se atira à tigela de ração com muita voracidade.

Quando esse comportamento não é verificado, é preciso investigar as causas, principalmente se outros sinais forem exibidos pelo cachorro, como cansaço, apatia, desinteresse pelas brincadeiras, etc. É possível que algo esteja errado com a saúde e, se for esse o caso, quanto mais cedo o animal for diagnosticado, mais rápido e eficaz poderá ser o tratamento necessário.

Como regra geral, os cachorros não devem passar mais de 48 horas sem se alimentar corretamente. Isto vale para os animais adultos e saudáveis. No caso dos filhotes, que são mais frágeis, este prazo se reduz pela metade. A partir daí, começa a se configurar um caso de urgência veterinária.

Cachorro sem fome: o que está acontecendo?

Evidentemente, caso surjam outros sintomas mais alarmantes, a situação se torna uma emergência. É o caso de cães que apresentam enjoo, vômitos, diarreias, sinais de dor abdominal, etc.

A causa mais comum desses sintomas é a intoxicação, que pode ocorrer pela exposição a produtos de higiene e limpeza, inseticidas e raticidas, algumas espécies de plantas e alguns alimentos humanos, como chocolate, cebola e alho.

Nos casos de ingestão, seja ela acidental ou proposital, os tutores, na medida do possível, precisam verificar o que exatamente o cachorro comeu e em que quantidade, para informar o veterinário.

Mal-estares estomacais passageiros podem desaparecer em algumas horas, sem necessidade de medicação. É a intensidade dos sintomas que indica a necessidade de procurar socorro médico. Mas, quando os cães apresentam desorientação, vertigens, desmaios ou convulsões, é sempre motivo para correr para o consultório.

Nem sempre é doença

A falta de fome não significa necessariamente que o cachorro está doente. Especialmente entre os tutores de primeira viagem, é comum oferecer mais alimento do que o peludo realmente precisa.

Com isso, o animal pode simplesmente estar farto – e irá ficar longe da tigela de ração – ou está condicionado a sempre ter alimento à disposição e pode se dar ao luxo de passar algumas horas sem comer.

Os tutores precisam ficar atentos aos petiscos em excesso. Durante o treinamento inicial, algumas guloseimas facilitam o aprendizado, mas é preciso calcular a quantidade de alimento extra que está sendo oferecida, mesmo porque alguns cães são naturalmente esfomeados e comem tudo que aparece à frente, podendo ganhar quilos desnecessários.

Os filhotes e adultos saudáveis são, em maioria, bastante ativos. Mesmo alguns cães idosos continuam se exercitando com regularidade. Pode ocorrer, no entanto, nos dias muito quentes, que os cachorros simplesmente queiram descansar. Eles queimam menos calorias e, portanto, a necessidade de reposição é menor.

Isto também pode acontecer nos dias muito frios, em que os cães ficam muito tempo encorujados na cama, ou nos dias chuvosos, em que não é franqueado o acesso ao quintal (e às brincadeiras mais intensas).

Os tutores, por excesso de ocupações, podem também negligenciar as caminhadas diárias e as interações com os cães. Sem se exercitar, eles podem ter o apetite comprometido. Mas a recusa também pode indicar que eles não estão gostando do tempo que permanecem sem fazer nada útil ou interessante.

Cachorro sem fome: o que está acontecendo?

O estresse também pode prejudicar o apetite. Os cachorros gostam de uma rotina confortável e previsível. Qualquer situação que altere a “agenda canina” pode ser motivo para estressar o peludo e torná-lo ansioso.

Isto pode acontecer quando há uma reforma em casa, ou quando surgem visitas inesperadas (e desconhecidas). A ausência prolongada dos tutores, ruídos estranhos na vizinhança, a chegada de um bebê ou de outro pet à casa também são motivos para os cães se ressentirem com as alterações, especialmente quando são repentinas.

O que fazer?

Quando se constata que o cachorro realmente não está querendo comer, os tutores precisam verificar outros possíveis sintomas e marcar uma consulta com o veterinário. É importante que a situação seja descrita em detalhes para o profissional, para que ele possa chegar a um diagnóstico efetivo.

Antes disso, podem ser feitas algumas tentativas para despertar o apetite. Muitas vezes, quando os cachorros recebem muitas guloseimas durante o dia, eles podem recusar a ração – é o chamado apetite seletivo. Em casos assim, é preciso eliminar as “tentações” e promover uma reeducação alimentar.

É importante considerar que os cachorros saudáveis que recebem rações balanceadas não precisam de nenhum outro tipo de alimento ou suplemento. Qualquer petisco precisa ser oferecido sempre com moderação, em ocasiões especiais: um aprendizado novo, o bom comportamento ou apenas um “bom momento em família”.

Alguns truques são bastante úteis para despertar o apetite dos cachorros. Os tutores podem misturar um sachê de ração úmida ao alimento oferecido no dia a dia. Para quem tem habilidades na cozinha (ou quer fazer um agrado extra), pode-se cozinhar um pedaço de carne ou frango, sem sal nem temperos, e regar a ração com o caldo.

Os cachorros não dão muita importância ao sabor – o paladar não é um sentido muito desenvolvido na espécie, ao contrário da audição e do olfato, que são as principais formas de interação com o mundo.

Além disso, “comer por prazer” ainda não é uma grande satisfação para os peludos. Por outro lado, mudanças na textura e principalmente no aroma sempre chamam a atenção e eles podem voltar a comer normalmente, nem que seja por curiosidade.

Os cachorros precisam de uma rotina ativa e alegre. Eles precisam brincar, correr, explorar, interagir com a família, descansar e cumprir as suas funções de guarda e proteção – por menores que sejam, os cães são sempre fiéis defensores.

A manutenção de uma rotina equilibrada e prazerosa é a principal forma de manter os cachorros saudáveis e equilibrados. Mesmo assim, sempre podem ocorrer surpresas e emergências – e os tutores devem estar a postos para garantir o bem-estar dos peludos.

Aviso importante: O nosso conteúdo tem caráter apenas informativo e nunca deve ser usado para definir diagnósticos ou substituir a consulta com um veterinário. Recomendamos que você consulte um profissional de confiança.

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