Cachorros abandonados nas ruas – a importância de adotar

O mercado de cães de raça cresce a cada ano, mas os cães de rua permanecem sem assistência. Veja a importância de adotar.

Cachorros abandonados nas ruas tornam-se alvos fáceis de maus tratos, correm riscos de atropelamentos, além de passar fome e sede e também se tornam vetores de doenças para outros animais e também para humanos. Muitos tutores irresponsáveis desfazem-se dos seus animais – como se estes fossem objetos descartáveis – pelas mais diversas razões.

A chegada de um bebê na família, a mudança de casa para apartamento, o desenvolvimento de comportamentos agressivos dos cães (via de regra, despertados pelos próprios tutores) e até mesmo o início das férias são motivos para abandonas os cães nas ruas.

Vale lembrar que, assim como os humanos que perambulam pelas vias públicas, não existem cães de rua: existem cachorros na rua, que merecem um lar e uma família, assim como nós. Motivos não faltam: adotar um cachorro é uma atitude importante, assim como manter os pets em boas condições de saúde integral.

Cachorros abandonados na rua - A importância de adotar

A importância de adotar um cachorro

No Brasil, atualmente, a população canina é estimada em 55,2 milhões de animais – mais de 44% dos lares do país possuem pelo menos um cachorro. Contudo, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 20 milhões destes cães não têm donos, são animais de rua.

Adotar um cão de rua traz benefícios tanto para o animal, quanto para o tutor. Antes de levar um pet para casa, no entanto, consulte a sua família, a sua disponibilidade de tempo e o seu bolso. Animais de estimação trazem um custo embutido (ração, brinquedos, consultas veterinárias, etc.) e eles exigem companhia, passeios e brincadeiras.

Os motivos para adotar um cachorro abandonado

11 motivos para adotar um cachoror abandonado na rua:

1. aumenta a “felicidade geral do lar”. Ao introduzir um cão na casa, você está salvando uma vida e, ao mesmo tempo, garantindo muitos momentos de diversão e alegria. Cães são animais gregários – eles amam estar em companhia da família – e fazem de tudo para agradar os tutores;

2. a “salvação” citada acima não é apenas força de expressão. Retirar um animal de rua significa salvaguardá-lo de maus tratos, frio, fome, sede e acidentes, com as doenças e sequelas decorrentes desta situação;

3. cães de raça são lindos e destacam-se nas mais diversas atividades – da companhia à defesa de patrimônio, combate ao tráfico de drogas, “terapeutas” em asilos e orfanatos e guias de deficientes visuais. No entanto, os animais sem raça definida também são bonitos e apresentam maior resistência física do que os seus “primos ricos”;

4. conviver com um cachorro melhora as condições de saúde. Você e seu pet precisarão fazer exercícios, caminhar, correr. Isto é um adeus ao sedentarismo e a todos os males que ele provoca: hipertensão arterial, aumento dos triglicerídeos e do LDL (o colesterol ruim), diabetes tipo II, etc.;

5. a saúde emocional também é beneficiada. Dividir alguns momentos com um cachorro ajuda a reduzir a ansiedade, a irritabilidade, a falta de concentração e também melhora a memória de longo prazo. Alguns estudos sugerem que a convivência atenua os sintomas da depressão;

6. os passeios oferecem mais um benefício: você aumentará o seu círculo de amigos. Donos de cães são naturalmente sociáveis e, nas praças e ruas, naturalmente procurarão interagir com outros pets e também com os seus tutores;

7. ao adotar um cachorro de rua, você economiza dinheiro. Ao recebê-lo em casa, você não precisa gastar nada, nem com a compra, nem com o registro de pedigree. Os demais custos – vacinação, vermifugação, eventuais tratamentos de saúde, etc. são os mesmos que ocorrem na adoção de um cão de raça;

8. ao contrário do que muitos pensam, adotar um cão adulto não tem surpresas. Ao contrário, você pode verificar o temperamento do novo melhor amigo. Cães adultos se mostram mais agradecidos aos seus benfeitores pela oportunidade de cuidados, segurança e amor, e não existem os riscos de adotar um cão que venha a crescer demais, ou que chore à noite com saudade da mãe;

9. além disto, adestrar filhotes requer uma boa dose de paciência. Eles precisam aprender a fazer as necessidades no lugar certo, a não entrar em alguns ambientes ou subir em alguns móveis. Já os animais adultos se adaptam rapidamente à nova rotina, até porque percebem que a nova vida é muita melhor do que o pesadelo anterior;

10. a gratidão demonstrada pelos cães pode estimular os nossos melhores sentimentos, alguns dos quais nós nem sabíamos que existiam. Os cachorros são puro amor. A dedicação sem limites pode, com o tempo, fazer com que nós também tenhamos bons sentimentos para partilhar;

11. adotar um cão significar tirar mais um animal das ruas. Com isto, são reduzidos os riscos de acidentes e doenças, diminuem os problemas de zoonoses (doenças dos animais transmitidas aos humanos) e reduz o “material” de violência que infelizmente ainda é comum entre muitos de nós. Quanto menos cães e gatos de rua, menos vítimas potências de tortura por parte de alguns malucos que circulam pelas ruas – alguns deles até mesmo com ares de sobriedade e seriedade, mas, na verdade, lobos em pele de cordeiros. Nada contra os lobos de verdade, eles também são ótimos.

Seja como for, ao levar um cachorro de rua para casa, são necessários alguns cuidados:

• nos primeiros dias, deixe-o em um canto: é dali que ele explorará o seu novo mundo;

• se houver crianças e outros animais em casa, não permita o contato nos primeiros dias. O recém-chegado estará naturalmente assustado, em função das más experiências por que passou;

• peça que um veterinário avalie as condições de saúde do novo amigo. Aproveite e atualize as vacinas e a vermifugação (em geral, cães adultos não precisam de novos medicamentos contra vermes, mas esta é uma situação de emergência);

• com as vacinas em dia, busque socializar o cachorro com os demais membros da família. A partir da segunda semana, sempre de acordo com orientação veterinária, o pet poderá começar a passear na rua. Vá no ritmo dele, que poderá se mostrar amedrontado ou plenamente adaptado já no primeiro passeio.

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