Amado por todos na vizinhança, este cãozinho não deixa de distribuir abraços nas caminhadas.
O corgi galês é uma raça canina criada para o trabalho. Há mais de mil anos, ele ajuda humanos a pastorear ovelhas, caçar ratos e guardar propriedades. Mas a aparência destes cãezinhos, com grandes orelhas e pernas curtas, os torna adoráveis: dá vontade de abraçar. E Wallace não deixa ninguém sem abraços nas caminhadas que faz com o tutor.
Wallace sabe que os tempos estão difíceis, mas faz questão de levantar o astral por onde quer que ele passe. A vizinhança já o conhece e sempre o cumprimenta, mas o que ele gosta mesmo é de abraçar os colegas peludos que encontra no caminho.

Os passeios
Quando Noah Raminick, o tutor de Wallace, sai para passear com o cãozinho, ele sabe que terá de fazer diversas paradas estratégicas. Além de estacar a cada novo rastro encontrado – como fazem todos os cachorros – Wallace não se cansa de distribuir abraços para os peludos que vai encontrando.
Wallace tem um ano de idade e, desde as primeiras caminhadas que fez com o tutor, ele simplesmente não consegue “seguir adiante”. Ao avistar outro cachorro, ele corre em direção ao colega e o abraça, sem se importar com o porte ou a reação do novo amigo.
O tutor garante que Wallace é muito feliz e bem ajustado. Ele ainda não é um animal adulto, e talvez o comportamento inusitado – os abraços em outros cachorros – se atenue quando ele atingir a maturidade.

Por enquanto, Noah garante que o corgi galês “é puro amor”. Ele fica muito feliz quando está entre humanos e peludos. Se os tutores também pararem e abaixarem um pouco, Wallace não se acanha em dar lambeijos carinhosos no rosto.
Entre beijos e abraços, o cachorro segue em frente, curioso com tudo o que acontece ao redor. Apesar das pernas curtas, ele adora correr pelas alamedas do parque, mas sempre puxa o freio de mão ao encontrar mais um cachorro.
“Ele precisa dizer alôs a todos, e de um jeito bastante eloquente”, garante Noah, que atualmente estuda na Universidade da Califórnia (EUA). O tutor desconfia que os outros membros da família não tenham muita paciência para parar a cada vez que encontram um cachorro nos passeios.

Por isso, nas férias e feriados, Wallace aproveita para “descontar o atraso”. Na companhia de Noah, ele sabe que terá todo o tempo do mundo para socializar com todas as pessoas que encontrar nos passeios do parque. Ele para, abraça e começa uma brincadeira nova.
Wallace não parece se importar com o porte dos colegas. Ele não demonstra medo e se aproxima como se fosse um velho amigo. Como o corgi galês é baixinho, a maioria dos cachorros que se aproxima é maior. Mas ele abraça a cabeça ou apenas as pernas dianteiras.
Um dos melhores amigos de Wallace é Daisy, uma simpática cadela da raça dogue alemão – estes cães são imensos. O corgi galês sempre abraça as pernas da cadela, que parece encantada com a atenção do nanico. Seja como for, uma perna de um dogue alemão pesa mais do que um corgi galês inteirinho.

Com os animais pequenos, Wallace se mostra bastante cuidadoso. Ele realmente não quer machucar ninguém, mas não perde a oportunidade de uma nova brincadeira. Ele se aproxima, cumpre o “ritual das cheiradas” e só depois parte para o abraço.
Noah garante que Wallace não recebeu nenhum treinamento especial para abraçar cachorros, nem para beijar pessoas estranhas. Aliás, o corgi galês não recebeu nenhum treinamento além dos comandos básicos – e ainda está aprendendo a ficar, sentar, rolar no chão, etc.
Mesmo em casa, ele gosta de abraçar. Ao acordar pela manhã, Wallace abraça todos os membros da família, conforme eles vão aparecendo na cozinha para o café da manhã. À noite, quando percebe que a hora de dormir está se aproximando, ele também faz questão de se despedir de maneira “personalizada”.
Como afirmou o tutor, aparentemente este cãozinho é puro amor. Wallace deve saber, de alguma forma, que a sua missão no mundo é distribuir alegria e descontração. Todos ficam encantados com os gestos espontâneos deste corgi galês, já conhecido por todos nas redondezas.
Tamanho é documento?
Os cachorros realmente não guardam nenhum tipo de medo em relação ao porte dos outros animais. É comum, em “famílias mistas”, que o líder seja um pinscher miniatura ou um chihuahua, seguido sem contestação pelo dogue alemão à casa.
Aliás, é muito difícil que os dogues alemães sejam agressivos. Talvez, em função do tamanho imenso, eles saibam que não precisam demonstrar habilidades para desencorajar um intruso. De qualquer forma, é sempre muito divertido ver a interação de cachorros de portes muito diferentes.
Com relação aos abraços, talvez o ideal seja não estimular o cachorro a “cumprimentar” todos os estranhos que encontra pelo caminho. Muitos animais, mesmo não sendo violentos, são tímidos, e podem reagir mal a um abraço inesperado.