Como ensinar o cachorro a girar

Este é um movimento natural. Confira como ensinar o cachorro a girar.

Como ensinar o cachorro a girar? “Uma pirueta, duas piruetas, bravo, bravo!”. Não são apenas as bailarinas que podem girar sobre o próprio eixo: os cachorros também conseguem aprender e, o que é melhor, com grande facilidade.

Girar ou dar piruetas é um movimento natural. Os cachorros já faziam isso quando viviam na natureza, para afofar o chão antes de se deitar. Eles continuam fazendo, para correr atrás do rabo quando não têm nada mais interessante e por motivos misteriosos, que ninguém conseguiu ainda decifrar.

Os peludos conseguem aprender a rodar nos dois sentidos (horário e anti-horário) e a revezar os movimentos ao comando dos tutores ou adestradores. Pode parecer complexo e sofisticado demais, mas o aprendizado é rápido, fácil e divertido.

Como ensinar o cachorro a girar

O material necessário

Os cachorros usam o próprio corpo para girar e girar. Depois que o truque tiver sido assimilado, os tutores podem ensiná-los a girar em torno de bastões ou em volta do tutor, tornando o espetáculo ainda mais atraente.

O material mais importante é sem dúvida o grande prêmio, a ser conquistado com a execução perfeita das piruetas. A melhor recompensa é sempre um petisco, que pode ser escolhido entre os prediletos do cachorro. Como são necessárias várias sessões de treinamento, o prêmio pode ser variado – um biscoito, um palito de queijo, um pedaço de fruta – para garantir a atenção total do peludo.

Os pré-requisitos

Mesmo considerando que girar sobre o próprio eixo é um comportamento praticamente instintivo, o cachorro precisa dominar algumas técnicas antes de aprender o novo truque. Mesmo assim, é possível ensinar tanto os filhotes quanto os animais já adultos.

O treinamento de obediência é fundamental para o cachorro aprender a girar, especialmente quando o objetivo é fazê-lo rodar nos dois sentidos. Antes de ensinar qualquer truque mais sofisticado, o peludo deve saber o significado do “sim” e do “não” e ter assimilado os comandos básicos.

Os treinos precisam ter início com o “senta”, “deita”, “vem”, “fica”, “sobe”, “desce”, etc. Durante as aulas, é importante que as palavras e expressões empregadas sejam sempre as mesmas, para não confundir os cachorros.

O passo a passo para ensinar o cachorro a girar

Como ensinar o cachorro a girar

O “girar” pode ser usado como um truque isolado, mas também é muito útil para aquecer o cachorro, no início de outras atividades físicas. O gesto tonifica a musculatura e reduz sensivelmente o impacto sobre as articulações, e isto previne alguns transtornos sérios no médio prazo.

1) Peça para o cachorro ficar à sua frente e sentar-se. Mostre a recompensa e gire o prêmio por cima do peludo, fazendo-o seguir a sua mão. Faça movimentos em círculos.

2) Em geral, os cachorros já estão acostumados ao adestramento na fase em que são ensinados a girar. Mas, caso ele tente saltar e “roubar” o petisco, esconda o prêmio e comece tudo de novo, fazendo-o sentar-se à sua frente.

3) O prêmio deve ser entregue assim que o movimento do cachorro seja contínuo e fluido, ou seja, até que ele consiga fazer alguns giros.

4) Pegue outro petisco e repita a operação. Faça o cachorro girar várias vezes, com os prêmios sempre acima da cabeça do peludo, até que ele complete a performance.

5) Repita o treino três ou quatro vezes, sempre premiando os acertos. Não esqueça que, além do petisco, o cachorro espera ser elogiado e acariciado. Não economize nos afagos durante as primeiras etapas.

Como ensinar o cachorro a girar

6) Faça duas ou três sessões diárias. Em seguida, o petisco pode ser eliminado, mas os giros precisam continuar sendo elogiados.

7) Continue usando a mão (agora vazia) para orientar o movimento. Faça o cachorro girar seguindo o movimento do seu braço. Não se esqueça dos elogios.

8) Uma vez assimilado o giro, o treinador pode passar à segunda etapa, com mais um comando, que pode ser “para outro lado”, “outro lado”, etc.

9) Depois que o cachorro entender o significado do “girar” e do “para outro lado”, o tutor pode ensiná-lo a girar em torno de um bastão, de uma pessoa, etc.

10) Faça um intervalo de alguns dias a cada nova fase do jogo. Depois de assimilado o “girar”, chega a vez do “outro lado” e, por fim do “em volta do bastão”. Aproveite os dias livres para reforçar os truques já aprendidos.

É importante que, em cada etapa, as recompensas materiais voltem a ser oferecidas a cada novo acerto. Os cachorros se sentirão estimulados a cumprir as novas fases.

A manutenção é simples. Os giros podem ser usados antes dos passeios, do ensino de novos truques e mesmo como preparação para atividades mais intensas, como corridas, saltos sobre obstáculos, percursos de agility, etc.

Observações

Qualquer aprendizado é útil para os cachorros. O treino do “girar”, por exemplo, desenvolve a inteligência canina, porque o peludo precisa fazer várias associações mentais antes de dominar a nova técnica.

Além disso, os treinos sempre ajudam a estreitar os vínculos entre o cachorro e o tutor. Os nossos peludos aprendem basicamente porque querem nos agradar – é esta atitude que os torna os nossos melhores amigos.

Seja qual for o truque a ser ensinado, o melhor método é o reforço positivo, com a oferta inicial de alguns prêmios, mas principalmente com o estímulo ao gesto repetido, com carinhos e palavras de incentivo.

Alguns cães são mais independentes e teimosos; por isso, eles podem precisar de vários recomeços para assimilar o mesmo truque. O importante é não desanimar e retomar o treino tantas vezes quantas forem necessárias.

O treinamento nunca deve envolver gritos (lembre-se de que a audição canina é muito mais sensível do que a nossa) e ameaças, muito menos castigos físicos. Os cachorros até conseguem aprender sob essas condições, mas eles o fazem por medo, nunca por gratidão e camaradagem. O medo, vale dizer, é um sentimento muito próximo à raiva, que desperta as piores atitudes nos cães – e em qualquer outro ser vivo.

O “girar” pode ser ensinado para cachorros de todos os portes. As atividades na sequência, no entanto, dependem da capacidade física e da disponibilidade de cada animal, que não deve fazer esforços desnecessários.

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