06 Dicas para o seu cachorro ter uma vida longa e feliz

Nós queremos o melhor para nossos pets. Veja o que fazer para seu cachorro ter uma vida longa e feliz.

Os cachorros vivem muito menos do que os humanos e, se dependesse apenas dos tutores, nós faríamos o que fosse necessário para prolongar ao máximo a convivência com os nossos peludos. Ter uma vida longa e feliz é tudo o que nós queremos.

Infelizmente, esta é uma amizade que dura pouco tempo. Mas, se o convívio é breve – os cachorros mais longevos atingem 20 anos de idade, enquanto nós ultrapassamos os 80 com facilidade –, é possível garantir uma vida feliz e saudável.

Antes de adotar um cachorro, os tutores devem reunir o máximo possível de informações. Cães de raça costumam exibir comportamentos, capacidades e deficiências semelhantes; os sem raça (SRD) definida provavelmente serão parecidos física e emocionalmente com os pais.

O mais importante é a qualidade e, obedecendo as dicas a seguir, é quase certo que os cachorros estarão felizes ao nosso lado, para o que der e viver, por muitos anos.

Veja também: 13 dicas para manter os cachorros felizes

No momento da adoção, lembre-se de que os cães SRD, os populares vira-latas, quase sempre apresentam condições de saúde física melhores do que os animais de raça – o desenvolvimento de algumas características levou à tendência de desenvolver doenças, como problemas osteomusculares nos cães de grande porte ou insuficiência respiratória nos pets de focinho achatado.

Confira as 06 dicas que temos para o seu cachorro ter uma vida longa e feliz

01 – Fique de olho na alimentação

Dicas para o seu cachorro ter uma vida longa e feliz

Os tutores podem optar por diversas marcas de ração, que estão disponíveis bem perto de casa e também nas pet shops virtuais, que entregam as nossas compras em praticamente todo o território do Brasil.

É importante escolher produtos de qualidade, geralmente classificados como “premium” ou “super premium”, que satisfaçam todas as necessidades nutricionais dos cachorros, de acordo com a etapa da vida, o porte, o sexo e as condições gerais de saúde.

Estas rações são mais caras, mas garantem que os pets não sofrerão carências na alimentação. Igualmente importante é verificar a quantidade diária a ser oferecida, para evitar problemas com a balança: tanto a magreza extrema como o sobrepeso prejudicam a saúde e a qualidade de vida.

Outra possibilidade é fazer a comida dos cachorros em casa. Vale a pena, mas dá muito mais trabalho e é preciso obter orientação profissional para garantir que os pets recebam as quantidades necessárias de proteínas, gorduras, açúcares, vitaminas e sais minerais.

A alimentação pode e deve ser suplementada com petiscos. Verifique a procedência dos fabricantes e certifique-se de que a matéria-prima são seja prejudicial à saúde. Os petiscos são úteis no adestramento e também são um agrado extra para os pets.

Não se esqueça de deixar água fresca sempre disponível. Um cão de 5 kg bebe cerca de 400 ml de água por dia, mas ele pode precisar de mais, caso seja acostumado a comer apenas ração seca. A falta de água leva à insuficiência renal e a diversos problemas dos rins e da bexiga.

02 – Estimule o cérebro

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Os cachorros são seres sencientes, isto é, são capazes de sentir. Em outras palavras, eles percebem conscientemente o mundo que os rodeia e tudo o que acontece, seja rotineiro, seja inédito. Para manter esta atividade, é necessário estimular o cérebro.

Mais precisamente, é necessário estimular as ligações neurais. O cotidiano previsível é saudável para os pets – eles se tornam mais equilibrados quando as coisas acontecem dentro do esperado –, mas isto não significa que eles não gostem de surpresas.

Mudar o itinerário dos passeios, propor brincadeiras diferentes, levar os cachorros para locais desconhecidos, apresentá-los a pessoas diferentes, tudo isso faz que os neurônios do sistema nervoso estabeleçam novas conexões. Isto previne demências e outras doenças comuns na velhice.

Mesmo quando estão sozinhos, os cachorros podem ser estimulados. Existem alguns brinquedos em que os pets precisam descobrir como abrir determinado recipiente – uma bolinha, por exemplo – para ter acesso a uma porção extra de ração ou aos petiscos preferidos.

Estes brinquedos são baratos e fáceis de encontrar, mas também podem ser improvisados com uma garrafa pet que os cachorros tenham de abrir para conquistar o prêmio desejado. O simples ato de esconder brinquedos debaixo de almofadas já desafia a capacidade cognitiva dos pets.

03 – Exercite seu pet

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Todos os cachorros precisam passear todos os dias. A exceção são alguns animais idosos e os pets que estejam se recuperando de uma doença ou trauma, de acordo com as recomendações do veterinário. Fora isso, a caminhada diária é imprescindível.

Os passeios garantem o desenvolvimento físico adequado dos filhotes, condicionam os adultos e idosos, fortalecem ossos, articulações, tendões e músculos, evitam (ou corrigem) o sobrepeso e a obesidade.

Mas não é só isso. Os cachorros são animais predadores e, na natureza, eles passavam boa parte do tempo rastreando, perseguindo e caçando o alimento diário. Caminhar, correr e saltar são atitudes instintivas da espécie.

Além disso, os passeios tornam os pets mais equilibrados e sociáveis. Eles entram em contato direto com outros animais, estabelecem relações diferentes, aprendem a transitar com cuidado entre carros e motos, têm a agressividade natural reduzida justamente por estarem em contato com outros seres.

Outro aspecto importante é que os passeios fortalecem os vínculos afetivos entre cachorros e tutores. Os pets aguardam ansiosos o momento especial do dia de partilhar as calçadas, ruas e parques com os “seus humanos”.

O ritmo e a duração dos passeios são determinados pelas condições físicas e psicológicas dos cachorros. Os filhotes não têm tanta resistência e a rua oferece muitas “novidades”, que precisam ser processadas.

Os idosos podem apresentar problemas e dificuldades de locomoção. Por isso, as caminhadas precisam ser vagarosas, com paradas no trajeto para recuperar o fôlego, hidratar-se, descansar o corpo. Mas, há menos que haja transtornos graves, os passeios não devem ser cancelados apenas em função da doença.

Os cães de algumas raças, como o lhasa apso, o shih tzu e o pug, podem apresentar problemas respiratórios e cardíacos, que contraindicam os passeios longos, rápidos e com atividade física intensa. Nestes casos, basta adaptar o ritmo e, se necessário, carregá-los de volta para casa no colo.

Em certos dias chuvosos e frios, os tutores podem tentar fugir à responsabilidade, mas é preciso enfrentar as dificuldades. Cachorros dão trabalho, mas compensam qualquer esforço com amizade, lealdade e fidelidade.

Nunca deixe o seu cachorro sair sozinho para a rua. Ele pode sofrer acidentes, intoxicar-se, envolver-se em brigas com outros cachorros e mesmo ser adotado por outra família. Além disso, ele poderá voltar para casa com parasitas e até doenças graves.

04 – Ensine truques novos

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Não existe uma idade ideal para o adestramento. Os filhotes (e também os cachorros adotados adultos) precisam no treinamento dos comandos básicos, para aprenderem a obedecer aos tutores e garantir uma convivência mais harmoniosa.

Mas todos os cachorros conseguem aprender truques novos. Eles se adaptam às condições e circunstâncias e são capazes de descobrir coisas novos ou maneiras diferentes de fazer alguma coisa a que já estão acostumados.

Os truques novos são igualmente úteis para manter a mente e o raciocínio em dia. Os desafios instigam os cachorros e eles sempre tentam encontrar formas para superá-los. O importante é continuar estimulando e recompensando os esforços – com prêmios físicos, carinho, palavras de incentivo, etc.

Algumas raças, como afghan hound, basenji, buldogue inglês, chow-chow e borzói, são consideradas pouco inteligentes. Os rankings organizados, no entanto, quase sempre usam referenciais de aprendizado de acordo com as expectativas humanas.

Certos cachorros são mais independentes e não se interessam muito em “dar a pata”, “fingir-se de morto” ou “entregar a bolinha”. É importante conhecer a personalidade dos pets e não exigir o que eles não estão dispostos a oferecer.

05 – Castre o seu pet

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Ao contrário dos humanos, os cachorros não precisam exercer a sexualidade para manter o equilíbrio físico e emocional. Nós desenvolvemos, além da necessidade natural, uma necessidade cultural de que os nossos peludos nem sequer suspeitam.

O sexo, para os cachorros, resume-se à resposta orgânica aos estímulos despertados pelos feromônios – substâncias que as cadelas exalam quando estão no cio. Na ausência dos estímulos, não existe desejo sexual.

Por isso, se você não pretende dar início a uma criação de cachorros, castre o seu pet o quanto antes. A castração previne uma série de doenças (especialmente nas fêmeas, mas também nos machos), evita brigas e disputas e – o mais importante – impede o nascimento de ninhadas indesejadas.

Os cachorros castrados costumam apresentar comportamento mais dócil, uma vez que a produção dos hormônios sexuais (que também determinam as condutas de dominação e subordinação) é inibida ou reduzida. Alguns pets podem ganhar peso, mas isto pode ser controlado com a troca da ração ou com a redução da oferta.

06 – Não negligencie a saúde

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Evidentemente, uma vida longa e feliz só é possível se a saúde for preservada. É importante que os cachorros, a partir do momento em que passam a conviver conosco, sejam levados ao veterinário regularmente, tomem as vacinas e vermífugos nas doses recomendadas e, quando necessário, submetam-se aos tratamentos médicos.

Seja como for, não abuse dos vermífugos. Eles ajudam a manter os parasitas internos longe dos pets, mas, em excesso, podem causar danos ao fígado e aos rins. Lembre-se de que medicamentos são drogas, requerem receita do veterinário e a dosagem deve ser estritamente obedecida.

O ideal é que os cachorros filhotes visitem o veterinário pelo menos mensalmente. A partir dos seis meses, as consultas médicas podem ser mais espaçadas, sempre de acordo com as recomendações do especialista.

Os tutores precisam estabelecer horários para escovar a pelagem dos pets. A prática elimina pelos mortos, sujeira, eventuais parasitas (como piolhos e pulgas), além de evitar nós que podem inclusive acumular umidade e se tornar focos de doenças.

Os banhos precisam ser regulares, preferencialmente com água morna. Os intervalos entre eles podem variar entre duas e quatro semanas, sendo mais espaçados nos meses frios. Para os cães de algumas raças, a tosa é fundamental – e não apenas por questões estéticas.

Os dentes devem ser escovados diariamente ou, pelo menos, três vezes por semana. A escovação impede o mau hálito e a formação da placa bacteriana, evita gengivites e cáries, que podem inclusive levar à perda de dentes. Transforme a “hora da escova e pasta” em uma brincadeira e sempre recompense o bom comportamento do pet.

Examine o seu cachorro regularmente. O tutor é a pessoa mais indicada para verificar alterações no comportamento e na aparência dos peludos. Verifique os dentes, as patas, o pelo, as eventuais recusas a brincadeiras e jogos. Os olhos e o focinho também podem ajudar a identificar eventuais doenças e deficiências orgânicas.

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