06 motivos para adotar um cachorro mais velho

Adotar um cachorro mais velho permite resgatar a dignidade de um animal abandonado.

Todo mundo ama filhotes. Eles são fofos, curiosos, encrenqueiros e apaixonantes. Mas, na hora de adotar, existem bons motivos para optar por um cachorro mais velho: entre eles, resgatar um animal abandonado e romper com o mercado de compra e venda de pets.

Existem criadores responsáveis, que zelam pelo desenvolvimento das espécies caninas e fazem de tudo para garantir o bem-estar dos animais, mas há também os aproveitadores e exploradores, que geram ninhadas em série, sem se preocupar com a saúde e qualidade de vida dos peludos.

Motivos para adotar um cachorro mais velho

Os motivos para adotar um cachorro idoso

Adotar um cachorro é um ato que sempre merece destaque, principalmente considerando os milhões de animais que vivem nas ruas brasileiras, sem direito a um lar. Adotar um cachorro adulto – ou já idoso – merece ainda mais aplausos.

Optar por um cachorro mais velho não é apenas um gesto solidário e altruísta. Os peludos já crescidos também apresentam vantagens na escolha e na adaptação ao novo lar. Quem ainda está em dúvida pode ter certeza de que os adultos e idosos são tão apaixonantes quanto os filhotes e conseguem conquistar corações com a mesma facilidade.

01. Adoção sem surpresas

Ao adquirir um filhote de raça, com pedigree, é possível projetar com segurança o tamanho que o peludo atingirá quando for adulto. É igualmente possível identificar, em linhas gerais, a personalidade do animal.

Ao adotar um mestiço, no entanto, nunca se sabe como ele ficará quando crescer. Além dos aspectos físicos – os filhotes podem crescer demais ou herdar justamente os traços indesejados dos pais, não por serem feios, mas por não combinarem no mesmo animal – eles também podem passar a exibir características de dominância, territorialidade e agressividade. Em outras palavras, eles podem ficar violentos.

Motivos para adotar um cachorro mais velho

Ao adotar um cachorro mais velho, não há surpresas. O porte físico já está determinado, assim como as características gerais, que podem inclusive melhorar bastante, com melhores cuidados para a pele e a pelagem.

Em um primeiro contato, um cachorro pode se mostrar tímido e até arredios, mas não consegue esconder por muito tempo se é brincalhão, curioso, atrevido, independente, obediente, carinhoso, etc.

As surpresas, quando surgem, são sempre positivas. Um animal que sofreu abandono e maus tratos pode se mostrar introvertido, ansioso e até mesmo apavorado, mas tudo isso é superado com uma convivência saudável e amorosa.

Felizmente, os cachorros esquecem os maus momentos por que passaram e, a menos que estejam muito traumatizados, não guardam fobias e rancores. Em poucos dias, eles se integram na nova família e estão prontos para virar a página e dar início a um novo capítulo da vida.

02. Aprendizado simples e rápido

Muitas pessoas acreditam que os filhotes conseguem aprender com mais rapidez, já que não trazem nenhuma bagagem de outras vivências e podem ser adestrados com mais facilidade. A crença de “carregar vícios”, apesar de não ter nenhum fundamento, é muito disseminada na sociedade. Mas, na verdade, tanto os filhotes quanto os adultos são capazes de aprender, desde que haja paciência, tolerância e uma boa dose de amor.

Os filhotes realmente não trazem nada para o novo lar. Por outro lado, eles estão apenas conhecendo o mundo que os cerca e não fazem ideia do que os humanos esperam deles. Os cães adultos, que já conviveram com outras famílias, podem manter lembranças de alguns hábitos, mas apreendem rapidamente as novas regras.

Um exemplo: para os cachorros em geral, não faz muito sentido a definição de um local específico para as necessidades. Estando longe dos alimentos e do abrigo, eles não conferem uso prático para fazer xixi e cocô na lavanderia.

Os filhotes precisam aprender a regra, identificar o local “certo” e dominar o controle dos esfíncteres, que insistem em “relaxar” em alguns momentos críticos.  Os cães adultos já passaram por esse aprendizado e só precisam encontrar o lugar.

O adestramento é idêntico, com reforço positivo, incentivos e alguns petiscos para reforçar o comportamento esperado. Não existem grandes diferenças e os momentos de treinamento são importantes para fortalecer os vínculos entre tutores e pets.

03. Os adultos são excelentes para conviver com humanos adultos e idosos

Os cães filhotes e jovens são adoráveis, mas requerem supervisão quase constante para aprender tudo o que se espera deles. Além disso, eles estão explorando o mundo pela primeira vez e tudo é novidade.

Naturalmente, eles são bagunceiros, confundem brinquedos com “objetos proibidos” e principalmente são dotados de uma carga de energia que parece inesgotável. Mesmo quando se cansam, bastam alguns minutos e já estão prontos para recomeçar.

Todas estas são ótimas características para um companheiro que está sempre à disposição, mas podem ser excessivas para quem passa o dia inteiro fora de casa e quer apenas descansar durante o “repouso do guerreiro”.

Os cães mais velhos conseguem compreender com muito mais facilidade a necessidade de descanso e de ócio. Enquanto os filhotes precisam aprender dezenas de coisas, os adultos já entendem as linhas gerais e conseguem valorizar os momentos de relaxamento.

Por outro lado, os cachorros adultos são também excelentes “irmãos mais velhos”. Todos os cães são naturalmente defensores e guardiães, mas é preciso ter certa maturidade para cuidar e proteger de maneira eficiente.

De qualquer forma, desde que sejam saudáveis, os cães estão sempre prontos para brincadeiras e caminhadas, mesmo sem o “pique” verificado nos filhotes. Adotar um cão adulto pode ser o que faltava para afastar o sedentarismo e incorporar um pouco de atividade física ao dia a dia.

04. Amor e fidelidade

Quem já viveu com um cachorro sabe que eles são a personificação do amor incondicional. Leais, amigáveis e protetores. Eles são exemplos de dedicação à família, que pode ser formada por um, dois ou dez humanos: os peludos encontram maneiras de se relacionar com todos.

Os cães que precisam de adoção durante a fase adulta geralmente são os que passaram por maus bocados. Mesmo que tenham tido um lar amoroso, muitos foram abandonados ou entregues a abrigos, porque os tutores não os queriam, ou não tinham condições de ficar com eles.

Por isso, os cachorros sabem muito bem o valor de um novo lar, com carinho, segurança e um pouco de diversão. Em poucos dias de adaptação, eles se revelam extremamente companheiros, demonstrando toda a gratidão pela nova oportunidade.

05. Companhia instantânea

Quem adota um cachorro mais velho não precisa esperar uma ninhada nascer e os cãezinhos desmamarem, com as pequenas incertezas que cercam uma gestação canina. Também não precisam esperar os efeitos da vacinação e da vermifugação.

O cachorro mais velho já pode ser incorporado nas atividades da casa assim que chega. Com exceção dos animais recolhidos diretamente das ruas, que precisam de avaliação médica, os peludos que chegam dos abrigos (ou de lares que não podem mais ficar com eles) estão prontos para os passeios, brincadeiras, aprendizados e sonecas ao pé dos novos tutores.

Os cachorros adultos já têm o sistema imunológico e, por isso, são menos suscetíveis a infecções. Os tutores não podem negligenciar a vacinação, mas esta é uma providência apenas anual.

Os cachorros mais velhos também não precisam de maiores cuidados nos passeios, como verificar se eles estão confortáveis ou não estão engolindo alguma coisa indevida. Eles exibem o fôlego que terão nos anos seguintes e permitem aos tutores traçarem os roteiros de acordo com os interesses da dupla.

06. Afinidades imediatas

Um cachorro mais velho já conhece o mundo e não precisa refletir sobre tudo o que o cerca. Depois de um curto período de adaptação – o suficiente apenas para aprender o local certo para fazer xixi, comer, tirar a soneca da tarde e brincar –, o novo amigo está pronto para um relacionamento estável e positivo.

Os cães resgatados, que passaram um período em abrigos, sabem diferenciar muito bem o que é a vida ao lado do seu “humano preferido”. Eles se mostram gratos e passam a ser totalmente dedicados à nova família.

Não é preciso que a casa nova seja uma mansão. Para quem vem das ruas, de lares desestruturados, para quem conheceu a fome, o frio e a violência, o novo tutor é o “parceiro ideal”. As afinidades se estabelecem imediatamente, logo nos primeiros dias, e são tantas que muitos se perguntam por que demoraram tanto antes de decidir pela adoção.

Um cachorro adulto, quando encontra um novo lar amoroso e responsável, esquece as experiências negativas por que passou e mostra-se pronto para seguir em frente. Tudo o que ele precisa é de atenção, carinho e cuidado.

E o candidato a pai de filho de quatro patas conquista o direito de participar de todas estas emoções e superações. De um lado, alguém precisando de companhia; de outro, um peludo pronto para preencher muitas carências. O resultado é uma amizade que ficará gravada para sempre.

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